6 anos atrás...
Um ar levemente gélido abrangia o clima da cidade, as ruas se encontravam enfeitadas de todas as formas mais exóticas possíveis para comemorar o Natal. Haviam bolinhas penduradas nas árvores comuns das calçadas, tapetes vermelhos enfeitando alguns quintais, cercas brancas pintadas por listras vermelhas como se fossem as pequenas bengalas natalinas, garlands repletos de laços circulavam os postes e troncos, arcos adornados presos em praticamente todas as portas, projetores espalhados em todas as varandas prontos para fazer uma festividade de cores quando anoitecesse. Até os carros que circulavam pelo centro, na área de Tompson, estavam enfeitados. As lojas, prédios, comércios e até as Empresas Toro estavam no clima natalino. Uma grande árvore de Natal repleta de bolinhas banhadas a ouro se encontrava no estacionamento entre os dois prédios gigantesco da imensa empresa. Um exibicionismo de riqueza, uma audácia dos Toros. Mas Imperious não ficava para trás na ostentação. As mansões, os clubs, boates, lojas de grife, as praças entre outras partes esbanjavam enfeites dos mais sofisticados, caros e lindos. Um gasto desnecessário, mas era para quem podia.
Alguns pirralhos passaram correndo e gritando pelos corredores da mansão Way. Os chiados finos e escandalosos pareciam facadas nos ouvidos de Trajano que prontamente se sentou arrastando o grosso edredom consigo.
— Mas que inferno está acontecendo? — Ele berrou puxando a máscara de dormir para cima, sua visão focou em seu irmão encostado em uma alta cômoda de braços cruzados. Era quase a sua imagem cuspida, apenas um pouco mais jovem.
— É Natal! — O refinado homem disse com certo sarcasmo.
— Antônio? — Trajano arregalou um pouco os olhos. — Natal? Puta merda! Eu me esqueci. — Ele se esquivou do edredom saltando para fora da maravilhosa cama king-size.
— Você está ficando velho. — Antônio comentou o vendo seguir para a porta trajado em seu pijama azul marinho feito da melhor seda.
— Onde está o Carlos? — Trajano perguntou ignorando o comentário, sua mão alcançou a maçaneta da porta, e ele nem sequer havia se preocupado em calçar os chinelos.
— Vai sair assim? Pelo menos tire isso da cabeça. — Antônio se referiu a máscara de dormir, entretanto o irmão já havia desaparecido porta afora.
Trajano cruzou o corredor em direção ao quarto do filho, no meio do caminho as crianças retornaram correndo novamente – eram duas meninas em vestidos rodadinhos que as deixavam feito princesas e três meninos em camisa e calça social, um deles usando um suspensório – atrapalhando a sua passagem.
— Saiam criaturas infernais! — Trajano disse desviando-se dos pequenos que seguiram em direção a escada que dava acesso ao saguão.
Ao alcançar o quarto de Carlos, Trajano adentrou rapidamente o chamando, mas não havia sinal algum do filho. Seguiu até a porta onde ficava o mini escritório em que este sempre ficava enfurnado quando se ausentava.
— Carlos! — Bateu, mas não houve resposta. — Droga! — Reclamou retornando para fora do quarto e dando de cara com sua irmã Nissie.
— Ops! — Nissie exclamou pela surpresa, seus curtos cabelos loiros balançaram sedosamente, seus olhos negros se arregalaram e suas sobrancelhas sumiram sob a franja que escondia toda a testa. — Você vai descer assim? — Ela questionou ao repará-lo. — É bom que saiba que a família inteira está lá em baixo.
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TLIAC (Frerard)
Fanfiction1ª temporada → O Pen Drive Direto da teoria do último, um pen drive causa mudanças no destino das mãos em que passa. Através de um golpe ambicioso, o caos ameaça a cidade de Crosfilt. Após um acidente inesperado Frank Iero e Gerard Way, fiéis inimig...