— Quem está aí, caralho? — Diego perguntou novamente.
Victoria tinha arregalado os olhos tanto quanto conseguira. Havia deixado um gemidinho escapar da sua garganta, tão absorta estava ao prestar atenção e fantasiar sobre a mais devassa cena a qual já presenciara. De certo, não tinha percebido quão alto o fizera.
Um silêncio repentino tomou conta de todo o cenário, tornando a situação ainda mais tensa. Mesmo as aves que grasnavam ao longe pareciam ter se amedrontado e se calado. Mesmo o farfalhar das folhas altas parecia ter cessado.
Victoria esperou em silêncio pelo que pareceu uma eternidade, abaixando-se atrás da folhagem densa, e esperou enquanto Diego parecia perscrutar os arredores.
Matheus tinha sumido de onde estava, tendo, provavelmente, se escondido assim como ela fizera.
— Aahn! — Victoria ouviu Sara gemer. — Não tira! Põe de volta, seu Diego.
A garota escutou o crepitar de gravetos, como se ele estivesse se levantando.
— Eu juro por Deus, que se eu tiver que sair daqui... — ameaçou, começando a se mover.
Victoria ouviu dois passos do peão em uma direção qualquer.
Seu coração ameaçou saltar pela garganta, tão ansiosa estava, e ela ajeitou a sua roupa, escondendo o próprio seio e pensando em se revelar e dizer que tinha acabado de chegar ali.
Quando ia deixar o esconderijo para se entregar, surpreendeu-a o fato de o peão estar olhando fixamente para a direção de onde ele e Sara tinham vindo.
Voltou, então, rapidamente a se esconder, aliviada por não ter sido o seu gemido a ser ouvido, mas imediatamente se sentindo preocupada com Matheus. Espiou na direção em que o primo estava anteriormente e não o viu.
— Cacete! Mais essa agora... — Diego praguejou.
— O que foi, seu Diego? — Sara perguntou, sentando-se sobre os pés. — Tem alguém aí?
O peão avançou rapidamente e, de repente, enfiou a mão entre os pés de milho.
— Ai! Calma aí, Diego. — A voz masculina choramingou e, por um momento, Victoria considerou a possibilidade de ela pertencer ao seu primo.
— Porra, Daniel! O que você está fazendo aqui?
Sara tentou se cobrir o melhor que pôde, virando o próprio rosto como se tentasse escondê-lo.
O homem que Diego segurava pelo colarinho era um rapaz baixo e entroncado, de cabelos claros e pele sardenta. Parecia ser um tanto mais velho do que ela e o primo, mas não devia passar dos seus vinte e três anos. Victoria o reconheceu como um dos peões que trabalhava na colheita, operando uma das máquinas. Um rapaz sempre educado e até mesmo um tanto tímido.
— Ô Diego... eu vim procurar você e escutei alguém gritando. Pensei em ajudar. — Victoria percebeu a evidente ereção que se avolumava sob o tecido da leve bermuda e ele tentava, encabulado, esconder. — Não sabia que ia te encontrar aqui com a cunhada do seu patrão.
— Isso não é da sua conta, Daniel! Se eu souber que você comentou isso com alguém... — O peão. Muito mais alto que o outro, ergueu o punho.
Daniel ergueu os braços, interpondo-os entre ele e Diego em forma de defesa.
Sara, que tinha se aproximado, pousou a mão sobre o braço de Diego e atraiu seu olhar para o dela.
— Calma, seu Diego. — Ela sorriu, coquete. — Tenho certeza de que o Daniel não vai contar sobre isso para ninguém. Não é Daniel? — Ela direcionou os olhos de Diego para o outro homem.
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O fruto proibido ( Erótico )
Roman d'amour🔥🔞🔥 Essa história possui cenas eróticas detalhadamente descritas e não é recomendado a menores de 18 anos. A fruta mais doce geralmente se encontra no galho mais alto. O que é proibido é mais gostoso, mais especial. E é infinitamente mais difícil...