A noite em Crosfilt estava sendo de chuva, o que já era esperado por boa parte da população já que o tempo encoberto havia se apresentado durante a tarde. A baixa temperatura estava presente fazendo uma combinação perfeita para um bom chocolate quente e um aquecido edredom. As ruas encontravam-se praticamente vazias. Os barulhos de automóveis eram raramente ouvidos, e o silêncio assustador ajudava Parkson a se tornar mais obscura.
O soar de apressadas pisadas que se chocavam contra as poças de água em meio ao remanso, causavam breves movimentos nos corredores sombrios que nenhuma mente sã se atrevia a acessar àquela hora. Os pés corriam com velocidade. Passavam por lama, grama, asfalto e mais poças. Ultrapassavam portões e subiam escadas. Deixavam as marcas das solas dos tênis pelos pisos de tom bege e finalmente paravam sobre um pequeno tapete felpudo em tom marrom claro, em frente a uma porta de madeira maciça. Então o tilintar da chave ecoava no corredor.
Frank adentrou o apartamento deixando suas costas bater contra a porta a fechando violentamente. Ele tentava recuperar o ar que perdeu em toda a corrida. Estava ensopado de chuva e soado da fuga. Seu peito ardia. Tinha um nó preso na garganta que só piorava sua recuperação. Portanto, Frank elevou uma das mãos até o pescoço e seguiu rapidamente para o banheiro no qual se despiu por completo deixando as vestes jogadas pelo chão. Ligou o chuveiro e atirou-se contra os pisos brancos do box deixando a água quente bater sobre suas costas dando uma sensação confortável a pele arrepiada de frio. Abraçou os próprios joelhos e finalmente largou o choro que segurou com dificuldade durante todo o caminho que percorreu. Sentia-se frustrado e com raiva do que havia feito e deixou isso claro nos próprios golpes que deu em si mesmo. Debateu-se feito uma criança pirracenta. Soltou certos gritos; estava fora de controle. E quando a exaustão se abateu de forma física e psicológica, ele apenas se deitou naquele gelado chão tendo apenas soluços em meio ao barulho da água que se chocava contra sua cintura.
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Patrick já havia retornado ao seu estabelecimento. A tranquilidade não esperada estava no local uma vez que Urie não compareceu como o marcado. Joe e Andy estavam dando conta dos que estavam presentes, então o patrão pôde relaxar e tirar um tempo para ficar em sua casa.
Stump tinha um cobertor felpudo nas mãos e estacionado em frente ao seu imenso estofado branco, seus olhos miravam o corpo encolhido de Gerard afundado no couro macio. De olhos fechados e a face angelical, havia uma leve luz que parecia reluzir dele. Gerard parecia um anjo a dormir. Patrick sorriu orgulhoso. De início ao vê-lo dormir estranhou, mas quando Joe disse que ele não havia bebido se tranquilizou. Patrick passou a acreditar que aquele sono fora provocado por tédio. Talvez se Brendon tivesse aparecido tudo por ali estaria mais animado. Ultimamente o elétrico Urie estava tão imprevisível. Por isso Patrick se sentia tenso. Ele era um cara preocupado demais com as coisas e atualmente Brendon e Gerard estavam sendo motivos para dor de cabeça. Gerard pela mania natural de arrumar problemas e por toda a retaliação que a morte de Max causou em sua vida. Brendon por ser uma montanha russa de autodestruição. Quem o conhecia jamais veria isso.
"Brendon é o cara mais foda de Crosfilt! " – Eles diriam.
Mas somente os mais íntimos sabem o quão tóxico ele pode ser para si mesmo.
Patrick estava 20% aliviado, 30% culpado e 50% angustiado. Aliviado por Brendon não aparecer, porque ele é um perigo para Gerard, os dois juntos podem causar uma devastação e pode ser o fim de seu sonho inocente sobre Gerard se salvar do vício da bebida. Culpado por se sentir aliviado. Angustiado porque seu coração apertava toda vez que pensava em Brendon. Algo lhe dizia que o gaito rapaz não estava bem e para piorar ele não era uma pessoa de fácil acesso. Urie tinha uma vida complicada demais com uma família complicada demais. Não era simples como era com Gerard, não podia simplesmente invadir a residência dele.
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TLIAC (Frerard)
Fiksi Penggemar1ª temporada → O Pen Drive Direto da teoria do último, um pen drive causa mudanças no destino das mãos em que passa. Através de um golpe ambicioso, o caos ameaça a cidade de Crosfilt. Após um acidente inesperado Frank Iero e Gerard Way, fiéis inimig...