Capítulo 63

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ARTHUR



Assim que termino de falar com a minha mãe, resolvo sair e colocar minha cabeça no lugar. Se eu ficasse em casa só ia piorar mais tudo que eu tava sentindo. Fui na casa de uns conhecidos meus que a muito tempo não via, fui na cachoeira que costumava ir quando era criança e toda vez que venho aqui vou também. No final fui pra um bar e fiquei sozinho até que vi uns amigos meus de adolescência chegarem e ficamos lá tomando uma.

Fazia muito tempo que não tomava uma com meus amigos. A todo momento ficava pensando na Carla, em como a gente tava ultimamente, e eu fiquei me perguntando se tudo tinha acabado. Se ela não sentia mais nada por mim, e que tudo que nós vivemos é construímos nesses meses juntos não foram suficientes. E uma dúvida que veio em minha cabeça, e eu não queria que vinhesse, foi se ela tinha percebido que ainda gostava do Daniel...

Aquilo ficou em minha cabeça a todo tempo, mas preferir afastar dos meus pensamentos pra não fazer nenhuma besteira novamente. Como eu queria voltar no tempo e ter escutado tudo que ela tinha pra me falar naquele dia. Talvez hoje não estaríamos assim, essa distância tá me matando por dentro. Um de meus amigos me olha e eu fico sem entender, até que sinto um par de mãos finas tocando meu ombro. A dispenso e meu amigo me olha sem entender.

Xx: O que foi isso, Arthur? Não tô te reconhecendo mais, cara. - diz o Théo um amigo de adolescência.

A: Eu não quero, cara. Tô com minha mulher grávida na casa dos meus pais e minha filha também, não posso fazer isso e nem quero. - falo sem ser grosso com ele. Não tenho intenção de ficar com outras mulheres, só quero minha loirinha de volta.


AT: Desculpa aí, cara. Não sabia que você tava namorando e que sua mina tava grávida. Parabéns! - ele diz e eu aceno balançando a cabeça.



E assim ficamos. Olhei a hora pelo celular e vi que já tava muito tarde pra ficar bebendo. Eu já tava pra lá de bêbado, mas não queria voltar pra casa, não queria voltar a olhar pra Carla e ela virar o rosto pra mim. Eu amo aquela loirinha, mas aquela indiferença tá me matando. Olho pro balcão e vejo uma morena me olhando. Uma morena, alta, magra, dos cabelos mais o menos grande, e linda. Ela ficou me olhando de um jeito indecente, desviei o olhar e quando olho de novo ela tá caminhando em minha direção.

Eu tô bêbado e muito bêbado, mas eu não quero outra mulher, não quero. Eu quero minha loirinha, só a minha loirinha linda. A morena vem e fica atrás de mim, coloca as mãos no meu ombro e começa a beijar meu pescoço, eu digo que não quero e peço licença, mas ela continua. Tiro suas mãos de mim e repito que não quero.

A: Licença, eu não tô afim. - falo e ela não liga pra o que eu tô falando. Eu tô muito bêbado e sem forças pra fala afastar ela. Ela senta no meu colo, me pegando desprevenido colocando as mãos no meu pescoço na tentativa de me beijar. Quando eu estou quase me levantando e a tirando de cima de mim, sinto uma voz alta e grave chamando pelo meu nome.

J: ARTHUR!!! - era meu pai, e eu sabia que daria merda. Ele só gritava meu nome desse jeito quando eu fazia uma coisa errado. Me levanto e quase derrubo a garota que tava sentada em meu colo.

A: P-pai, o que o senhor tá fazendo aqui? - pergunto embriagado.


J: Eu que tenho que te perguntar isso, Arthur. O que você tá fazendo aqui? - ele me pergunta bravo, e olha pra mulher que tava sentada em meu colo e diz: - enquanto sua filha e sua mulher grávida que tava passando mal estão em casa, você tá aqui com outra mulher? - ele diz e eu perco o ar quando ele fala que a Carla passou mal.


A: A Carla passou mal? Ela tá bem? O que aconteceu? - pergunto desesperado.


J: Ela passou mal, mas já tá bem. Mas ela tá preocupada com você, porque você não a avisou onde você tava indo? E porque você tá no bar com uma mulher sentada em seu colo? - fico tranquilo quando meu pai diz que a Carla já tá bem. Ele voltou a perguntar sobre a mulher.

A: Pai, eu falei pra ela que não queria e ela continuou. Eu não fiz nada que possa vim a me arrepender amanhã, eu amo a Carla e não faria mais nada pra magoa-la. - digo e o vejo se aproximando de mim.


J: Eu acredito em você, mas você vai agora sair desse bar e ir atrás da sua mulher. - ele diz e eu concordo. Seguimos até o carro e fomos em direção pra casa.

A: Pai, cadê a Maria? - perguntei preocupado com minha princesa.


J:  A Carla deu banho nela, deu a janta e ela pediu a Carla pra dormir na casa da Thais. - ele diz dirigindo.


O caminho pra casa foi todo no silêncio, eu até preferia não falar nada. Assim que chego em casa vou direto pro quarto. Abro a porta e encontro a Carla acordada, ela vem em minha direção e pergunta onde eu tava, eu a pergunto o porque de agora ela querer saber. Tiro suas mãos do meu braço e quando penso em andar acabo tropeçando de tão bêbado, mas ela me ajuda e eu começo a andar até a cama. Ela diz que eu vou cair e eu a respondo magoado falando que agora ela se preocupa, mas a horas atrás não queria que eu lhe tocasse. Ela parece não ligar e vem em minha direção me chamando de amor, e é aí que eu me acabo. Deixo minha marra de lado. Ela segura meu rosto com suas mãos e fala pra mim nunca mais lhe dar um susto como esses. Eu a abraço pela cintura e faço carinho em sua barriga.



A faço sentar no meu colo e a sinto estranha, mas ela continua ali. A puxo pra um beijo e ela corresponde, que saudade eu tava daquele beijo. Derrepente ela corre e vai até o banheiro, mesmo com dificuldade eu vou até ela e a ajudo. Ela se levanta e eu a abraço por trás, ela lava o rosto, escova o dente. Ela me afasta dela e me olha estranho. Pergunto o que foi, e ela me pergunta onde eu tava. Percebo que ela tá com os olhos cheios de lágrimas, falo que eu tava com uns amigos no bar. Ela me olha e sai do banheiro.



Fico sem entender e vou em direção ao quarto, ela já está na cama. Fico a olhando tentando entender o que aconteceu e volto pro banheiro. Tomo banho escovo os dentes e vou pra cama. Me deito e acarricio sua barriga, eu sei que ela tá chorando, não sei porque, mas prefiro deixa ela o canto dela. Amanhã conversaremos, me enrolo e durmo.








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Eitaaaaaaa...não me matem, eu preciso terminar a fic kkkk

Vcs são demais, estou adorando os comentários.

Meta: 70 comentários, 20 estrelinhas e eu volto....


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