Capítulo 47

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ARTHUR





Os minutos vão se passando e ela já está a meia hora lá dentro e nada. Estava esperando o médico vim me falar alguma coisa, e eu ligaria pros pais dela. Mas escuto um celular tocando e vejo que é o da Carla, olho a tela e vejo o nome "Vivi amiga". Deve ser aquela amiga que ela tanto fala, eu atendo.


V: Carlinha, onde você tá? - ela pergunta.

A: Oi, Viviane, aqui é o Arthur. - falo.

V: Oi, Arthur, tudo bem? A Carla tá aí? Ela falou que assim que chegasse em sua casa me ligaria. - ela diz.

A: Então, Vivi, a Carla tá no hospital...- ela nem deixa eu terminar.

V: HOSPITAL? OQUE MINHA AMIGA TEM? - ela pergunta preocupada.

A: Ela teve um sangramento muito forte e eu a trouxe pra ao hospital. - digo e uma lágrima me escapa. Eu tô com medo...

V: COMO ASSIM SANGRAMENTO? NÃO ME DIGA...- antes que ela fale alguma coisa eu interrompo.

A: Não, ainda não falaram nada, mas vai ficar tudo bem. - digo isso mais pra mim tranquilizar do que pra acalmá-la.

V: Ela está em que hospital? - informo o endereço. - Obrigada! - quando eu estou quase desligando ela interromper. - Arthur, espera...

A: Oi, pode falar...- falo.

V: Quando eu chegar, quero que você me explique oque aconteceu, tudo bem?! - ela diz.


A: Tudo bem, tô esperando...- digo e me sinto mais culpado do que nunca.


Peguei muito pesado com ela, não permitir que ela falasse, e acabei esquecendo que ela estava grávida. Se algo acontecer a ela ou ao bebê não me perdoarei nunca...Depois de muito esperar e sem nenhuma informação, vejo o médico vindo em minha direção e me levanto apressado.


Dr: Você é o marido da paciente, Carla? - ele pergunta e eu abaixo a cabeça sem saber oque responder. Não respondo e ele me pergunta de novo. - Você é o marido, namorado, pai das crianças? - ele pergunta e levanto a cabeça assustado, como assim "das crianças"?


A: Sim, doutor,Sou o namorado e o pai. Eu ouvi bem? O senhor falou crianças? - ele me olha com um sorriso no rosto.

Dr: Sim, parabéns papai, é gêmeos! - ele diz e eu fico assustado. Ele continua. - fiz alguns enxames e ela teve um descolamento de placenta, devido ao estresse. Ela precisará de repouso absoluto e não poderá ser estressada. Evite todo tido de situação que a faça ficar mal, tudo mesmo. - ele diz e eu me sinto mais culpado ainda.

A: Doutor, de quanto tempo é a gravidez dela? - pergunto, pois dependendo de quanto tempo ela estiver talvez dê pra mim saber de quanto tempo ela está. Depois que aquele cara foi me procura eu até desconfiei do tamanho de sua barriga, pois ela dizia que tinha acabado de fazer 3 meses e sua barriga é de 5 meses. Então ele me responde.

Dr: Ela acabou de fazer três meses no final da semana passada. - ele diz e eu paraliso. Semana passado fez três meses daquele final de semana em que passamos o final de semana inteiro sozinhos fazendo amor. Meu Deus, oque eu fiz?? - mais alguma dúvida, senhor...ele diz esperando que eu diga meu nome.

A: Arthur Picoli. E sim doutor tenho, quando a Carla vai receber alta? Ela já pode ir? - pergunto com os olhos cheios de lágrimas, pois ainda tem chances de ser meus filhos.

Dr: Não, Arthur, ela ficará em observação e amanhã eu vejo se posso liberá-la. - ele diz e me deixa sozinho.


Começo a chorar, meu Deus, eles podem ser meus. Não aguento de tanta alegria. Mas tem outra coisa que me deixa triste é o fato dela ter me traído com aquele cara, esses bebês podem  não ser meus. Como eu sei que podem ser meus? Bom, eu a prendi durante quase 50 horas naquele final de semana, fizemos amor como loucos. Acho que agora eu vou entrar pra vê-los. Abro a porta do quarto e a vejo chorando baixinho, aquela cena quebrou meu coração. Ela me olha e rapidamente limpa as lágrimas. Eu a amo, esses bebês podem ser meus, mas isso não muda o fato dela ter me traído com aquele cara. Aquelas fotos não saem da minha cabeça. Me aproximo dela e ela vira o rosto.


A: Você tá bem? - pergunto.

C: Eu estou ótima, você não tá vendo?! - ela diz com um tom ácido.

A: Tá sentindo alguma dor? - digo não ligando pro seu humor.

C: Preciso ficar sozinha, licença. - ela diz e a vejo enxugando uma lágrima solitária que caia de seu rosto.

A: Sua amiga, a Viviane tá vindo. Não falei nada pro seus pais, não queria deixá-los preocupados. Tem certeza que não tá sentido dor? - pergunto novamente, ela tá pálida e com os olhos  vermelhos.

C: Sim, tô sentindo muita dor. Mas é uma dor na alma, uma dor terrível que tá partindo meu coração em mil pedaços. Mas ficarei bem, meu filho precisa de mim. - ela diz e eu acho que ela ainda não recebeu a notícia que ela terá gêmeos...



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Eita gente esse garoto, sei não...

Vocês são terríveis demais! meta mais que batida❤

Meta: 75 comentários, 30 estrelinhas e eu voltooooo....

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