Os herdeiros do Morro

73 - Eles merecem o mesmo amor.

3 meses depois...

Muito se teoriza sobre como é ser mãe. Mas a prática é completamente diferente da teoria. É um sentimento único: ao mesmo tempo em que é muito bom, incrível e especial, também predomina uma grande pressão. É uma preocupação constante, pois quero que meus filhos tenha um futuro brilhante e seja uma pessoa boa. Ensinar a vida a outro ser humano é uma tarefa muito complicada, mas também mágica e incrível. É preciso aprender a todo instante. Ser mãe é aprender, revolucionar e viver em uma eterna metamorfose. Eu me invento e reinvento dia após dia, para simplesmente poder proporcionar as melhores coisas a meus filhos. Não é fácil, há momentos em que dá vontade de desistir de tudo. Mas, quando me lembro do quão feliz eu me tornei após ser mãe, imediatamente me esqueço dos problemas e volto ao meu foco. É preciso ter forças, garra e persistência. É uma luta diária e evolução sempre. Cada mulher pode ter uma experiência própria com a maternidade, mas acredito que ninguém discordará de mim quando digo que é algo que muda completamente a nossa vida. É impossível se tornar mãe sem se despedir de quem você era antes de tudo. Pode ser algo muito trágico para muitas mulheres. Mas não foi para mim. Passei, sim, por um luto da minha "antiga eu", mas não me arrependo de nada. A "mulher-mãe" que sou hoje é a minha melhor versão. A maternidade me ensinou algo muito único: a alteridade. Não acho que exista curso ou terapia que ensine esse conceito tão bem quanto ter um filho ou uma filha. Não é que eu não seja uma pessoa empática: sempre me importei com as pessoas ao meu redor. Mas nunca tinha sentido que poderia morrer por alguém. Mas qualquer mãe morreria pelos seus filhos. É um sentimento que não dá para explicar. Só fui entender o significado do amor depois de ser mãe.
Minha Tia me deixou no hospital 3 meses, de completo repouso, por minha gravidez ser de extremo risco, hoje completei 5 meses hoje é véspera de Natal, e finalmente minha tia me liberou para ir para minha casa, com um monte de recomendação, e com isso minha mãe resolveu preparar um natal lá em casa, e para a família toda então vai ser aquela algazarra de sempre, eu não estou muito animada para esse natal, não que não ame o natal, pelo contrário eu amo natal, mais esse em especial eu não estou animada, motivada, estou desanimada e cansada, mais o que eu não faço pelo minhas crianças, esse tempo que estou no hospital fui muito mimada, as minhas crianças estavam por aqui sempre que possível, minha família se revezou para estão comigo e atender todas as minhas necessidades. Me senti muito mimada. Minha barriga dos Gêmeos estão enorme nem parece que estou mais de 5 mês, porém são dois, um casal, eu já andei pesquisando uns nomes, porém ainda não decidi eu queria o Dani aqui para me ajudar. Eu estou tendo uma gravidez de muito risco para eu e os bebês, porém eu decidi assumir esses risco, graças a Deus tem sido bem tranquilo apesar da hiperêmese gravídica, apesar dos enjoos constantes, agora que estão começando as dores, na lombar e o peso da barriga, o colo do meu útero ainda permanece fechado, graças a Deus e continuo em observação.
- Não exige nada melhor do que finalmente, estar em casa. - Falei finalmente sentando no sofá, com uma certa dificuldade.
- MAMÃE!- Entraram na sala meu 3 pequenos me gritando.
E eu sorri para eles.
- Aí, que saudades de vocês meus anjinhos. - Falei abraçando um de cada vez.
E fiquei aí um tempo curtindo eles e rindo. Até eles irem se arrumarem para a ceia de natal, e o meus irmãos me ajudaram a subir para meu quarto com todo o cuidado do mundo. E me falaram pra mandar mensagem quando eu quisesse descer, e olha que aqui tem elevar nós subimos de elevador e já foi aquele drama todo, eu sei que minha gravidez é de alto risco e eu já estou me preparando para que tudo posso acontecer, mais eu tenho fé que acredito que se Deus quiser vai ocorrer tudo bem.
Mais por via das dúvidas eu tenho tudo organizado e planejado.
