Poucos minutos se haviam passando quando alguém bateu à porta. Gabriel sorriu, entusiasmado, e correu para atender, se ajeitando e checando o próprio hálito antes de abrir, enquanto o irmão terminava de preparar as coisas para o tal luau: álcool, alguma lenha seca, salgadinhos, carnes, bebidas, lanternas, repelente e coisas suficientes para encherem três mochilas. Tudo isso e mais um violão dentro de uma capa de nylon.
— Boa noite, senhorita. — Victoria ouviu Gabriel cumprimentar de uma maneira galanteadora, sem conseguir ver quem era do ângulo de onde olhava. O corpo do garoto era grande o suficiente para tampar quem quer que tivesse chegado.
— Oi. — A voz era feminina e parecia um tanto descontente. — Olha, eu sei que nosso joguinho é sobre eu estar sempre à disposição quando vocês chamarem, Gabriel, mas você tem noção de que é um sábado à noite? Se o Marcel ou meu pai começarem a desconfiar, é fim de jogo para a gente.
Gabriel ficou em silêncio por um momento, apenas a observando. Victoria sentia-se cada vez mais curiosa e curvava-se para a frente para tentar ver através do garoto. Começava a entender quem viria a ser aquela à porta enquanto se lembrava da história que Matheus havia lhe contado.
— Me chamou em cima da hora e acha que sou obrigada a vir? — Ela continuou, parecendo levemente irritada. — Como espera que eu explique...
— Você está especialmente linda esta noite, coelhinha. — Ele a interrompeu com uma voz suave. — Olha só para você! Nem mesmo o luar emite uma luz tão bela quanto a sua.
Victoria a ouviu suspirar e ficar em silêncio. Algo na voz e na maneira exagerada que Gabriel usava em seus chamegos era capaz mesmo de fazer com que as pernas de uma garota bambeassem. Ele a tomou pela mão e a girou para olhá-la.
— Eu sei o que está fazendo, garoto.
Victoria, Matheus e Miguel observavam aquilo de onde estavam e Victoria se divertia ao ver os cortejos de Gabriel surtirem efeito em outra pessoa.
— É mesmo? E o que estou fazendo? — Ele perguntou com seu característico excesso de confiança.
— Sabia que eu chegaria aqui irritada, então, está tentando derreter minhas defesas, é claro. — A voz parecia amansar à medida que as palavras saíam.
Gabriel se curvou para a frente, baixando os lábios ao lado do ouvido da garota e sussurrando alto o suficiente para ser ouvido pelas outras pessoas ali.
— E estou tendo êxito?
Ela permaneceu em silêncio por um momento, suspirando nesse meio tempo.
— Garoto... — Ela parou, engolindo em seco. A voz vacilou por um breve segundo. — Esse seu sorriso é uma perdição, sabia?
Gabriel riu, abrindo espaço para que ela entrasse. Ao perceber que não estavam sozinhos e que eram observados, a garota se sobressaltou, arregalando os olhos. Olhou de Miguel para Matheus, então para Victoria, onde parou o olhar por alguns segundos e depois, de volta para Gabriel, ostentando uma dúvida óbvia.
— Coelhinha... digo... Dani, Este é o Matheus, nosso vizinho, e esta é a Victoria, prima do Matheus. Pessoal, esta é a Dani.
A garota tinha a estatura baixa e o corpo curvilíneo, com pernas grossas e cintura estreita. Os cabelos caíam lisos, acima dos ombros, e sua pele era de um pardo claro. O rosto era arredondado, de boca miúda e sobrancelhas grossas. Uma linda e pequena beldade, e Victoria não pôde deixar de imaginar seu pequeno corpo entre os de Gabriel e Miguel, a roçarem uns nos outros em uma dança luxuriosa.
Os olhos negros traíam a surpresa que ela deveria estar sentindo naquele momento, enquanto tentava entender quem eram aqueles intrusos, mas ela se obrigou a sorrir, caminhando na direção de Victoria e erguendo as mãos para cumprimentá-la com um abraço caloroso e um beijo em cada bochecha. Fez o mesmo com Matheus e, quando se virou para Miguel, ele a pegou pelo braço, encarando-a, sério, e então, baixando a boca até o seu ouvido e sussurrando algo que Victoria não pôde ouvir. Um sorrisinho surgiu no canto de sua boca e Dani olhou na direção onde Victoria e o primo estavam.
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O fruto proibido ( Erótico )
Romance🔥🔞🔥 Essa história possui cenas eróticas detalhadamente descritas e não é recomendado a menores de 18 anos. A fruta mais doce geralmente se encontra no galho mais alto. O que é proibido é mais gostoso, mais especial. E é infinitamente mais difícil...