O Proibido é Mais Gostoso
Carlos estagnou após fechar a porta. No questionário havia uma pergunta sobre que tipo de clima era o seu preferencial, e com as lembranças da última vez que esteve ali com Simon, ele marcou a opção romântica. Então o quarto não era muito diferente daquele em que esteve com o sedutor Iero, exceto por uma longa bancada cheia de diversos brinquedos eróticos.
Sendo sugado por todos os objetos chamativos, ele se aproximou da prateleira, se vendo entretido com tanta informação. Eram muitos brinquedos sexuais, e ele não fazia a menor ideia de para que serviam. Tinha alguns que eram muito similares a sua genital, tinha cores fortes como rosa-choque, azul-claro e verde-limão.
Ele estava tão impressionado, que seus olhos curiosos tentavam captar cada pequeno detalhe; algemas, anéis, chicotes... Para que serviam? Pegou um dos dildos azuis e o analisou de perto, sem querer o acionou e quando o brinquedo começou a vibrar, assustado, ele soltou o brinquedo no chão; o minúsculo som de vibração contra o piso ressoando no silencioso cômodo.
Um barulho de corrente ecoou, e Carlos se virou ficando espontaneamente boquiaberto ao ver o homem nu próximo a cama. Estava vedado, algemado e sentado em uma cadeira. Mas mais boquiaberto estava Donald Way ao ver que quem estava nu, vedado e algemado de pé, em um suporte similar a uma barra fixa ao meio do quarto, era Simon Iero.
Donald olhou sarcasticamente para o teto como se pudesse ver o céu de Crosfilt. Tinha que ser uma brincadeira muito grande daquela cidade. Aonde estavam as câmeras? Ele olhou para os cantos do quarto. Aquilo não podia ser verdade. Que mundo pequeno, pensou. O que eu faço? Olhou para o botão vermelho ao lado da porta, depois olhou para Simon. Não custa nada dar uma olhadinha pelo menos. Aproximou-se dele com passos lentos.
Simon sentiu uma presença no recinto, o que o fez comprimir os lábios brevemente com um leve nervosismo. Passar por algo assim sempre foi um desejo oculto seu, mas ficar vedado e vulnerável a um desconhecido não era algo assim tão fácil, trazia uma ansiedade desconfortável.
Donald parou a frente dele o observando por inteiro e, bem, não podia negar que o indolente Iero era um pedaço de mal caminho. Devia ter o quê? Uns trinta e oito, ou quarenta anos? Mas parecia um carro zero. A vaidade estava por todo caminho do corpo dele; o peitoral, o abdome e as pernas. O quê? Talvez umas duzentas abdominais por dia? Donald arqueou as sobrancelhas ao ponderar. Depiladinho. Um pequeno sorriso de canto se sobressaiu.
O circundou com calma, e a comissão de trás era impecável. O desenho das costas, a curvatura lombar e a bunda cheia e empinada. Que bunda! Que isso, meu amigo?! Ele coçou a nuca, depois o queixo. Tudo isso escondido em ternos caros. Meus parabéns! Queria aplaudir, mas se expressou com uma careta de admiração e um acenar de cabeça.
Eu não posso fazer isso, pensou. Era como quebrar umas trezentas regras de família de uma só vez. Olhou para a tentação ambulante a sua frente, depois para a porta, depois para a bancada de brinquedos interessantes, sentia-se completamente perdido.
Não posso. É proibido, né? Não posso. Mas olha só para isso! Não posso. Que homem! É um Iero. O que é proibido é realmente bom, né? Ele é o líder da família rival. Mas olha que máquina! Seu olhar recaiu para o bumbum de Simon, sua mão ameaçou a tocar, porém ele hesitou. Não posso!
Donald ameaçou ir para a porta, mas estranhamente sua rota mudou no meio do caminho para a bancada de brinquedos; a atitude movida por uma súbita ideia que o atingiu.
Não podia transar com um Iero, mas podia fazer algumas travessuras antes de sair do quarto. Nunca havia tido uma interação com Simon, mas já havia estado sob o mesmo teto que ele em diversas ocasiões; no clube Sarano, às vezes em um restaurante, no Kitty Machine, em Townes... Sabia de todas as picuinhas entre ele e sua família; o golpe para tomar o lugar deles nas Empresas Touro, as provocações em lugares públicos... E Simon aos seus olhos parecia ser um cara que se achava demais. Debochado, atrevido, intrometido, presunçoso e esnobe. Por que não fazer uma pequena vingança?
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TLIAC (Frerard)
Fanfiction1ª temporada → O Pen Drive Direto da teoria do último, um pen drive causa mudanças no destino das mãos em que passa. Através de um golpe ambicioso, o caos ameaça a cidade de Crosfilt. Após um acidente inesperado Frank Iero e Gerard Way, fiéis inimig...