Posso ver?

2.8K 111 37
                                    

— Vi. – Ele a chamou, sussurrando em seu ouvido enquanto as mãos a acariciavam sobre a barriga.

A garota parecia absorta, entregue às carícias e à proximidade morna dos corpos. Ela ofegava baixinho, apertando suas mãos nas dela, remexendo o quadril de maneira involuntária.

— O que foi? – A vozinha tremulou.

— Quer descer agora? – Ele mesmo se encontrava indeciso entre interromper aquele delicioso momento e dar continuidade ao que havia programado ou permanecer sobre a sela e explorar o momento de contato.

— Só mais um pouquinho. – A voz da prima, carregada de desejo, fez com que sua ereção pulsasse.

Matheus agarrou o algodão do moletom com dedos firmes e o ergueu até que o umbigo delicado de Victoria estivesse exposto. Ela gemeu baixinho ante o toque das palmas ásperas contra a pele lisa de sua barriga e agarrou a coxa do garoto com uma das mãos, cravando as unhas por sobre o jeans.

Com uma das mãos, ele afastou os cabelos de Victoria para o lado, expondo sua nuca estreita e frágil. A pele escura e delicada estava completamente arrepiada e, ante aquela visão, sem que pudesse resistir, ele avançou com sua boca, envolvendo o pescoço de sua prima com uma mordida molhada.

O corpo miúdo se contraiu por completo. Os dedos que já se agarravam à coxa do garoto aprofundaram ainda mais seu aperto, o que fez com que seus dentes pressionassem a nuca ainda mais forte.

— Ah! Matheus. – Ela gemeu, manhosa.

— Hm? – Ele murmurou, depositando mais mordidas e trilhando seu caminho pela lateral do pescoço.

— Me beija de novo? – Ela virou o rosto para o mesmo lado pelo qual ele vinha avançando.

— Quer mesmo? – Ele perguntou entre uma mordida e outra.

Ela baixou o rosto na direção de onde ele vinha vindo. Ele não respondeu, apenas continuou trilhando seus beijos, até que as bocas se encontraram, famintas uma pela outra.

— Hmm! – Ela murmurou em seu beijo.

Victoria atirava o corpo contra o de Matheus enquanto ele passeava com as mãos cada vez mais para o alto, chegando a contornar a parte inferior dos pequenos seios, contidos em um sutiã desprovido de bojo.

O beijo perdurou, de maneira cautelosa e, ao contrário do da noite anterior, sem avanços desmedidos por parte do garoto. Em sua jovem mente pragmática, ainda não havia entendido o porquê daquela fatídica reação da prima, então, preferiu não ousar demais.

Ele afastou a boca da dela, como se aquele calor que sentia se aproximasse do insuportável e ela o buscou, desejando mais daquilo.

Pesaroso, mas precisando oxigenar para se manter minimamente racional, Matheus passou a perna por cima da anca da égua e desceu. Victoria o encarou, frustrada. Seus olhos dardejaram a ereção evidente que marcava o jeans do primo e ela sorriu quando ele tentou disfarçar.

Ela se posicionou sentada de lado sobre a sela, escondendo o umbigo que ainda espiava por sob o moletom erguido. Quando ele ergueu os braços para oferecer auxílio, ela se atirou para a frente, sendo amparada antes que seus pés tocassem o chão.

As respirações se esbarravam e rodopiavam, invisíveis, entre os narizes de ambos enquanto Matheus a segurou, firmemente, mantendo rostos emparelhados e exageradamente próximos.

Victoria avançou os centímetros que separavam a boca dos dois, entregando-se, novamente, a um beijo repleto de desejos proibidos de ambos os lados.

Ela envolveu o quadril de Matheus com as pernas, pressionando o próprio corpo ao dele. O garoto se permitiu cair ao chão, arrancando um gritinho da garganta da garota enquanto se deitava de costas sobre a grama úmida.

Ela havia posicionado suas pernas aos lados dos quadris de Matheus e pressionava sua virilidade por sobre as calças jeans, tecendo murmúrios ininteligíveis em sua boca, enquanto seu beijo se tornava mais e mais quente.

As mãozinhas, afoitas, desceram pelo tórax do garoto, alcançando a bainha da camiseta de algodão e invadindo-a por baixo, acariciando a pele da barriga desenhada pelos músculos. Ela movia o quadril, esfregando-se contra a protuberância rígida que era o pênis de Matheus, enquanto as línguas se digladiavam, ferozes. Quando a pequena boca passou a trilhar um caminho de beijos por seu rosto e se pousaram sob o lóbulo da orelha do garoto, ele sentiu seus pelos se eriçarem com violência.

Ela abocanhou o seu lóbulo, gemendo baixinho enquanto o pênis contido nas calças era pressionado impiedosamente. A dorzinha do tecido lhe esfolando a pele, pouco era sentida, em meio aos lampejos de prazer que lhe percorriam o corpo.

— Posso ver? – Ela perguntou, em uma voz baixinha e ofegante, levando as mãos para baixo, até a fivela do cinto.

O garoto anuiu, ansioso. Desejava avançar sobre a prima e despi-la por completo, mas, continha-se, esperando que ela tomasse as iniciativas para não correr o risco de fazer um movimento errado novamente e pôr tudo a perder.

Os dedinhos conseguiram desafivelar o cinto surrado de couro marrom. Ela puxou a tira de couro enquanto se ajeitava sobre as coxas de Matheus.

O botão da calça foi a parte mais incômoda, exigindo um pouco da ajuda das mãos firmes do garoto.

Ele se percebeu ansioso quando o barulho do zíper se fez ouvir. Ele precisou ajudar, erguendo o quadril para que ela puxasse sua calça para baixo, até a linha dos joelhos.

Matheus soltou o ar dos pulmões em um suspiro quando sentiu a mãozinha envolver a haste de seu pênis por sobre a cueca esfregando-o para cima e para baixo.

— É grande. – Ela observou, curiosa, o contorno que a ereção do garoto desenhava no tecido, umedecendo os lábios sem perceber. – Me mostra?

Ele levou a mão para baixo até o elástico da cueca, puxando-o para baixo e revelando seu pênis completamente rígido, que saltou do tecido e se chocou sonoramente contra sua barriga.

— Aaaah! – A voz, estridente espetou seus ouvidos.

Matheus se sobressaltou, guardando o próprio pênis de volta na cueca.

— O que foi que eu fiz dessa vez? – Ele perguntou.

Victoria se ergueu de suas coxas e deu dois passos para trás, completamente amedrontada.

— Uma cobra! – Ela gemeu, apontando para além de onde seu primo estava. – Uma cobra, ali!

Matheus virou o pescoço, olhando na direção para a qual a prima apontava.

Sobre um toco de árvore, enrolada em si mesma, a serpente observava o casal, curiosa.

O fruto proibido ( Erótico )Onde histórias criam vida. Descubra agora