EU NÃO POSSO ACREDITAR

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10:27 AM Hospital Central UP. Miami

P.O.V Narrador

Clara e Michael haviam terminado de tomar café da manhã na cantina do hospital e estavam conversando, embora eles estivessem exaustos por não terem conseguido dormir direito a noite passada, por outro lado sentiam uma felicidade imensa, porque tiveram boas notícias sobre a filha.

Os exames de sangue que Lauren foi submetida juntamente com a ultrassom e uma tomografia de abdome descartaram um foco infeccioso.

O que Lauren tem é uma inflamação, o fato era que seu corpo ainda estava muito fraco, havia perdido muito sangue, a bala perfurou sua barriga e houve uma dilaceração e no momento da operação inevitavelmente ocorreu uma agressão cirúrgica aos tecidos, e tudo isso levou Lauren a ter uma febre muito alta como resposta inflamatória. Mas o Doutor Drew já deu início ao tratamento adequado e Lauren ficará bem, por isso a possibilidade de tranferi-la para a U.T.I também foi descartada.

- Você acha que ela vai aceitar? _ Mike pergunta um pouco preocupado.

Clara estava dizendo que quando Lauren recebesse alta do hospital iria levá-la para sua casa.

- Eu não vou dar opções a ela. Querido, a nossa filha não vai ficar sozinha naquele apartamento de jeito nenhum... Não vai ter ninguém pra cuidar dela e eu não vou conseguir ficar tranquila.

- Eu concordo com você, mas você conhece a nossa filha. Lauren sempre gostou de ter sua independência, e de ter seu próprio espaço e conforto, é teimosa demais. Por isso fico em dúvidas, mas é claro que penso dessa mesma forma. Ela vai precisar de cuidados e estando com a gente ela terá tudo isso.

- Assim que ela acordar eu vou conversar com ela... Pode ser que não seja fácil, mas eu vou convencê-la.

- Espero que você consiga. _ Mike fala enquanto lê uma mensagem em seu celular. Era uma mensagem da Verônica. - Vero está vindo pra cá.

- Que bom. Assim ela me faz companhia. _ Mike teria que ir pra casa tomar banho e se arrumar para ir até sua empresa resolver alguns assuntos importantes e inadiáveis, depois voltará para o hospital. - Se quiser já pode ir, querido. Eu também já vou voltar para o quarto. _ Ele assente.

- Tudo bem. Então eu já vou. _ Os dois se levantam e dão um selinho. - Prometo não demorar.

- Te espero.

***

P.O.V Lauren

Acordei sentindo algo apertando meu braço, abri os olhos por questão de dois segundos e depois fechei, minhas pálpebras estavam tão pesadas que me faziam acreditar que me manter de olhos abertos seria uma coisa impossível naquele momento.

Logo um barulho bastante audível de um bipe se fez presente e aquela pressão no meu braço foi diminuindo, me forcei ao máximo e voltei a abrir os olhos, foi quando vi uma mulher ao meu lado, ela estava tão entretida no que estava fazendo que ao menos se deu conta de que eu estava olhando pra ela... Desviei o olhar para as suas mãos e vi o que aparentemente era um aparelho de medir pressão, foi aí que passei a prestar atenção ao meu redor e mesmo estando com as vistas um pouco embaçadas me dei conta de que aquele era um quarto de hospital.

- Oi... _ Ela fala com a voz calma. Tento falar mas não consigo formular uma só palavra, tudo na minha cabeça parecia ser processado de maneira lenta, eu nunca havia me sentindo assim. - Está se sentindo bem? _ Sua expressão era serena mas parecia estar me analisando com cautela. _ Balanço a cabeça positivamente e ela sorri tranquila.

- Você deve estar se sentindo um pouco confusa e sonolenta, mas isso é normal. _ Levo a mão até meu rosto e percebo que havia um cateter em meu nariz. Mas como estava incomodando um pouco tentei tirar. - Você não pode tirar isso, tá? É oxigênio, pra ajudar você a respirar melhor. _ Ela coloca sua mão em meu braço e volta a deixá-lo onde estava. - Eu vou chamar o Doutor Drew pra te examinar... Por favor, não se mecha muito para não perder o acesso do soro que está na sua mão. Ok? _ Outra vez assinto ainda um pouco confusa e ela então sai de perto de mim, confesso que quando ouvi a porta bater e me vi sozinha naquele quarto branco e cheio de aparelhos me senti estranha, com medo ou talvez pavor de algo que nem eu mesma fazia idéia do que seria, eu só não queria me sentir sozinha mas bastou um pouco mais de um minuto para a porta se abrir novamente mas como eu estava deitada não conseguia ver quem era, acreditei ser a enfermeira mas quando ouvi a voz da minha mãe senti um alívio enorme e aquele medo foi embora no mesmo momento.

Dangerous Ambition (Camren - G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora