72 - Arco-Ìris

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15 dias depois...

Ep. Soph.

Quando achar que tudo está perdido, Deus vai operar o seu milagre e traz a resposta que você tanto precisa.
Hora de virar a página, colorir a vida com as cores do arco-íris. Então faz assim, usa tintas coloridas, bem coloridas e pinta uma nova paisagem na tua vida. Seus sonhos precisam ser mais reais do que seus medos. Colore um quadro qualquer, sem pressa.
Resgata o brilho do olhar e deixa que transborde tudo de mais lindo que você traz dentro de si, a vida é bela e você pode ser mais feliz que ontem...
A vida não é perfeita, é criativa. Sentimento não é preto ou branco, é arco-íris. As coisas não correm mal, correm diferente do que se espera.  Essa é a beleza da nossa existência! Novos caminhos a descobrir e múltiplas felicidades a sentir. Estar vivo, ser capaz de ver, andar, ter casas, ouvir música, admirar pinturas, tudo é um milagre. Adotei a técnica de viver a vida, milagre a milagre.
A vida lhe nega milagres, até que entenda que tudo é um milagre.
A vida encurta seu tempo, para você se apressar em aprender a viver.
Tudo tem seu tempo. Se sentiu que precisa mudar algo na sua vida, ter consciência disto já é um primeiro passo, e talvez isto seja já o suficiente para hoje. Quem sabe amanhã, depois de amanhã ou o início da próxima semana seja a hora do segundo passo necessário para concretizar essa mudança.
Se você pensar muito no dia de ontem, perderá a maior parte do dia de hoje. Desfrute da simplicidade e incerteza da vida. Aproveite o amor que a vida lhe oferece todos os dias e ignore os pensamentos pessimistas. Seja feliz do seu jeito! A beleza da vida está em suas falhas. Você aprende a lidar com os problemas, tornando-se mais forte a cada dia. Não se esqueça de quem você é e siga o seu coração.
Nos últimos dias eu estou me desdobrando para dar conta de tudo, e isso tem me deixado esgotada, mais estou dando conta de tudo sozinha o Rê praticamente mudou aqui para casa, ele resolve as coisas dele no morro durante o dia mais sempre dormi aqui, claro estamos dormindo em quartos separado, não rolou e nem vai acontecer nada entre a gente, somos só amigos nada além disso, eu ando tão esgotada que não tenho me sentindo muito bem ainda, continuo com os enjoos, e vômitos constantes, pois não ando me alimentando direito. Nem ir no morro direito eu tenho conseguido ir, com isso a Mag anda vindo com bastante frequência por aqui, hoje é sábado e eu me organizei ontem para poder subir para o morro hoje bem cedo, ja levantei sentindo a tontura que já tá virando rotina, fui para o banheiro fiz minha necessidade, tomei um banho sem molhar o cabelo pois tinha lavado ontem, tomei um banho tranquilo desliguei o chuveiro, sai do box me enrolei na toalha e sai do quarto, fui direto para o closet, hoje estava um típico rio 40 graus, então optei por um short de alfaiataria de cos alto laranja, um cropped de uma manga só princesa, branco, uma sandália de salto também laranja, coloquei umas pulseiras, meus anéis, uma choker com minha inicial em brilhante, e um ercauf na orelha, peguei uma bolsa de palha para compor o look, fiz uma make leve só pra da uma cor e ar de saúde, peguei meus óculos escuros, escolho o La Vie Est Belle e o passei e sai do closet, peguei meus documentos e carteia e a arma na escrivaninha, tirei meu celular do carregador colocando os dois na bolsa. Já era umas 9:30 da manhã e a essa hora as crianças já devem estar arrumada e tomando o café da manhã como eu pedi ontem, desci as escadas e fui direto para a cozinha e estavam todos ali, Rê as crianças, e as babás.
-Bom dia Família. - Falei entrando na sala de jantar onde estavam todos tomando seu café da manhã.
- Bom dia! - Falou o Rê.
- Bom dia mamãe!- Praticamente gritaram meu filhos e eu ri, dei um beijo em cada um deles é fui para a cozinha peguei um pacote de Doritos e um pode de Nutella e voltei para a sala de jantar e me junteis a eles.
-  Eu não acredito que você ainda come isso. - Falou o Rê enquanto fazia cara de nojo.
- O que tem? Estou com vontade. - Falei indiferente enquanto comia e dei de ombros.
É isso tava maravilhoso, e como eu estava com vontade de comer isso, assim que terminamos nosso café da manhã, as crianças foram se lavar e pegar suas mochilas com roupas e brinquedos para irmos para o Alemão, e eu e o Rê fomos colocar as cadeirinhas no meu Mercedes Classe G, que hoje eu iria nele pois acomodava melhor a cadeirinha deles.
