Na suíte

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— Aposto que você já estava começando a duvidar de tudo o que eu tinha contado. — Gabriel comentou, entusiasmado, enquanto eles ajeitavam o quarto de seus pais para a chegada de Victoria.

Miguel se encarregou da cama, retirando dela a preciosa colcha de retalhos, herança da avó que há muito tinha partido. Gabriel, por sua vez, procurava em seu celular uma playlist propícia para a situação.

— Bom, para falar a verdade, em todas as mil vezes que você repetiu a história, você manteve bastante consistência, dando muita ênfase aos pequenos detalhes. Isso foi um ponto a seu favor. — Miguel ergueu uma sobrancelha, irônico.

— Aqui! Perfeita! — Gabriel trocou um olhar com o irmão, que sorriu, cúmplice.

A primeira música tinha um tom claramente erótico e o vocal feminino era anasalado e tinha uma cadência que, por algum motivo, remetia a luxúria e excitação.

— Eu me lembro dessa música. — Miguel atravessou o quarto para alcançar o controle do condicionador de ar, no qual ajustou a temperatura para o que considerava perfeita.

Gabriel sorriu, saudoso. Aquela era a música que tocava em seu quarto quando ele e o irmão, pela primeira vez, haviam dividido a mesma mulher. Uma garota um ano mais velha do que eles. O namorado, no dia, estava ocupado demais com os colegas para dar a atenção que ela necessitava. A lembrança arrancou um suspiro de ambos, que se entreolharam e riram.

— Acha que deveríamos apresentá-la para os dois? — Gabriel arregalou os olhos, entusiasmado com a ideia.

Miguel caminhou até o irmão e o encarou longamente, depositando uma mão em seu ombro.

— Irmão... — Ele suspirou. — Uma coisa de cada vez.

— Tem razão. — Gabriel tentou se acalmar, olhando pela porta enquanto esperava que Matheus aparecesse a carregar Victoria nos braços.

O quarto dos pais dos gêmeos ficava em um outro corredor, sendo necessário atravessar toda a casa para chegar de um quarto para o outro. Quando, completamente nus, os primos apareceram mais adiante, o garoto sentiu seu estômago se revirar de ansiedade. Sua ereção pressionava dolorosamente dentro da calça e ele se empertigou para parecer mais calmo.

Matheus e Victoria se encaravam intensamente e suas bocas se moviam em uma conversa sussurrada. O sentimento entre os dois era quase palpável e sua proibição parecia deixar tudo ainda mais intenso.

Matheus tinha as pernas e os braços fortes. Seus testículos balançavam sob o membro ereto e ele exalava charme másculo ao carregar a prima com tanta facilidade. Ela, por sua vez, pequena e delicada, tinha curvas suaves e femininas e a pele completamente arrepiada diferia da do primo pelo tom levemente mais claro. As maçãs do rosto estavam coradas e ela sorria, como se estivesse hipnotizada.

Observá-los tão obviamente apaixonados um pelo outro fazia com que a atração que Gabriel sentia pelos dois se potencializasse e ele sorriu ao vê-los se aproximar.

— Vocês dois são colírio para os meus olhos. — Ele segurou o queixo de Victoria quando Matheus parou com ela em sua frente. Aproximou, então, os lábios dos dela e a beijou. Ela aceitou o seu beijo levando a mãozinha até seu rosto e depois, empurrando-o em direção ao primo.

Gabriel aproximou a boca da de Matheus e o beijou devagar, como se pedisse permissão para ir mais longe. Quando o amigo entreabriu os lábios e tocou sua língua com a dele, o dois sorriram na boca um do outro.

Quando os rostos se afastaram, Gabriel olhou em direção a Victoria que os encarava com a expressão embriagada e o lábio entre os dentes, completamente presa à cena.

O fruto proibido ( Erótico )Onde histórias criam vida. Descubra agora