Deixe Tudo Ir Abaixo - Parte 1

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— Gerard?... Gerard?... Acorda, Gee!

Gerard foi abrindo os olhos lentamente. Entre piscadas lentas e sonolentas, ele foi focando a face de Max. A claridade do quarto estava forte, era como se o sol estivesse radiante lá fora e sua luz estivesse invadindo pela janela.

— Max? — Gerard franziu o cenho vendo o amigo tão perto com um sorrido largo.

— Mas é claro que sou eu! Ou você achou que eu esqueceria?

Gerard fechou os olhos e transpareceu uma cara de desânimo, porém quando os abriu novamente Max não estava mais ali. Não havia nenhuma luz além da do teto e Bert estava de pé o olhando.

— Ué! — Gerard se sentou confuso.

— Você está bem? Te ouvi chamando o Max. — Comentou Bert.

— Eu o chamei? — Gerard o olhou, e então esfregou a testa. — Acho que eu estava sonhando. — Disse ainda em conflito. — Que horas são?

— Quatro e meia. — Disse Bert pegando o celular rapidamente sobre a cabeceira o pondo no bolso da calça.

— Quatro e meia? — Gerard ficou surpreso. — O que faz de pé a essa hora? Por que você está arrumado?

— Eu tenho que ir para o trabalho.

— O quê? Mas você não ia só de tarde?

— É, mas me ligaram. Parece que estourou uma bomba das grandes e fui recrutado para o caso.

— Mas o que houve?

— Eu ainda não sei. Mas a coisa está agitada por lá. Então eu tenho que ir. — Terminou de se ajeitar, então se inclinou para se despedir de Gerard. Por hábitos antigos e na pressa, automaticamente se direcionou aos lábios dele, mas lembrou-se de que não devia antes de tocá-los. — Desculpe. — Desviou para testa e o beijou. Em seguida partiu deixando Gerard com um pequeno fiasco de nostalgia.

Gerard desabou e se esparramou no colchão. Encarou o teto. — Ele esqueceu a luz. — Lamentou. Até queria levantar para apagar, mas a preguiça não deixou. Sendo assim se virou de lado, seu olhar foi em direção ao relógio e se fixou na data. Gerard fechou os olhos e desejou que aquele dia fosse uma grande mentira. Max não estava ali, Bert foi trabalhar, e ele estava sozinho, outra vez completamente sozinho.

Seria um longo dia difícil.

Sim! Seria um dia difícil, não só para Gerard como para outros. Quando o céu clareou o sol não estava lá, e a garoa fina tomava conta da cidade. A temperatura havia caído e o frio fez com que todos tirassem os casacos do armário. O início rotineiro da manhã começava e as ruas do Centro e de Tompson se tornavam agitadas por conta dos trabalhadores.

Josh adentrou na delegacia com dois copos grandes de café, depois de ter dormido somente umas duas horas, ele e Tyler com certeza precisavam de muita cafeína. A TV da delegacia estava ligada, e Tyler disfarçava sua ansiedade pela matéria. O dia estava começando e a bomba estava prestes a explodir. Josh pôs um dos copos de café sobre a mesa dele.

— E aí alguma coisa?

— Ainda não. — Respondeu Tyler.

— Os jornais ainda não chegaram na banca. Você acha que eles irão mesmo publicar? — Cochichou Josh.

— Eu não sei. Temos que aguardar. — Disse Tyler pegando o café.

— Vai ser um longo dia.

— Eu estou preparado.

Tyler sim; outros não.

****

Frank despertou lentamente, sentiu-se balançar, percebeu um cavalo a sua frente e viu várias pessoas fantasiadas caminhando. Rapidamente ele se alarmou, olhos arregalados e um frio incomum. O céu estava esbranquiçado, uma leve neve caia. As pessoas usavam fantasias em tons obscuros, máscaras e maquiagens misteriosas. Frank viu que estava em uma charrete antiga e clássica de cor vinho escura e envernizada. O banco e o encosto eram de couro preto e macio. O cavalo que a conduzia era preto, bem cuidado e muito bonito.

TLIAC (Frerard)Onde histórias criam vida. Descubra agora