Capítulo 57

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ARTHUR



Depois de muito conversar com a mãe da Carla no quarto, nos dois saímos e fomos na lanchonete. Fico a Carla e seu pai no quarto, percebi que ela ainda tava com a carinha triste quando eu saí.  Essa situação tá me matando, não sei mais oque fazer pra ter minha mulher de volta. Dona Mara e eu ficamos conversando por um bom tempo. Adoro ela, nunca tive uma sogra tão boa como ela. Já tive outra sogra, mas não chega nem perto de como sou tratado pelo dona Mara.


Depois de comermos, voltamos pro quarto e percebo que a Carla tá com o rosto todo vermelho, e uma aparência de quem chorou. Não falo nada mas seu Carlos me olha e pede pra falar comigo em particular. Confesso que fiquei nervoso, acho que ele já sabe o que aconteceu. Caminhamos pra fora do quarto e nos sentamos em um banco que fica no corredor.




SC: Acho que você não tá entendendo nada, né?! A Carla me falou o que aconteceu...- ele diz e eu já sei que vem uma grande bronca e com toda razão, se fosse com minha filha também faria a mesma coisa.


A: Seu Carlos, eu nem sei o que falar, só quero pedir desculpa. O senhor não sabe o quanto tô arrependido de ter feito o que eu fiz. - falo de uma vez só. - eu não sei o que fazer, perdir a mulher que eu amo e isso tá me matando por dentro. Ela nem olha mais pra mim, e eu sei que ela tá certo em me rejeitar, mas isso me dói muito. - digo triste e abaixo a cabeça.



SC: Não fale assim, filho. A Carla lhe ama e só tá magoada com o que aconteceu. - ele diz colocando a mão em meu ombro. Sabe, Arthur, quando a Carla nasceu eu conheci o amor mais lindo e puro que existe. Pegar minha filha nos braços foi a melhor coisa que me aconteceu. Eu e a Mara passamos por poucas e boas em nossa vida, nosso casamento foi difícil no começo por conta do ciúmes e de outras coisas. Eu a amei e a amo muito, meu amor por aquela mulher só aumenta a cada dia, mas como eu disse nunca foi fácil. Nós tivemos nossas diferenças, brigamos, mas descobrimos que brigar não nos levaria a nada. Quando ela me contou que tava grávida, eu fiquei muito feliz. Mas veio a preocupação, a gente tava brigando bastante e o medo de criar nossa filha separados me assombrou. Então nos sentamos e conversamos. Percebemos que tínhamos tudo pra dar certo, só precisávamos ter confiança um no outro. E as coisas foram melhorando, eu não vou dizer pra você que depois da nossa conversa não brigamos mais, porque a gente brigou mais foi por outros motivos. Até porque um casamento ou qualquer tipo de relacionamento tem as brigas e tudo mais, mas tem coisas que não podem faltar.



Ele vai falando e eu vou prestando atenção em tudo que ele fala.



SC: Quando a Carla apareceu dizendo que tava namorando com aquele cara, eu não gostei nem um pouco. Mas ela era minha filha e se ela queria, eu não poderia fazer nada. Quando a Carla descobriu a traição dele, vi a minha menina se perdendo. O brilho dela se foi, não tinha mais aquela alegria, vi minha menina entrando em uma depressão e tomando remédios pra controlar ansiedade. A tristeza tomou conta dela, da casa e de todo mundo. Tentamos de tudo, Arthur, mas nada funcionava. Até que um dia ela chega em casa toda feliz, com um sorriso que a muito tempo não via, ela falou de um rapaz e de uma princesinha, era assim que ela falava da filha desse rapaz. No começo fiquei com medo que ela se decepcionasse de novo, mas aí eu conheci o rapaz e a princesinha tão falada. Fui chamado de vovô pela primeira vez...



Me emociono e o vejo com os olhos cheios de lágrimas.



SC: E você não sabe a quanto tempo eu sonhava em escutar isso. Sempre falei pra Carla que sou louco pra ser vovô, mas ela sempre disse que no tempo certo vinha. Parei de falar disso depois de tudo que aconteceu com aquele cara, mas a um tempo atrás voltei a falar disso e ela falou a mesma coisa. Minha menina sempre foi muito feliz antes de tudo acontecer, mas agora a ver feliz de um jeito diferente. Consigo ver o brilho em seu olhar de novo. E isso graças a você e aquela princesinha...



A: Ah seu Carlos, Maria e eu amamos demais a Carla. - digo sincero.


SC: E ela ama muito vocês, Arthur, pode ter certeza disso. Minha filha errou em não ter te falado sobre a volta do Daniel, mas ela nunca seria capaz de mentir pra você sobre algo tão grave. Aqueles bebês que ela espera, meus netos, são seus filhos. - ele diz e eu abaixo a cabeça.



A: Eu nem sei o que falar, seu Carlos. Eu tô muito arrependido de tudo que eu fiz e falei. - falo com toda sinceridade.



SC: Eu já conversei com a Carla sobre isso, e vou falar com você agora. Eu já falei pra você um pouco da minha história com a Mara, e o nosso casamento não teria durado tanto tempo sem a confiança que temos um no outro. Eu sei que você ama minha filha, dá pra vê em seus olhos que você a ama. Mas vocês tem que entender que se antes já era difícil, agora e mais ainda. Não é mais só uma crianças, são três! Antes de pensar em vocês, vocês tem que pensar na Maria e nos gêmeos. Confiança e tudo, Arthur, não adianta só ter o amor, ele é muito importante. Mas a confiança também é. Os dois erraram! Ao invés de escutar um ao outro, de conversar, se abrir, simplesmente deixaram o medo e a raiva tomar conta de vocês. Pensem bem, as coisas não são tão fáceis, nunca foi. Mas vocês podem fazer dá certo. Eu tô torcendo muito pra vocês se acertarem, eu sei que tem muito amor nesses corações teimosos. - ele diz e se levanta. - vou voltar pro quarto, a Carla falou que vai pra sua casa então vou ficar mais um tempinho com ela e meus netinhos. - ele bate em meu ombro e sai.




Fico refletindo tudo que ele me falou, vou ao banheiro e depois volto pro quarto da Carla.











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VOLTEIIIIII...

Desculpem, mas eu tava meio doidinha esses últimos dias. Masssss...agora tenho mais tempo pra escrever.

CHEGA DE MONTANHA RUSSA? não sei....



Meta: 65 comentários, 20 estrelinhas e eu voltooooooooo....




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