E o desejo continua ali

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Matheus conseguiu acalmar sua respiração ao perceber que não tinha sido descoberto, então, aguardou durante algum tempo, observando enquanto esperava o momento ideal para se retirar. Ele saiu de onde estava, costeando a clareira e tentando se manter escondido do trio que atuava no seu centro, totalmente mergulhado na insanidade que protagonizava. Precisava falar com Victoria sobre o desenrolar do que havia descoberto e, apesar de excitado ao presenciar aquilo tudo, sentia-se ansioso para saber o que a prima tinha conseguido descobrir no celular de Sara.

Uma série de questionamentos pululavam na sua cabeça e, ao mesmo tempo em que queria ficar e ver aonde aquela cena luxuriosa iria parar, sentia uma necessidade urgente de sanar sua curiosidade. E se Victoria estivesse certa quanto a sua teoria? E se Sara realmente tivesse algo a ver com o que tinha acontecido à sua mãe, tantos anos atrás. A senha correspondia à data próxima demais da época em que tudo em sua vida tinha mudado.

Ao chegar esbaforido na estrebaria, onde se apoiou à madeira para acalmar a respiração, Matheus pegou o celular que estava no bolso e desbloqueou a tela. Algumas mensagens de Miguel eram mostradas no display de notificações e ele levou a mão até a conversa para abri-las.

"Cara, você precisa ver isso."

"Já encontrei a página onde ela posta os vídeos que grava. Só preciso de um cartão de crédito para me tornar assinante. KKK"

"Sério, onde vocês estão? Venham para cá agora."

Seu primeiro reflexo foi desembestar-se porta a fora, pegar o caminho mais curto, cortando o campo pelo pasto e ver o que Miguel tinha a dizer, mas então, decidiu esperar por Victoria.

Não demorou muito a olhar por através da janela e vê-la, surgindo de entre os pés de milho mais adiante. Apenas quando a notou, percebeu o calor que ele mesmo sentia. Lembrou-se da maneira como a prima o havia provocado à distância e pensou em ir até ela, segurá-la pela cintura e puxá-la contra si, mas controlou-se. Permaneceu no estábulo, onde estava. Pegou alguma ferramenta e fingiu estar reparando algo que nem mesmo estava quebrado.

Ele ouviu a porta se abrir e fechar e não se deu o trabalho de olhar para trás.

— Demorou, em? Ficou para assistir até o...

Matheus foi interrompido por um puxão em seu moletom. Quando ele se virou, a mão pequena de Victoria voou espalmada em direção ao seu peito, empurrando-o contra uma das toras de eucalipto que tinham sido usadas como pilastra. Seu rosto ainda se encontrava corado e o olhar estava carregado de desejo.

Ela se ergueu na ponta dos pés e avançou a distância que separava os dois, abocanhando seus lábios, tomada por uma clara volúpia que parecia nublar qualquer bom senso.

Involuntariamente, a mão do garoto envolveu a linha da cintura de Victoria e ele a puxou contra si, arrancando dela um suspiro. O corpo miúdo estava quente e o coração palpitava forte enquanto ela movia as mãos afobadas pelo seu peitoral.

As línguas se tocaram e se acariciaram entre os lábios afoitos e só então ele foi capaz de perceber o quanto o perfume nos cachos negros enchiam suas narinas e tornavam até mesmo o ato de respirar a mais intensa experiência.

— Que beijo gostoso. — Ela sussurrou em sua boca, ofegante, como se precisasse desabafar o quanto sentia falta daquilo. — Não para... Não para mais de me beijar.

As mãos delicadas se moveram rápidas para a fivela do cinto e ela a desafivelou com mais maestria do que das outras vezes.

A umidade abundante entre as bocas indicava o quão excitados e eufóricos os dois estavam e uma das mãos de Matheus invadiu as calças de Victoria. A firmeza da nádega atlética e pequena era convidativa e os dedos do garoto se enterraram com força em sua pele. Ela moveu o quadril para um lado e para o outro, em um rebolado tentador enquanto desabotoava e abria o zíper da braguilha sem permitir que as bocas se separassem.

O fruto proibido ( Erótico )Onde histórias criam vida. Descubra agora