- Estamos prontos mamãe. - Falou o Gui entrando na garagem com os irmãos.
- Então vem aqui. - Falou Rê pegando ele é colocando na cadeirinha.
Logo já estavam todos acomodados ali, o Rê estava de moto então ele foi na frente, eu entrei no lado do motorista e logo sai da garagem, liguei o som em uma música infantil que as crianças adoravam, e fui dirigindo pelas ruas do Rio de Janeiro, lindo e ensolarado porém com um trânsito infernal, levei quase 40 minutos para chegar no pé do Alemão, assim que viram abriram minha passagem, fui direto para a casa dos meus pais, parei o carro bem na frente da casa e o Rê já estava ali esperando e logo veio me ajudar tirar as crianças do carro e entramos na casa dos meus pais, dentro de casa estava um completo silêncio, mais já se ouvia a música que entrava dentro de casa, hoje sábado dia de churrasco aqui, fomos a área de lazer e estavam todos ali, curtindo, meu Tios e meus primos.
- Família, cheguei! - Falou a Alice chamando a atenção de todos e nos fazendo ir e logo eles correram para o colo do meus pais.
E eu fui até onde estava as Mag e as meninas perto da piscina.
- Olá, vadias. - Falei e cumprimentei cada uma delas.
E ficamos ali conversando por um tempo, logo meus pais deixaram as crianças ir para a piscina.
O cheiro do churrasco de repente me embrulhou o estômago e eu tive que sair dali um pouco, caminhei para a sala e me deitei no sofá um pouco e fechei meu olhos para ver se o enjoo passava.
- Você, está bem ? -  Perguntou o Rê deitando ao meu lado.
- Só uma tontura. - Menti para que ele não falasse do meu café da manhã hoje.
- Você precisa ir no médico para ver essas tontura e enjoos. - Afirmou ele enquanto mexia nos meus cabelos.
- Eu só não ando tendo tempo de comer direito. - Falei finalmente abrindo os olhos e o olhando. -  E já passou. - Falei me levantando rapidamente e com isso uma tontura veio com tudo e tive uma vertigem me fazendo sentar de volta ao sofá.
- Vou te levar no hospital agora. - Falou ele se levantando e pegando chave do meu carro do meu bolso.
- Chama a Mag e Pedi a Cati pra tomar conta das crianças. - Falei e ele assentiu e saiu.
Era melhor ir logo ao médico e tomar um medicamento para repor as vitaminas que meu corpo estava precisando com o stresse e a correria que minha vida se transformou eu não estava tendo tempo de cuidar de mim. Não demorou muito e ele e a Mag voltaram e o quando eu ia me levanta o Rê me pegou no colo e saiu de casa me carregando até o carro mesmo sabendo que eu podia andar eu não discuti por isso, ele me colocou no banco da frente e pediu pra uns vapores ali ajudar a retirar a cadeirinha das crianças do carro e levar para dentro de casa, e antes que ele me pegado no colo outra vez eu desci e passei para o banco de trás e a mag entrou comigo e o Rê deu a volta e entrou no lado motorista e saímos dali, ele desceu o morro bem rápido, como se eu tivesse morrendo. Não demorou muito já estávamos no asfalto, já parando em frente ao hospital da dia Mari e do Tio João Neto, descemos do carro e o Rê queria me pegar no colo de novo mais eu não deixei, e entramos na recepção fiz minha ficha e logo tia Mari já apareceu na recepção.
- Olá, minha querida. - Falou ela me abraçando e eu retribui.
- Só não estou me sentindo muito bem, Tia
- Então, vamos ao meu consultório que vou te passar alguns exames. - Falou ele e caminhamos até o consultório dela e nos 3 entramos e nos sentamos de frente a mesa dela. - O que você tá sentindo? - Perguntou ela enquanto ela sentava na cadeira dela de frente para nós.
- Um enjoou e umas tonturas. - Afirmei.
-Vem. - Me chamou ela pra sentar na maca e me examinar. - Isso começou a quanto tempo? - Perguntou ela me examinando.
- Desde voltamos de Paris. - Disse o Rê se entremetendo ao não foi chamado, que vontade de dar um soco na cara dele.
- Então isso já tem 15 dias. - Contatou a Mag.
- você está se alimentando direito. - Pergunto a Tia Mari.
- Não, a única refeição certa que ela tem feito é a da janta, pois eu arrasto comigo para comer. - Falou o Rê a essa hora minha vontade era de ter algo ao meu alcance para tacar nele.
- Certo, você sabe que você está errada, então não vou lhe dar um sermão antes de fazemos os exames. - Afirmou tia Mari. - Vou te internar. - Falo ela e olhei para o Rê e a Mag de cara fechada e eles estavam segurando o riso. Dois filhos da mãe isso sim, deixa eles comigo, vão me pagar.
