Sobre o convés

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As ondulações sobre a lagoa se amainavam gradativamente desde que os esfregares de quadris haviam cessado. Penumbra e Giza haviam se deitado sobre as tábuas do pequeno cais e Dalila latia em direção ao pedalinho enquanto Canela continuava a pastar, aproveitando o sol que coloria o cenário.

Victoria o observou desafivelar o cinto e desabotoar a braguilha, apressado. Ela se ajoelhou entre suas pernas, esperando, tão ansiosa quanto ele mesmo. Os pequenos seios se mostravam arrepiados, bem como toda a pele de seu dorso nu. Ela carregava, na face, um semblante embriagado e uma pele corada. Mordia seu lábio inferior, levada por um desejo exagerado e as mãos esfregavam as próprias coxas, desejando viajar até sua intimidade.

Ela o ajudou a se despir da calça, atirando-a, junto do próprio moletom a um canto qualquer. Sentiu sua boca salivar ao desenhar a virilidade de seu primo com os olhos e levou as mãos até o elástico da sua cueca, puxando-a para baixo, até a altura dos joelhos.

Ela encarou a pele escura. A cada vez que o membro pulsava, uma onda de desejos carnais e urgentes varria sua mente como uma onda violenta. Ela se debruçou para a frente, se aproximando de gatinhas, montando sobre o quadril de Matheus e alcançando a sua boca num beijo.

— Posso pegar nele? – Perguntou, levando a mão para baixo e o abarcando com os dedos.

— Hmm! – Ele murmurou quando ela o pressionou entre os dedos.

O calor que emanava dele era diferente e nada aconchegante. Atirava-a em uma turbulenta enchente de devassidão e fazia com que seu sexo se aquecesse, desejoso.

A mão de Matheus envolveu seu seio e o apertou. Ele variava entre as carícias e beliscões e ela movia seu corpo num vai-e-vem enquanto sua mão passeava para cima e para baixo, cobrindo e descobrindo a glande lubrificada de seu primo.

— Você gosta dele? – Matheus perguntou, quando ela afastou a boca da dele.

Ela anuiu, mergulhando a boca no pescoço do primo e o mordendo, sentindo sua pele se arrepiar. Victoria se afastou, sentando sobre os pés enquanto o masturbava.

— Me mostra como você faz. – Ela pediu, se lembrando do breve relance que havia tido na noite anterior, por através de uma fresta na parede.

Matheus a encarou por um tempo e depois, se ergueu, sentado. A puxou, então, contra si e girou o próprio corpo, deitando-a de costas sobre a prancha que formava o convés, invertendo as posições e arrancando da prima um gemido de surpresa.

Ele levou as mãos até o cós da calça dela e o desabotoou. Ela o encarou por um tempo, enquanto ele lhe abria o zíper. Ela o queria deixar ir até o fim, mas, se não o parasse naquele momento, até onde estaria disposta a ir?

— Matheus. – Ela rogou, chamando sua atenção quando ele tentou baixar sua calça.

Ele a encarou, repleto de dúvidas.

— Não? – Perguntou, solícito.

Ela suspirou, sentindo seu corpo protestar quanto ao que ia dizer.

— Ainda não. – Ela o puxou contra si, depositando um beijo rápido em seus lábios. – Você espera mais um pouco?

Ele segurou em seu pulso fino e guiou sua mão até a linha abaixo do umbigo.

— Então faz em você mesma, como fez ontem. – Parecia uma ordem mais do que uma sugestão.

Os dois arfavam avidamente e Victoria sabia que, se ele insistisse apenas um pouco, ela permitiria que ele a levasse até o fim.

Ela anuiu, mordendo o próprio lábio, esgueirando a mãozinha por sob a calça e a calcinha.

— Hm! – Gemeu, assim que o dedo médio pressionou o clitóris.

Ela sentia a calcinha melar as costas de sua mão, imaginando o quanto sua vagina devia estar umedecida. "Será que doeria se ele enfiasse em mim?" ponderou.

Ela olhou dos olhos de Matheus para seu pênis, ao redor do qual, uma mão forte havia se fechado. Ele a movia lentamente, aproveitando aquele momento enquanto suspirava, ansioso. A mão livre avançou até um dos pequenos seios, massageando-o no mesmo ritmo em que ele se masturbava. Victoria acertou o movimento de seus dedos ao ritmo em que a glande era coberta e descoberta e passou a gemer baixinho.

