Capítulo 74

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ARTHUR





Quando a Carla me disse que tava saindo com minha mãe, minhas irmãs e a Maria, pra uma de garotas meu coração apertou. Não sei dizer, mas tô com um medo absurdo e não sei o que tá acontecendo.




Ela tá no final da gravidez, tá fazendo 9 meses hoje, nossos filhos tao chegando. Mas desde que me acordei sinto algo ruim no meu peito. Ela já me mandou vários áudio e fotos pra me tranquilizar, mas não adianta de nada.




Acabei de lembrar da Patrícia, mãe biológica da Maria. Nós estávamos casados, felizes, a gravidez toda foi maravilhosa, mas no final ela se foi me deixando sozinho com a Maria.




Não posso pensar em nada disso com a Carla vai ser diferente. Ela tá tão linda, tão alegre, diferente dos últimos meses ela tá mais calma. Isso não quer dizer que deixou de ficar brava. Minha bravinha linda.




Meu pai, meu cunhado, e meu sobrinho tão aqui comigo. Os pais da Carla não poderam vim hoje. Eles tão cuidando da dona Helena, esse é o mês deles cuidarem dela. Mês que vem ela vai pra casa do filho dela.




Não consigo assistir o jogo do flamengo, e olha que é meu time do coração. Não era pra mim ter deixado elas saírem sozinhas. Que idiota eu fui! Pode não tá acontecendo nada - é o que eu espero - mas pode está acontecendo alguma coisa.





Subo no quarto dos bebês e fico lá. Mexo nas coisas, a Carla vai me matar, mas tô vendo roupinha por roupinha. Ela escolheu praticamente tudo, não me deixou escolher quase nada. Mandona!




A Carla é uma mulher maravilhosa, e tenho muita sorte de tá com ela. Aumentando nossa família e sendo feliz. Não sei o que seria de mim sem ela, sem minha linda me chamando de "lindo".




Ainda olhando as roupinhas dos bebês, sinto uma pontada forte no meu coração. De repente passa um filme na minha cabeça desde o dia que conheci a Carla até agora. Fico paralisado e só volto quando vejo meu pai entrando no quarto assustado.





Ele não precisou dizer nada eu já tava entendendo tudo. Aconteceu alguma coisa com a Carla! Me levanto e vou até meu pai. Ele me olha e abaixa a cabeça. Meu pai não é de chorar e quando ele chora ou é por uma coisa muito boa ou por uma coisa muito ruim.





J: Filho...- ela coloca a mão em meu ombro. - você precisa ser forte nesse momento...- ele para de novo e me coração já tá apertado. - a Carla tá no hospital. Ela foi socorrida, pois levou dois tiros e precisou ir pra sala de cirurgia.




Não ouvir mais nada, apenas sair correndo pela casa, peguei as chaves, entre no carro e fui em direção ao hospital. No caminho liguei pra Thaís e ela me disse onde era. Minha irmã tava chorando e eu podia escutar a Maria chorando do outro lado.




Isso não pode tá acontecendo de novo! Como assim tiros? Quem atirou na minha mulher? Um desespero toma conta de mim e começo a chorar. Se não morri agora depois de ter passado em todos os sinais, não sei quando vou.




Chego no hospital em tempo recorde. Assim que entrei vi minha filha nos braços da minha mãe. A Thaís me viu e veio até mim. Ela me abraçou e eu olhei pra ela, eu precisava saber como tava a Carla e meus filhos.




A: Thaís me diz o que aconteceu? Como assim a Carla levou dois tiros? - falo chorando.




T: Não sabemos como isso aconteceu, irmão. A gente tinha acabo de guardar as coisas no porta-malas do carro, e quando ela tava entrando a gente escutou o barulho. Gritamos e quando olhei pra trás a Maria chamou por ela, mas ela não respondeu e foi aí que vimos o sangue na roupa dela. Depois disso entramos em desespero, pois ela não acordava, a Maria começou a chorar pois ela viu tudo e de perto. Foi horrível, Thur. - minha irmã termina d falar e eu lhe abraço forte.





Fui na Clarinha e ela só perguntava da mãe. Ela me disse que viu a mãe cheia de sangue e ficou assustada. Minha pequena tava na cadeirinha e viu tudo. Que dor eu tô sentindo, um medo horrível.





Vou na recepção procurar saber de alguma coisa e eles não tem atualizações de nada. Meu pai chega, meu cunhado não veio pois ficou com o Pedrinho. Como vou falar pros pais da Carla que eu fui tão idiota que nem cuidar da minha família eu sei?!




Meu Deus não quero perder minha mulher e meus filhos. Não vou conseguir, pai. Já tô desesperado sem notícias da Carla ou dos meus bebês. Eu vou procurar esse filho da puta que fez isso com eles e não sei do que sou capaz de fazer quando entrar.





A Thaís levou a Maria pra casa, e disse que depois volta. Antes da minha pequena ir ela me abraçou e me fez prometer que eu iria levar "ninha mamãe e neus imãos pla casa".





Já tem três horas e nada de notícias da Carla ou do nossos filhos e isso tá me matando. Não quero perdê-los, não posso perdê-los! Minha mãe vem em minha direção e me abraça. Começo a chorar em seus braços.




A: Ela tava tão linda mãe! - choro mais. - tão linda carregando nossos bebês. Porque fizeram isso com ela, mãe? Isso não é justo! Não posso perdê-los, mãe! Não posso! Ela tá tão feliz e agora tá passando por uma cirurgia...- choro igual criança no colo da minha mãe.





B: Filho, vai ficar tudo bem, meu amor. A Carlinha é jovem e forte, vai saí dessa. Tenha fé! Meus netos e minha nora vão ficar bem, meu amor! Você tem que ser forte, filho. A Carla e os bebês precisam de você agora. Tenha fé que Deus tá cuidando de tudo. - ela diz e eu continuo chorando.





Não sei como, mas eu dormir no colo da minha mãe enquanto ela acariciava minha cabeça. Acordo tempos depois sendo chamado por minha mãe.





B: Filho, o doutor chego e quer falar com você. - me levanto no pulo e vou na direção do doutor que não ta com uma cara nada boa. Não sei mas sinto que oque vou escutar, não vai me agradar em nada.





A: Então doutor, como tá minha mulher e meus filhos? - pergunto aflito.





Dr: Bom, seu...- meu nome.





A: Arthur Picoli! - falo tremendo.






Dr: Bom, senhor Picoli...- ele para e abaixa a cabeça. - fizemos de tudo pra salvar a vida de sua esposa, mas não conseguimos fazer nada. A bala acertou um local muito importante, infelizmente ela não resistiu.




NÃO! NÃO! NÃO! NÃO!



Isso não pode tá acontecendo, não pode ser! Minha Carla, minha mulher não! Ela não pode me deixa, não meu Deus, de novo não. Me desespero me deitando no chão, isso não pode tá acontecendo! De novo não!





A: CARLA, MINHA VIDA, VOCÊ NÃO PODE TER IDO! NÃO ME DEIXA, AMOR! NÃO FAZ ISSO COMIGO!





Grito desesperado e minha mãe vem até mim me abraçando. E eu só quero morrer! Ela me deixou, ela se foi!  Minha vida, me deixou! Eu não vou conseguir!






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Aí gente🥺
Eu chorei agora. Nosso menino vai ter que ser forte...😔

Meta: 90 comentários e eu voltooooo...


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