17 |Dylan|

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— Você não precisa ficar me mandando memes e reels o tempo todo, você sabe disso não sabe? — Disse Ava irritada se bem que ela estava sempre irritada.

— Vai me dizer que não é um jeito bem mais divertido de aprender espanhol? — A questionei sorrindo.

Ela revirou os olhos e grunhiu alguma coisa que não escutei. Nós já havíamos tido nossa aula de espanhol agora estava dirigindo a levando até o outro lado do campus onde ela teria sua próxima aula.

— Você é modelo de alguma marca de pasta de dente ao algo assim?

— Oquê?

— Está toda hora sorrindo exibindo esses seus dentes e essas covinhas idiotas. — Tivi de rir um pouco mais.

— Meu sorriso te irrita tanto assim? — A encarei sorrindo por um breve segundo e depois volto a encarar a estrada.

— O facto de você respirar me irrita. — Fiz carreta como se ela tive me atingido eu estivesse com uma dor horrível. — Pelo amor de Deus sem drama deixa de ser insuportável pelo menos uma vez.

— Você tem noção de que está no meu carro e eu estou te fazendo um favor indo te deixar na porra do outro lado da faculdade certo? — ela revirou os olhos não me dando importância.

— Você está indo para lá também não está me fazendo um favor tão grande assim é simplesmente conveniente, pelo menos para mim — isso não era bem verdade eu não tinha mais aulas até de tarde mas ela não precisa saber  disso.

— Você é bem babaca garota Cullman.

— Porquê não beijo seus pés? — Falou tirando um lápis que estava preso em seu coque. Ela estava sem os óculos hoje mas com certeza isso não a deixava menos bonita.

— Se quiser pode beijar outros lugares do meu corpo. — Paro o carro e a encaro sorrindo maliciosamente, ela faz uma cara de nojo e leva o dedo a boca fingindo vómito revirei os olhos e ela ri.

— Nos seus sonhos Barker.

— Se eu sonhasse com você isso se chamaria pesadelo. — Ela ri com desdém.

— Vai me dizer que se sonhasse comigo beijando cada parte do seu corpo acordaria gritando de medo. — Ela estava praticamente no banco do motorista em cima de mim do tanto que havia se inclinado em minha direção, seu tom baixo e aveludado me causou arrepios na espinha entre outras coisas.

— Com certeza!— Ela riu e recuou, é com certeza eu acordaria grintando mas não seria de medo. Ava agarou sua mochila e desceu do carro.

— Obrigada pela carrona Barker. — Acenti como se estivesse dizendo "não foi grande coisa" porque realmente não foi.

Assim que ela adentrou o edifício um cara gritou seu nome ela sorriu e os dois foram embora.

Eu e alguns colegas tínhamos combinado de nos encontrar para fazer um trabalho em grupo, como eu tinha treino mais tarde esse era o único momento em que eu estaria disponível.

O encontro foi uma verdadeira bagunça, várias opiniões diferentes, nenhum consenso acerca do tema que devemos escolher, todos falando alto demais (por isso não estudamos na biblioteca), um querendo mandar em tudo mundo, e lá estava eu calado no meu canto me perguntando por quê existem trabalhos em grupo se eu estivesse fazendo sozinho eu já teria terminado essa merda.

— Dylan oquê você acha? — olhei para a garota loira deixando bem claro o meu desgosto por fazer parte daquele situação.

— Oquê vocês decidirem está bom para mim. — Estou farto dessa merda toda para ter uma opinião.

— É claro que está — Um dos meus colegas debochou e revirou os olhos. O encarei sem perceber.

— Desculpa? — Ele voltou a revirar os olhos.

— O astro do hóquei não tem uma opinião formada é o mesmo que ele dizer façam o trabalho e depois é só adicionar meu nome.

— Na verdade não foi isso que eu quis dizer mas sim que essa discussão é um pé no saco e uma grande perda de tempo minha opinião não será levada em conta então não irei dá-la, escolham o que bem quiserem e me digam o que eu tenho que fazer. — Ele continuou me encarando assim como o resto do grupo, arrumo minhas coisas pois tinha que almoçar antes do treino. — Podem me mandar por mensagem ou e-mail, agora tenho que ir — Coloquei a mochila nas costas e vou embora.

Não dá tempo de ir para casa almoçar e depois ir treinar então vou almoçar no refeitório mesmo assim que entro no estabelecimento que por já ter passado da hora do almoço estava praticamente vazio só se encontravam três pessoas ali dois caras juntos e uma garota sentada no fundo sozinha — Ava.

Me aproximei e fiquei atrás dela e ela nem se dá conta da minha presença porque estava com fones de ouvido e concentrada demais no que estava fazendo para me notar, ela continuou rabiscando um cara no seu caderno de desenho cabelo não muito curto sombracelhas gro... Espera ela estava me desenhando?

— Quer dizer que você fica me desenhando? — Ela se assustou finalmente se dando conta da minha presença e fecha o caderno em um salto.

— Porrah não chegue assim nas pessoas seu idiota. — Fala se ajeitando na cadeira e tirando os fones de ouvido. Puxei a cadeira na sua frente e me sentei.— E não, não estou de desenhondo.

— Claro que não está — tentei pegar o caderno mas ela o gruda contra os peitos.

— Você não entende nada de desenhos ou arte no geral então cale a boca. — Tive que rir, ela estava certa. Porém eu me vejo todos os dias no espelho e por mais que o rosto não possuísse riqueza de detalhes era eu.

— Não tem problema você admitir que eu te inspiro.

— Cale a boca. — Apertou mais o caderno contra si.

Peço meu almoço e Ava continua me encarando de cara feia, com o caderno ainda contra si.

— Vamos fazer um acordo... — Ela arequeia a sombrancelha. — Faço oquê você quiser se me mostrar seus desenhos. — Seus olhos brilharam.

— Oquê eu quiser? — Assinto mastigando. — Você quer tanto assim ver meus desenhos? — Assinto de novo. — Hummm então eu posso pedir oquê eu quiser ou mandar você fazer oquê eu quiser?

— Hummm...

— Cara você vai se arrepender amargamente de me dar esse poder sobre você. — Disse me entregando o caderno.

— Esse "poder" não é nada comparado ao que você já têm.


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