Capítulo 50

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ARTHUR


Depois que a Viviane conversou comigo, ela entrou pra falar com a Carla e eu fiquei do lado de fora. Meu Deus, como eu fui burro?! Tenho medo do que pode acontecer agora, e se ela não me perdoar? Ela vai tá com a razão, eu falei coisas horríveis, a magoei falando que o bebê que ela tá esperando não era meu. Magoei a mulher que eu amo e nunca vou me perdoar por isso.


Fico no canto da sala de espera chorando baixinho, até que eu vejo uma mulher entrar e ela não me é estranha. Me levanto e vou em sua direção e ouço o celular dela tocar, então ela sai andando e para em um corredor. Ela xinga algumas vezes a pessoa que tá ligando e eu já sei quem é. Oque a Marina tá fazendo aqui?

M: Eu sei Daniel...- como assim? - eu tô indo ver sua amada...sim, tô entrando no corredor que dar pro quarto dela...- oque? - eu prometo pensar...tá, tá se acalma que eu não vou fazer nada com ela...tá queridinho, só não esquece que eu também tô grávida e o pai é você...- como é que é? - tá...ok...tchau Daniel, fica aí fora me esperando...tchau...- não a deixo nem guardar o celular já vou lhe abordando.


A: Você não vai a lugar nenhum até me contar toda essa história que eu acabei de ouvir. - digo firme e ela me olha assustada, tenho certeza que não me esperava.


M: Amorzinho...oque você tá fazendo? Me solta assim você tá me machucando. - ela diz tentando mudar de assunto, mas não a permito.


A: Não se faz de sonsa, Marina. Me falar logo a verdade, porque você mentiu pra mim, me fazendo acreditar que eu era pai desse bebê que você tá esperando? Como você conhece o Daniel? ME CONTA LOGO! - grito com ela, já tava perdendo a paciência que eu nem sei se tinha.


M: Como? Você tá logo? Eu não sei do que você tá falando. - ela diz se fazendo se desentendida e eu vejo as pessoas passando e nos olhando.


A: Eu não sou idiota, eu escutei você falando com o Daniel. Porque você fez isso? - pergunto me dando conta de que tudo tinha sido uma armadilha pra me separar da Carla.


M: Como? Eu não fiz nada, não tenho culpa da sua mulherzinha ter te traído. - ela diz e minhas suspeitas são confirmadas.


A: Então foi você junto com aquele desgraçado que me fez acreditar que a Carla tinha me traído? - pergunto mas sai mais como uma confirmação.


M: Você achou mesmo que eu iria permitir você me trocar pela aquela vagabunda?! - ela diz.


A: SAI DAQUI ANTES QUE EU ME ESQUEÇA QUE VOCÊ É MULHER E PERCA MINHA CABEÇA. - digo irritado por ela ter falado daquele jeito da Carla.


M: Não faz assim, amorzinho. Desculpa, me perdoa...- ela diz tentando me agarrar e eu me afasto dela.


A: Não toca em mim. Sai daqui agora e não não procura mais. - digo e saiu andando, mas ela puxa minha camisa.


M: Você não pode me deixar, por favor Arthur. Eu tô grávida! - ela diz me implorando.


A: Eu realmente tenho pena dessa criança...ela não tem culpa de ter uma mãe como você! - digo e a deixo lá.



Vou ao banheiro e choro tudo que tinha que chorar. Quem disse que homem não chora? Eu choro por ter sido idiota, choro por ter magoado minha mulher, choro por ter desprezado meus filhos que ainda nem nasceram, choro por ter falado coisas que não deveria, choro por não ter acreditar e nem deixado ela falar. Meu Deus, tudo foi uma armação e eu cair como um idiota. E agora eu corro risco de perder tudo aquilo que eu tanto amo, minha mulher e meus dois anjinhos que estão em seu ventre.



Eu tinha planejado uma surpresa durante todo esse tempo pra ela, tinha arrumado tudo direitinho e agora, por mim culpa não vai mais acontecer. Preciso pedi um conselho a alguém que eu sei que mesmo com meus erros sempre vai me apoiar e me ajudar a resolver os problemas, minha mãe. Ligo pra ela ainda chorando e ela me atende.


A: Mãe? - digo soluçando.


B: Oi, meu filho. Eu ia perguntar como você tá, mas pela sua voz já seu que não. Oque aconteceu? - ela pergunta com a voz doce e caridosa.


A: Eu fiz merda, mãe... - contei tudo que aconteceu pra ela do começo ao fim, desde quando eu tinha conhecido a Carlinha. Ela já sabia um pouco pois eu tinha contado que eu tinha terminado com a Marina e já estava com outra pessoa. Ninguém da minha família gostava da Marina, até hoje não entendo como eu fiquei com ela.


B: Oque é isso, Arthur? Eu não te criei pra fazer isso, oque ouve com você? - ela diz brava e eu fico com medo da bronca.



A: Mãe, não me faz me sentir pior do que eu já tô me sentindo. - digo.



B: É? E minha nora como ela tá agora? E meus netos? Você tem que aprender a parar de ser impulsivo, Arthur? Nem pra escutá-la?! Como você acredita em uma pessoa que nem ao menos você conhece, ao invés de acreditar na pessoa que tá do seu lado, na mãe de seus três filhos? Porque a Maria Clara é filha da Carla. Minha neta toda feliz dizendo que tinha uma mamãe, e você faz isso?! Olha Arthur se eu tivesse aí eu ia te dar uns tapas. - ela diz e parecia que eu tinha recebido várias chicotadas.


A: Eu tô muito arrependido, mãe. Eu perdir a mulher que eu amo. - digo chorando.


B: E aí de você se não tivesse arrependido. Não fica assim, filho. - ela diz e para de falar.



A: Oque eu faço mãe? - pergunto.


B: Você vai lavar esse rosto, vai até o quarto da sua mulher e vai perdir perdão pra ela. - ela diz como se fosse a coisa mais fácil fácil mundo.


A: Ela não quer saber de mim, mãe. - falo triste.



B: E com razão, né Arthur?! Oque você fez não dar pra ficar sorrindo. Mas filho, abre seu coração, fale tudo que você tá sentindo, peça perdão. Não vai ser fácil, mas se você a ama de verdade, você vai ter que lutar pra conseguir o perdão dela de voltar. Eu sei que você conseguir, Arthur. Pela Maria, por essas crianças que estão por vim, por esse amor. Vai lá meu filho, e não desiste logo de cara. - ela diz me fazendo tomar coragem. Essa é minha mãe, ela sempre consegue me fazer sentir forte e confiável.


A: Muito obrigado, mãe. Vou lutar pelo amor da minha vida. - digo e desligo o celular, lavo me rosto e saio indo em direção ao quarto da Carla.


Chegando lá bato na porta e abro. Ela tá deitadinha na cama com o rosto todo vermelho devido ao choro, me culpo por vê-la assim. Isso tudo é minha culpa, vejo a Viviane sentada e ela me olha.


V: Ela dormiu agora, vou comer alguma coisa. Qualquer  coisa me liga...boa sorte! - ela diz e eu a olho.


A: Obrigado! - digo pra ela.



Assim que ela sai me viro pra mim pequena, ela tá dormindo e parece um anjo. Seu semblante não é calmo, é triste e isso me doe. Beijo seus lábios de leve e a vejo se mexer, então ela abre os olhos e fica me olhando.





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Eitaaaaa!!! E essa conversa da tia Bia com o Arthur? E essa descoberta do Arthur sobre a Marina? Babado!

Meta: 70 comentários, 30 estrelinhas e eu voltooooo...



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