TLIAC (Frerard)

A Retaliação

A Retaliação

ATENÇÃO ESTE CAPÍTULO CONTÉM DESCRIÇÕES DE  VIOLÊNCIA QUE PODEM CAUSAR REPULSA E DESCONFORTO, NENHUM PENSAMENTO OU AÇÃO DOS PERSONAGENS A SEGUIR TEM O OBJETIVO DE INCENTIVOS INADEQUADOS AO LEITOR.

O ponteiro do relógio bateu duas da manhã.

Gerard olhou para o seu próprio corpo sobre uma das camas da UTI, uma alteração ocorreria na tela do oxímetro e uma movimentação de médicos e enfermeiros se formou em sua volta. Eles estavam agitados, trouxeram um desfibrilador para dar uma descarga de choque em seu peito, mas ele se encontrava mais curioso com os demais leitos.

Gerard passou a caminhar lentamente observando os enfermos, no último leito ele viu um garotinho que estava acordado com diversos aparelhos ligados em seu pequeno corpo. Uma enfermeira estava perto dele trocando um frasco de soro. O menino sorriu ao que seu olhar encontrou o de Gerard, ele elevou um pouco a mão dando um tchau que o Way retribuiu.

— Para quem está acenando? — perguntou a enfermeira ao notar.

— Para o rapaz que estava lá. — O menino apontou em direção ao alarde de médicos que trabalhavam para reanimar o jovem.

Surpresa a enfermeira olhou em direção para onde o menino havia acenado em despedida, mas não havia nada ali.

— É melhor você descansar um pouquinho. — Ela puxou a cortina para tampar a visão dele.

Confuso, Gerard olhou em direção ao seu leito uma última vez e então saiu da UTI. Seguiu por diversos setores, movido pelo instinto, tomou as escadas até o segundo andar. Viu Joe sentado em um dos bancos do corredor e rapidamente se aproximou dele.

— Joe o que faz aqui? — perguntou, preocupado, mas este não respondeu, nem sequer o olhou, apenas chorava quietinho e parecia absorto. — Ei, eu estou falando com você!

— Deixe ele. É um frangote!

Gerard olhou para o lado e viu Andy sorrindo.

— O que vocês fazem aqui?

— O que você faz aqui? — indagou Andy, sentando-se no banco.

— Eu não sei. — Gerard se sentou no espaço entre ele e Joe. Então olhou para Joe novamente e esbarrou contra o ombro dele. — Ei você não vai falar comigo não?

Joe coçou o ombro e limpou suas lágrimas.

— Por que ele está assim? — Gerard perguntou ao Andy.

Andy se inclinou para olhar para Joe e então voltou a postura passando a olhar para a parede.

— Não liga pra isso não. Já já passa. É saudade antecipada — disse ele voltando a olhar para Gerard; ambos sorriram de modo cúmplice.

— Patrick está bem?

— Ele está ótimo! Eu e você é quem estamos encrencados. Mas, eu sei que você vai sair dessa de novo. — Gerard se viu confuso, e Andy sorriu mais largo. — Você pode me fazer um favor? — perguntou Andy, e Gerard assentiu. — Pode dizer ao Brendon que eu disse obrigado, e que eu o amo muito?

— Por que não diz você?

— Porque eu não posso.

— Por que não pode?

— Eu estou indo embora, Gee.

— Para onde, doido?

Andy sorriu, se levantou e disse: