Flagrante

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Ela ria, alegre, sentindo a brisa fresca a arrefecer seu corpo. A arena não tinha um diâmetro considerável, mas, o fato de ela ter sido projetada como um círculo, permitia a Victoria, guiar a eguinha a um galope ligeiro enquanto contornava a sua circunferência pelo lado interno das cercas de madeira.

Canela parecia se divertir tanto quanto a garota e, de quando em quando, passeava pomposa, como se contasse os passos de seu trote.

- Você é uma boa menina, Canela. - Afagou o pescoço com as unhas.

A garota olhou para cima, em direção ao sol, que iluminava e aquecia todo o cenário, imponente e dourado, próximo ao seu apogeu.

- Por que o Matheus está demorando tanto? - Ela levou a mão à barriga, sentindo seu estômago reclamar.

Respirou fundo, juntando coragem para descer sem a ajuda do primo.

- Fica paradinha, tudo bem? - Atirou a perna por sobre a cernelha do animal, posicionando-se sentada de lado sobre a sela. - Calminha agora.

Empurrou-se para a frente, tocando o chão de maneira graciosa. Victoria afagou o focinho da égua e saiu pela porteira, indo em direção à porta do estábulo. Sentia o interior de suas coxas começarem a doer. Deduziu não estar acostumada aos impactos repetitivos contra a sela e, àquela descoberta, lamentou a dor que viria a sentir no dia seguinte. Não contaria, no entanto, para o primo, uma vez que não desejava que ele a dirigisse aquele característico olhar vitorioso, carregado de arrogância. Sendo sincera consigo mesma, via naquele olhar, uma certa dose provocante de charme. Seu corpo se aqueceu ao se lembrar do dorso desnudo e da sólida virilidade que o garoto possuía entre as pernas. Um breve sorriso se desenhou em seus lábios e ela apressou o passo, estranhamente ansiosa.

Se aproximou, então, da porta, ouvindo os ruídos ritmados que provinham do interior do estábulo e empurrou a folha de madeira com cuidado. Um gemido agudo se sobressaiu à toda a cacofonia e ela reconheceu a voz. "Não é possível. Meu pai foi pescar com meu tio. Disse que não almoçaria em casa". Ela se aproximou, de maneira furtiva, movida por um rompante de curiosidade. Seu coração, no entanto, tamborilava no peito. Se o pai não estava ali, quem poderia estar causando em sua intragável madrasta, prazer suficiente para que ela soltasse gemidos tão intensos?

Seu estomago se embrulhou com a possibilidade que surgiu repentina em sua cabeça e ela acelerou seus passos, curiosa. Matheus havia entrado no estábulo com o intuito de limpar a baia de Canela e se havia demorado por lá.

- Ai! - Sara gemeu. - Isso, bem forte! Isso!

Havia menos de uma hora que ela tinha perguntado a seu primo se ele a esperaria. Seus olhos traíam verdade sobre a prancha que servia como convés para o pedalinho. Imaginá-lo nu com uma das pessoas por quem ela nutria mais aversão era, não apenas revoltante, mas asqueroso.

Sentindo um nó se avolumar em sua garganta, cruzou o pequeno corredor que dava para a porta pela qual havia entrado e, quando dobrava a esquina, foi capaz de ver o corpo da madrasta sendo projetado para a frente e para trás de maneira ritmada. A garota tentava ver quem era a figura que se posicionava atrás dela, sendo impedida por um ramalhete de algum tipo de erva que tampava sua visão. A passos inconsequentes ela se aproximou, a tento de flagrar o que quer que estivesse acontecendo, porém, quando ia se posicionando de frente para a madrasta, pronta para delatar a própria posição para surpreendê-la, uma mão firme tampou sua boca e a puxou com força para o lado, para dentro da baia.

Um gritinho abafado saltou de sua garganta, mas, surpreendentemente, por conta da indiscreta cacofonia que o movimento ritmado do quadril da madrasta fazia ao sofrer impacto, não foi ouvido.

- Shh! - Matheus a encarou, levando o indicador à boca.

- Matheus? - Cochichou. - O que está acontecendo?

O primo a encarou como se a resposta fosse óbvia e apenas sorriu de maneira maliciosa. Victoria pôde perceber a saliência que se avolumava entre as pernas dele e meneou a cabeça, censurando-o.

- Que absurdo. - Ela virou a cabeça quando um gemido mais alto deixou a garganta de uma Sara extasiada. - Quem é que está lá com ela?

- Gozou, putinha? - A voz de Diego saía rouca em meio às batidas de quadril que não cessavam. - Você gosta de pica, não é?

Sara não parecia ter energias para lhe dar aquela resposta. Ao silêncio dela, um sonoro tabefe ecoou pelo estábulo.

- Hmmm! - Um gemidinho fino fez com que Matheus e Victoria trocassem olhares e, por pouco, não deixassem escapar algumas risadinhas.

- Eu tenho que contar para o meu pai. - A garota pareceu se obrigar a sair de um breve devaneio. - Essa vadia está traindo ele.

- Então filma e depois mostra. Se não ele não vai acreditar em você. Vai achar que está pegando no pé dela.

- Boa ideia. - Victoria levou a mão ao bolso traseiro da calça, onde costumava guardar o celular. - Droga, eu deixei o celular no quarto. Empresta o seu.

Matheus deu de ombros, erguendo os braços.

- Eu não trouxe comigo.

Ela pestanejou, baixinho.

- Ahn! - Sara gemeu alto, atraindo o olhar dos dois.

O garoto sorriu, malicioso, e fez sinal para que ela o seguisse. Ela revirou os olhos, mas, quando o viu abrir a porta de um pequeno armário que ficava a um dos cantos, o seguiu para olhar, curiosa.

- O que vai fazer? - Ela perguntou, ao vê-lo tirar algumas rédeas velhas de couro que estavam penduradas e revelar uma fresta no fundo do armário.

Ele deu uma piscadela para ela, que meneou novamente a cabeça em censura.

- Não acredito que estava aqui espiando. - Ela deu um beliscão em seu braço.

Ele torceu a boca, envergonhado e, quando ia se afastar, Victoria se aproximou, espiando pela fresta de onde tinha uma boa visão do que estava acontecendo.

Um homem rústico tinha as calças arriadas aos pés e estocava de maneira poderosa com seu quadril, enquanto Sara se deitava de lado sobre uma bancada. Vestia uma camisa branca com os botões abertos e os seios redondos e firmes à mostra. Uma sainha de pregas havia sido arrastada até a barriga enquanto a calcinha estava perdurada na perna que estava erguida sobre o ombro de Diego. Ela nem se havia incomodado em descalçar seu par de galochas rosa-neon e tinha a pequena vagina, úmida e completamente desprovida de pelos, empalada violentamente pelo enorme membro do peão, que entrava e saía com certa facilidade por conta da abundante lubrificação ali presente.

Matheus se aproximou por trás de Victoria, a tento de dividir a fresta para poder assistir ao show.

O fruto proibido ( Erótico )Onde histórias criam vida. Descubra agora