A voz do pai e do tio soavam, baixinho, através da janela. Victoria não prestava atenção ao que eles falavam, ansiosa para que fossem logo dormir para que ela pudesse ir até o quarto de Matheus. A temperatura havia caído ainda mais, noite a dentro, e ela precisara vestir suas luvas para se sentir confortável. Desejou, ainda mais do que antes, a proximidade e o calor do corpo dele. Estava deitada, de barriga para cima. Seus olhos já se haviam adaptado à penumbra e ela contava o número de tábuas que formavam o forro de seu quarto, auxiliada pela luz que entrava por através da cortina, vinda da varanda.
Ela levou a mão ao celular. A meia-noite ainda não havia chegado, mas, o tédio da espera a fizera pensar que era ainda mais tarde.
"Já está dormindo?" ela enviou para o primo, ouvindo o celular vibrar sobre o aparador no quarto ao lado do seu.
A falta de sons de movimento vinda daquela direção a fez concluir, com um revirar de olhos, que o primo já tinha caído no sono.
Ela acendeu a lanterna do dispositivo e se levantou, devagar, apontando a luz sempre para o assoalho, para não correr riscos de ser percebida pelos homens na varanda. Abriu, então, a porta do armário e pegou, de dentro de sua bolsa, o diário que havia surrupiado da madrasta.
Voltou para a cama e se cobriu, dos pés à cabeça, formando um abrigo espaçoso o suficiente para que pudesse folhear por através do caderno. Despiu-se, então, das luvas, apoiou o celular no queixo para ter as duas mãos livres e abriu a primeira página que vinha depois dos adesivos de figurinhas infantis.
Sobressaltou-se com o que viu.
Com as sobrancelhas franzidas, mirou a página escrita.
"Japonês?" pensou, frustrada. "Como assim?"
Ela virou a página, olhando o verso. Haviam ali, o que pareciam ser poemas escritos em ideogramas japoneses e transcritos em suas pronúncias no alfabeto latino. Virou outra e mais outra, depois, se pôs a folhear o caderno mais depressa. Menos da metade das folhas haviam sido usadas.
"Inacreditável" Ela fechou o diário, atirando-o para o lado, urrando baixinho enquanto cerrava os dentes.
Ela suspirou, incomodada. Deitou-se de barriga para cima e pegou o diário na mão. Folheou-o, novamente, checando todos os detalhes, desde a capa até o compartimento plástico que servia como envelope para armazenar um possível bilhete.
Se destampou, sentindo as narinas protestarem por conta do ar gelado que precisara respirar ao afastar a coberta do rosto. Então, buscou e observou o suposto diário por outros ângulos e, pressionou os olhos para perceber os detalhes. Nada que realmente chamasse a atenção.
Ouviu um barulho vindo da varanda e, logo, o som da porta sendo fechada e trancada. A luz que vinha da janela, logo deu lugar à escuridão e, então, tudo ficou mergulhado em silêncio. Os adultos tinham se retirado para dormir.
Ela virou o diário de um lado para o outro e o atirou para o lado, no aparador.
Estranhando o barulho abafado que ele fizera ao cair, apontou a luz da lanterna para olhar. Ele havia batido com a lombada sobre o tampo do aparador e, por conta disso, se havia aberto, automaticamente, em uma das páginas em branco entre tantas outras. Ela o encarou, um tanto frustrada. E foi então que percebeu um quase ínfimo detalhe. Aproximou o rosto para observar. Fechou-o novamente, observando o micrômetro que separava duas das folhas e voltou a abri-lo, sem escolher uma página. Notou que a abertura se havia dado exatamente à mesma página em branco de antes. Levantou-se e caminhou, devagar, até o interruptor ao lado da porta e, então, o acendeu.
Ela esperou seus olhos se acostumarem com a luz e, então, observou mais de perto. Havia um detalhe que, ao folhear, deixara passar batido: aquela página tinha sido rasgada. Havia ali, um pedacinho de papel, minúsculo, remanescente da folha que ali havia, mas, que tinha sido arrancada.
"O que teria nesta folha?" Pensou, curiosa.
