Ainda naquela noite...
Frank se sentava novamente em seu lugar. Sentia-se atordoado e confuso. Os acontecimentos de minutos atrás rodopiavam severamente em sua cabeça. Suas mãos estavam tão tremulas que o impossibilitou de pegar a tulipa. Então, ele apenas as depositou sobre a coxa, deixando os dedos roçarem no jeans enquanto suspirava atrás de calma.
"O que está acontecendo comigo? " – Ele se perguntava.
Não havia mais paz. Via-se desconhecível. Aquele homem pacífico e controlado o qual achava ter se tornado havia desaparecido. O seu velho eu – meândrico, descontrolado e raivoso – parecia estar de volta. Era Gerard que o influenciava dessa forma. Frank tinha certeza. Não compreendia o porquê deste efeito inevitável que Gerard o despertava, não encontrava os motivos corretos para o bendito tirá-lo do espírito daquele jeito. Ainda por cima, o desgraçado havia o beijado, e Frank persentia em desacreditar no fato de que Gerard o tocou daquela forma, de que os lábios dele ousaram a se emaranhar aos seus. Como assim? Como Way pôde ter tido a coragem de fazer isso? Ele nunca havia se atrevido a tocá-lo com essas intenções antes. Frank esperava tudo de pior, mas nunca um beijo. Para tornar tudo um caos maior... Era está a resposta? Não que ele considerasse Gerard afim dele, afinal acreditava em zero chances de Way sentir algo. Mas poxa, era um beijo que devia ter um significado, e que fora usado como resposta para toda a bagunça daquele acidente. Era perturbante ter aquilo tudo rondando a mente. Frank tinha a impressão de que iria explodir a qualquer momento. Ele queria postergar tudo aquilo; desejava esquecer Gerard. Droga! Estava tão bem em Hilst com Bob e sua família. Maldita a hora em que havia voltado! Estava tão arrependido de ter posto os pés de novo em Crosfilt.
"Porcaria de cidade! Porcaria de Ways! Porcaria de vida! " – Ele pensava.
— Está tudo bem Frank? — Joe o chamava a atenção, estacionando frente a ele – do outro lado do balcão – com os olhos curiosos.
— Hm? — Frank se desentendia ao que finalmente era tirado de seus martírios.
— Cara, você não parece bem. O que aconteceu com aquele rapaz que entrou por aquela porta agora pouco? — Joe questionava em suas observações, seu dedo indicador apontava para saída.
— Eu não sei Joe. — Frank suspirava audivelmente inconformado, decidindo culpar a única coisa inocente o qual podia. — É esta cidade! Este estado! Este detestável lugar! — Ele disse. Sua voz saía elevada chamando a atenção de Patrick que se encontrava a bancada da pia organizando toda a bagunça que Joe havia feito nos copos. — Eu nunca devia ter saído de onde eu estava. Não devia ter voltado.
— Relaxa cara! Você quer mais uma cerveja? — Então Joe ofereceu, pois não sabia o que dizer para fazê-lo ficar melhor.
— Não. Eu preciso de algo mais forte desta vez.
— Whisky? — Joe propôs.
Frank apenas transpareceu seu enojamento pela alternativa. Whisky era exatamente o que estava impregnado em Gerard, e agora, parecia preso em seu paladar. Tudo que queria era tirar aquele resquício de sabor, talvez assim se esquecesse mais rápido daquele beijo:
— Qualquer coisa menos Whisky. — Ele declarou.
— Tudo bem! — Joe mostrava-se sorridente e então seguia para um dos frises preparando ali mesmo, sobre a tampa, uma pequena bandeja com um limão partido em quatro, sal e uma dose de bebida cristalina em um copo módico.
Enquanto isso, Patrick reparava disfarçadamente em Frank, analisando em como os dedos dele tamborilavam sobre a madeira de seu amado balcão, assim como seus lábios crispavam a todo momento. Iero parecia estar imerso e angustiado, realmente diferente de momentos atrás.

VOCÊ ESTÁ LENDO
TLIAC (Frerard)
Fanfiction1ª temporada → O Pen Drive Direto da teoria do último, um pen drive causa mudanças no destino das mãos em que passa. Através de um golpe ambicioso, o caos ameaça a cidade de Crosfilt. Após um acidente inesperado Frank Iero e Gerard Way, fiéis inimig...