Assim que meus irmão me deixaram no quarto eu já "corri" para o banheiro, corri que é uma palavra muito forte pra uma grávida de gêmeos de 5 meses que mais parecem 7 meses, porém com todos os enjoos eu emagreci muito e estou muito inchada por causas das reposições de vitaminas que ando fazendo constante no hospital. Mês que vem entro no 6º mês e minha gravides se torna ainda mais perigosa, pois os gêmeos tem risco de nascer prematuros a qualquer hora.
Fiz minhas necessidades tirei minha roupas liguei a banheira com uma água quente, sais minerais e ervas, entrei e era tudo que eu mais precisava, tomei um banho maravilhoso de banheira, eu perdi a noção do tempo que eu fiquei ali, curtindo o momento de tranquilidade, minha barriga, lavei o cabelo e quando a água estava esfriando eu sai vesti meu roupão e nem fechava em mim mais, e dei de ombros e sai assim mesmo do banheiro, fui direto para o meu closet, e sinceramente não sabia o que iria vestir, nada deve estar me cabendo no momento, vesti só uma Langerie de renda branca e continuei de roupão, arrumei meu cabelo, sequei e fiz uns cachos e fui fazer um make, caprichei em uma make leve porém com brilho, e foi aí que eu lembrei de um vestido de brilho prata mídi, que eu comprei grávida da Ali e nunca usei procurei por ele e no final do meus vestidos de brilho lá estava ele, lindo e maravilhoso, experimentei serviu com uma certa dificuldade eu consegui fechar o zíper da lateral e deu certo achei um salto baixo prata e o look estava completamento, me olhei no espelho e resolvi aproveitar e registrar uma foto desse momento, busquei meu celular no quarto e vou teu para o espaço de foto que eu fiz no closet e registrei, resolvi não postar nada, só guardar para mim mesma. Quando eu ia guardar o celular eu recebi uma mensagem que fez meu coração parar por alguns segundos. Me recompus mantendo a calma e pensado nos meus filhos, que eu não podia tomar susto e nem ficar nervosa. E resolvi descer, fui tranquila para o elevador, e desci e quando abriu a porta do elevador dei de cara com o Rê. Lindo e sexy com uma calça clara camiseta branca e um blaser preto por cima, um tênis branco e as correntes, ele estava deslumbrante e muito cheiroso.
- Eu já ia te buscar. - Falou ele sorrindo e me tirando dos meus pensamentos e me ajudando a sair do elevador.
- Não precisava, mais obrigada. - Falei retribuindo ao sorriso dele.
Descemos pra abafar de baixo no elevador e foi só aí que eu notei que boa parte da família já estava ali, meus tios meus primos, meus avós e meus pais, a casa estava linda e maravilhosa como eu nunca imaginei, minha mãe é muito incrível.
Minha casa já tava no clima de natal, tinha gente para todo os lados as crianças estavam, correndo e brincando pela sala, meu tios e primos estavam espalhados por todo os cantos da casa, estava um dia frio e chuvoso, então minha mãe organizou a ceia dentro de casa na sala de jantar, ainda bem que minha casa é bem ampla e eapaçosa.
- Senta aqui filha. - Me chamou meu pai para sentar ao lado dele no sofá, eu não posso ficar muito tempo em pé mesmo estado com o pessário, tenho que evitar ficar muito tempo em pé até porque eu sinto o peso do pessario quando fico muito em pé. É assim fiz me sentei ali no saco ao lado dele. - Eu nunca imaginei minha assim. - Fala ele sorrindo e fazendo um carinho nós meu cabelos.
- Nem nos meu melhores sonhos imaginei isso pai. - Falo sorrindo e sentindo meu olho lacrimejarem, aí esses hormônios da gravidez tá me matando. - Obrigada por tudo pai. - Falo sorrindo e olhando sincera.
- Você não tem que agradecer, eu fiz tudo que eu pude por vocês, e faria tudo de novo, princesa. - Falou ele acarricimado minha enorme barriga.

Eu passai a maior parte do meu natal ali sentada quieta observando tudo e a todos aí meu redor. Sou muito grata por tudo que eu vivi com minha enorme e mais maluca família, e os amo cada um do seu jeito.