Ela esperou alguns minutos, sentada na cama, pensando em como seria capaz de recuperar a página perdida que, apenas possivelmente, poderia lhe dar alguma pista de para onde ou para quem Sara enviava aqueles vídeos. Ela se atirou de costas contra o colchão.
"Deve ter arrancado para fazer uma anotação qualquer."
Percebeu, um tanto decepcionada, que o primo não havia respondido sua mensagem e, então, se levantou, andou na ponta dos pés, abriu a porta do quarto devagar e seguiu pelo corredor. Seu coração batia rápido no peito e, ao pensar no primo e na promessa que havia feito quando ele havia avançado contra ela na cozinha, sentiu seu corpo responder, se aquecendo.
Ela testou a maçaneta, insegura. Com um "clac", a porta se abriu. Ela a empurrou devagar, tateando na escuridão do quarto. Fechou a porta atrás de si e decidiu acender, ao menos, a tela do celular, para que não precisasse ficar completamente às cegas. Chegou, então, até a cama de Matheus.
O primo, aparentemente, dormia de maneira profunda, em respirações longas e ritmadas. Ela levou a mão até a luminária ao lado de sua cama, apontou-a para longe e a acendeu, mergulhando o quarto em uma meia luz.
O garoto dormia com uma das pernas destampadas. Sua expressão serena fez com que Victoria revisitasse todas as vezes nas quais ele a havia conquistado com um ato de gentileza. Ela levou a mão até seu esterno, por sobre a coberta e sentiu-o subir e descer, devagar.
Havia pouco espaço na cama e ela se aconchegou ao seu lado, ouvindo-o murmurar um breve protesto quando ela precisou erguer o cobertor para sorratear para baixo dele. O peito de Matheus estava desnudo e, ao levar sua mão para baixo, em uma carícia despretensiosa, percebeu que ele vestia uma fina bermuda.
Ela o beijou no rosto, sentindo os fiapos de barba roçarem nos seus lábios e, ao sentir o cheiro de banho tomado, experimentou uma onda de ansiedade a trespassá-la. Não era capaz de acreditar que, há menos de vinte e quatro horas, havia experimentado mais do que no resto de seus dezesseis anos. A memória a assaltou de rompante, enchendo-a, novamente, de desejo. Ela permitiu que seus dedos passeassem por sobre os contornos do peito de Matheus e foi descendo, o toque, um mero raspar delicado. Ela baixou a mão, alcançando o elástico da bermuda do primo e, em um ato de coragem induzida, ousou invadi-lo. O sexo de Matheus, que a havia invadido em estocadas poderosas e a enchido de prazer durante todo aquele dia, descansava, flácido, coberto por um capuz de pele.
Ela o segurou e acariciou, massageou e apertou-o gentilmente. Seguiu até os testículos e brincou com ele entre os dedos, levemente frustrada por o sono pesado do primo não o ter permitido acordar. Ela sentia um leve desconforto entre suas pernas, como uma comichão. Uma tensão sempre a ponto de explodir.
O membro cresceu, levemente, em sua mão e, ansiosa e faminta por mais, ela se enfiou para baixo da coberta.
Se posicionou no vão entre as pernas de Matheus e, ao ficar frente a frente com o membro à meio caminho de uma ereção completa, esticou uma das pernas largas da bermuda do rapaz para cima, até que seu sexo estivesse exposto.
Sem perder tempo, ela o lambeu do testículo à glande, melando, abundantemente de saliva, a haste ainda semiereta.
Ela abocanhou a glande arroxeada, empurrando, com os lábios, o prepúcio para trás. Mergulhou entre as pernas do primo e abocanhou o membro inteiro com facilidade, sentindo, com satisfação, ele crescer dentro da sua boca. Ela aguentou o quanto pôde, mas, quando ele alcançou a totalidade de sua capacidade de enrijecimento, deixou-o escapar para fora, contendo o reflexo do engasgo.
De olhos fechados, ela sentiu o ar frio a atingi-la quando a coberta foi erguida.
Matheus a encarava, sonolento.
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O fruto proibido ( Erótico )
Romance🔥🔞🔥 Essa história possui cenas eróticas detalhadamente descritas e não é recomendado a menores de 18 anos. A fruta mais doce geralmente se encontra no galho mais alto. O que é proibido é mais gostoso, mais especial. E é infinitamente mais difícil...