Arthora | A Ascensão dos Sete Reis

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A planta baixa de Ayllier era simples. Ao redor da mansão, havia um relógio. Um grande relógio, onde os ponteiros eram uma ponte e, o fundo, um abismo. Ele funcionava em tempo real e era o que badalava toda hora doze.

Depois disso, vinha o que eu e Hale apelidamos de Círculo da Morte. Era um grande complexo circular, que ficava ao redor do relógio, depois de vinte metros de campo. Ele era dividido em três corredores menores. Dentre eles, de dentro para fora, estavam a Sala de Interrogatório: onde a maioria das vezes éramos torturados para dizermos alguma informação. Mas não precisava acontecer, necessariamente lá.

Depois da Sala de Interrogatório, tinha o Laboratório. Onde eram feitos testes nas pessoas.

E então, por fim, os corredores da prisão. Bom, você já deve imaginar o que tem por lá.

Para sair do Círculo da Morte era simples. A porta ficava aberta. O que não te contavam era que, depois da porta, todas as quatro torres de cada um dos quatro muros perceberiam sua presença e atirariam vinte e cinco balas por segundo.

Morre qualquer um que pisar do lado de fora, no instante em que puxa o ar. Acho que ninguém gostaria de morte tão dolorosa. A única forma de passar era com um uniforme de guarda, mas adivinhe? Não tem como conseguir um.

Se você bate em um soldado, todos os outros vão para cima de você e não há lugar na face de Ulyan que exista uma roupa reserva de guarda. Não em Ayllier. Não quando Markus imaginava que alguém poderia fazer isso.

Impossível de escapar. Totalmente trancafiados no compartimento.

Mas havia uma esperança lá no fundo de nossos corações. Uma única tentativa. Uma ideia mirabolante, talvez insensata, mas terrivelmente inteligente.

E também uma única tentativa.

Que o Imperador nos ajude.

Próximo capítulo: Dia 18/01/2024, às 9:30.