Ela nos deu todos os papéis da bateria de exames completo e chamou uma enfermeira para me internar.
Ela chegou e já me levou para o meu apartamento e me internou, colocou um acesso na minha veia com alguns vitaminas que a Tia Mari passou até descobri o que eu realmente tenho, e claro meu dois carrapatos que não desgrudam vieram juntos, logo meu quarto estava lotado de enfermeiros tirando meu sangue para os exames.
- Eu vou matar vocês dois quando eu sair daqui. - Falei, para eles assim que o último enfermeiro e eles se olharam a caíram na gargalhada.
- Você que pediu que eu viesse. - Falou a Mag dando de ombro e eu revirei os olhos.
- Quero ver se aqui não não vai comer direito. - Falou o Rê rindo e eu coloquei língua para ele.
E ficamos ali conversando, não demorou muito pra família toda ficar sabendo, e alguns ligaram , alguns foram lá em casa buscar umas roupas e meu iPad e eu estava me sentindo muito mimada, passei a tarde toda esperando os resultados do dos exames, como na horas certas e joguei muita conversa fora com eles.
Ficamos ali até começar a anoitecer que foi quando a Tia Mari entrou no quarto com a enfermeira.
- Como está se sentindo? - Perguntou ela já ao lado da minha cama.
- Bem melhor. - Afirmei.
- Bom então vamos ao que interessa. - Falou ela enquanto me examinava com o estetoscópio. - Sophya, eu analisei toda seu histórico, desde o acidente no Estados Unidos, todos os exames contatavam, sobre o bebê que você perdeu é que você teria dificuldade para engravidar novamente, que só o tempo poderia te dizer realmente, bom depois dos exames de hoje eu descobri o que você tem. - Falou ela finalmente me encarando nos olhos. - Você tem Hiperêmese gravídica . - Ele terminou e pela cara que o Rê a a Mag fizeram só eu entendi.
- Como isso aconteceu ? - Falou com palhoça lagrimejados sem acreditar. - Isso é o milagre.
- Parabéns, meu amor. - Falou ela me abraçando e eu retribui. - Só que você terá que ter todo o cuidado, pois sua gravidez é de risco. - Ela falou e eu assenti.
- De quanto tempo tia ? - Perguntei.
- 7 semana e meia. Agora eu vou te deixa internada aqui por algum tempo, tomando todos os medicamos e para ter certeza que você vai ter repouso absoluto.
- Certo, Tia.
- Eu não tô acreditando. - Falou a Mag com a cara de espanto e um sorriso. - Cara quem é o pai? - Perguntou ela com cara de espanto fazendo a gente ri.
- Não, começa. - Falei a olhando seria.
- Brincadeira, eu sei que é o Dan. - Falou ela me dando uma piscadela.
E o Rê ainda estava quieto e na dele, calado aparentemente em choque.
Minha tia logo chamou a enfermeira e me levaram para o ultrassom.
Fiz os outros exames e o ultrassom e descobri que eu estava grávida não de 1 baby mais sim dois, são gêmeos. Eu estava sonhando. Nunca imaginei, que isso poderia acontecer de novo, eu grávida do Daniel, nosso filho, nossos bebês arco-íris. Após o exame me levaram de volta ao meu quarto.
- São dois. São gêmeos. Um casal- Falei para a Mag, só estava ela no quarto o Rê não estava ali.
- Que benção, isso é uma milagre. - Falou ela me abraçando.
E ficamos ali conversando, fazendo planos, até que bateram na porta do quarto nos interrompendo. A Mag foi atender conversou com a pessoa e voltou com um buquê enorme de flores.
- Para você! - Falou ela me entregando o enorme buquê.
Um buquê de rosas vermelhas maravilhoso e bem grande, eu as cherei e no meio dele vi um envelope pequeno e for fora tinha meu nome e eu o peguei e abri e a caligrafia perfeita do Dan estava ali.

" Parabéns, my Darling!
Você não tem noção do quanto eu estou feliz, nosso pequeno milagre! Te vejo em breve...
Amo vocês!

E com isso eu deixei alguma lágrimas caírem, não de tristeza, mais um mix de emoção, felicidade, saudade, amor! E eu tive a plena certeza que ele se afastou para a minha segurança e das crianças, mais que eles estava observando cada passo meu.
E num instante o quarto foi invadido pela minha mãe e minha família é aquilo tudo se tornou uma festa com os novos netos que estavam por vir, apesar que minha gravidez era de alto risco eu não ia desistir, eu ia lutar por eles. Meus bebês arco-íris, o melhor presente que eu poderia ganhar do Dan. Eu perdi um bebê

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Olá!
Surpresa...
Sei que por essa vocês não esperavam.
Eu sei não me matem.
Mais eu resenho um final inesperado para essa história! Espero que gostem!
Comentem o que acharam ?
Esperavam isso acontecer?

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