— Hmm! – Ela salivava, observando o semblante de Matheus se contorcer em prazer. Quando os olhos se encontravam, ela mordia seu lábio inferior, a tento de seduzi-lo ainda mais. – Matheus.

— Hm? – Ele estava atento a cada movimento que ela fazia.

— Goza para eu ver? – Ela pediu com uma vozinha de súplica. – Goza, Matheus. Pode gozar aqui. – Ela esfregou a própria barriga com a mão que estava livre.

Ele acelerou os seus movimentos, anuindo rapidamente. Victoria levou seus dedinhos até seus grandes lábios, surpreendendo-se com a quantidade de viscosidade que havia ali.

— Eu estou tão molhada, Matheus. – Ela esgueirou pela entrada de sua vagina com a ponta de seus dedos, besuntando-os abundantemente.

Victoria levou a lubrificação adquirida até seu clitóris e a usou para se massagear de maneira frenética. Uma ideia lasciva atravessou sua mente e, naquela hora, lhe pareceu uma boa ideia.

— Quer sentir meu gosto? – Perguntou, atraindo o olhar do primo que, ao acelerar ainda mais os movimentos das mãos, havia fechado os olhos.

— Quero. – Ele arfou.

Victoria puxou de dentro de sua calça os dedos abundantemente lubrificados, e, quando os olhos de Matheus se pousaram sobre eles, ela os afastou, fazendo com que um fiozinho se formasse entre eles. Ela sorriu, repleta de malícia para o primo.

Ela os apontou para sua boca, oferecendo-os para ele.

— Chupa. – Ela exagerava um olhar devasso. Gostava de saber o quanto era capaz de provocar seu primo. Seu melhor amigo da vida toda. O homem que ela deveria amar como um irmão, mas pelo qual nutria sentimentos de mulher. Sentia-se satisfeita por aquilo ser mútuo. Havia aceitado que era irrefreável. O desejava e o teria até o fim de suas férias.

Matheus abocanhou seus dedos, chupando-os e sorvendo seus líquidos. Ela o sentiu apertar seus lábios e torcer seu rosto em agonia.

Olhou rapidamente para baixo, a tempo de ver seu pênis cuspir seus jatos e estes a atingirem sobre os seios e a barriga. Havia uma enorme quantidade de sêmen sobre sua pele escura e ela, movida por uma tentação acachapante, o imaginou dentro de si, preenchendo e vazando de sua vagina.

Ela levou, novamente sua mãozinha por dentro de sua calça e de sua calcinha, massageando-se de maneira excitada. Matheus a observava, ofegante e sorria, cansado.

Ele limpou a ponta de seu pênis com o dedo indicador, retirando dali uma última gota remanescente e o levou até a boca de Victoria. Ela sentiu o sabor levemente salgado sobre sua língua quando a ponta do dedo invadiu seus lábios.

Ela mordiscou seu dedo, mostrando-lhe a língua enquanto sentia o clímax se aproximar. Ele, como que entendendo seu recado, colheu parte de sua semente que havia se empoçado sobre o pequeno seio e levou, também até os lábios desejosos de Victoria, divertindo-se ao vê-la brincar com ela sobre a língua.

— Ahn! – Ela gemeu, urgente. – Eu vou gozar.

Matheus repetiu o que havia feito com uma poça de sêmen que havia sobre a barriga e, quando ele levou seu dedo até os lábios de Victoria, ela segurou seu pulso com a mão e abocanhou o seu indicador até a base, sentindo seu corpo convulsionar sobre o convés da pequena embarcação.

Quando ela parou de ofegar, Matheus tirou o dedo de sua boca. Seu pênis ainda se encontrava rígido, mas ele olhava para o céu, preocupado.

— Já deve ser quase onze. – Comentou. – É melhor voltarmos. Dona Rute já deve estar preparando o almoço.

Victoria concordou. Ela gostava daquela sensação de ousadia à qual vinha se entregando, inconsequente. Sentia-se segura com seu primo e, naquele momento, passou a ter a certeza de que suas férias seriam ainda melhores do que havia imaginado.

O fruto proibido ( Erótico )Onde histórias criam vida. Descubra agora