Quando deu meia noite minha mãe liberou a ceia dos adultos, as crianças já tinha jatando e já estavam na cama a meia noite, Rê me ajudou a levantar e me acaompanhou até a mesa se sentando ao meu lado fazemos uma oração agradecemos ao ano que se passou e logo começamos a nos servi desse banquete maravilhoso.
- Eu acho que já tá passando da hora de escolher os nomes dos bebês Sophya. - Fala minha tia Camis enquanto se servia.
- Eu também acho. - Fala minha mãe também me precipitando.
- Deixa ela. - Intervém minha avó Adriana. - ano tempo dela, vocês duas. - Vovó Briga com elas nos fazendo ir.
- Ah mais eu já quero fazer o enxoval com os nomes deles. - Fala agora a Mag me fazendo revirar os olhos.
-  E quero os chame pelo nome em vezes de bebês. - Fala o Rê  fazendo todos rirem e ele me olha profundamente e eu desvio o olhar.
- Vocês que não sabem esperar. - Falo dando de ombros. - Até parece que nasceram de 5 meses. - Falo e todos cai na gargalhada, e aí começa a algazarra de ideias de nomes para os bebês e eu reviro os olhos.
Eu estava esperando o momento certo para escolher os nomes mais é Deus daquela mensagem mais cedo eu tive a certeza de quais seriam os nomes do gêmeos. Mais como começou a algazarra todo no jantar optei por nem falar e deixei eles discutirem isso é só sorri  .
- Me tira daqui por favor. - Sussurrei para o Rê ao meu lado da mesa, e ele prontamente me ajudou a me levantar e sair enquanto todos ainda comeiam e discutiam sobre o nome dos gêmeos.
- Para onde você quer ir ? - Perguntou o Rê enquanto saiamos da ela de jantar.
- Para o silêncio da varando por favor. - Falei e ele me ajudou a sair para fora, estava friozinho pela chuva que ainda caia aqui fora.
Nós sentamos em um banco de balanço e euencostei a cabeça na parede e fechei os olhos acariciando minha barriga, os gêmeos estão bem agitados hoje, mexendo para todo lado.
- Hoje eles estão animados. - Rê fala sorrindo e olhando minha barriga enquanto eles mexem. - Devem estar bem felizes com esse alvoroço todo lá dentro. - Ele fala sorrindo e coloquemos uma mão na minha barriga os sentindo mexer e eu apenas assunto fitando a chuva.
Ficamos um tempo ali em um silêncio bom só ouvindo a chuva cair e nossas respirações.
- Obrigado. - Rê fala chamando minha atenção e eu o olho confusa e ele sorri e continua. - Por estar me deixando viver tudo isso... Você, nossos filhos da dentro, por me perdoar e aceitar em mim que eu mudei, eu sou o homem mais feliz do mundo por isso Soph.
- Você não tem que me agradecer, o passado já ficou pra trás, o importante é o que estamos vivendo agora. Você está sendo um execelente pai, as crianças te amam, o Gui te venera como pai, a Ali tão doce e meiga te ama docemente e eu sou grata por isso. E obrigada por estar ao meu lado nesse momento tão difícil, eu sei que não foi fácil pra você aceitar minha decisão, do pedido que eu te fiz a dois dias atrás no hospital, eu sei que independente do que aconteça daqui pra frente durante o parto dos gêmeos eu sei que você seria o único a respeitar minha decisão de que qualquer coisa que aconteça na hora, você assumiria a responsabilidade com a paternidade deles e escolheria salvar os bebês primeiro, depois a mim. Obrigada. - Falo sincera colocando a minha mão sobre a dele que ainda acarriciavas os gêmeos. - Isaac e Jade, merecem sentir o mesmo amor que os irmãos tem. - Falo deixando algumas lágrimas escaparem.
- Não acredito. - Fala ele sorrindo e deixando algumas lágrimas escaparem. - Porque você não falou nada lá dentro. - Fala ele me puxando para deitar apoiada minhas costas em seu peito.
- Eu até ia contar, antes de começar aquele discussão toda lá dentro. - Falo me acomodando mais eu sei peito enquanto ele passa as pernas ao meu redor. - Jade minha pedra preciosa e Isaac minha felicidade em meio a tempestade. - Falo acariciando minha barriga e o Rê me acompanha.
E ficamos ali conversando e curtindo a presença um do outro e falando do bebês até alguém desse a nossa falta estriamos seguros naquela paz.