A cena da festa do pijama já está bem divertida e envolvente, com a tensão entre Mia e Tom, o desafio do jogo de "verdade ou desafio", e o clima leve de amizade com toques de romance. Vou dar uma ajustada para manter o ritmo, mas adicionar um pouco mais de profundidade emocional e algumas pausas para dar mais intensidade aos momentos.
Verdade ou desafio, em uma festa do pijama com os amigos, é sempre um convite para a confusão. Sinto o arrepio de medo do que está por vir, embora a curiosidade me domine. Na minha mente, já consigo prever algumas coisas.
— Vai ser uma ótima ideia — diz Tom, com aquele sorriso malandro que ele sempre lança.
— Vamos jogar logo! — Gustav quase pula de excitação.
— E o fondue? — tento argumentar, minha voz quase uma súplica.
— Depois a gente come. Os meninos estão mais interessados na pegação do que na comida, né, Karine? — Bill provoca, lançando um olhar de lado para Gustav.
Karine cora, gaguejando: — O quê? Não... eu...
Ela claramente gosta do Gustav, mas é tímida demais para admitir.
— Eu tô fora. Ficar de vela? Nem a pau. — Tentei me salvar, mas Estella não me deixou escapar tão fácil.
— Tem o Tom, hein — ela diz com uma piscadela. — Eu e você ficamos com os gêmeos, que tal?
Eu dou uma risada descontraída, mas por dentro, fico nervosa. — Tom é meu parceiro do coração — minto. "Parceiro do coração", que piada. Uns beijos com ele não seriam ruins. — E outra, ele e o Georg são praticamente almas gêmeas, olhem lá. — Tento desviar a atenção, mas é claro que Tom tem outra ideia.
— Vem cá, Tomzinho — Georg brinca, fazendo um som de beijinho no ar.
— Tomzinho, não. Amor da sua vida, por favor! — Tom responde, entrando na brincadeira.
Rimos, e então Bill gira a garrafa improvisada. Quando para, ela aponta para Tom.
— Verdade ou desafio, Tom? — Georg pergunta, sem perder o ritmo.
— Desafio, claro. — Tom já estava pronto para qualquer coisa, ou assim pensava.
— Te desafio a dar uma meia lua em alguém da roda — Georg diz, com aquele olhar de quem já sabia exatamente onde isso ia dar.
Tom finge um olhar desconfortável para mim. — Eu até faria, mas ela vai me espancar por isso.
— Quem não cumprir, banho de mangueira — Estella ameaça, como se estivesse me provocando a aceitar.
— Tanto faz. — Tento soar indiferente, mas o frio na barriga cresce.
Tom se aproxima devagar, e por mais que não tenha sido um beijo completo, a proximidade dele me fez sentir as famosas borboletas no estômago. Ele nem precisa me tocar para causar esse efeito em mim. O que está acontecendo comigo?
— Minha vez de girar. — Tento esconder minha reação e volto a focar no jogo. A garrafa gira e para em Gustav. — Verdade ou desafio, Gustav?
— Ah... verdade. — Ele parece nervoso, já esperando o que viria.
— É verdade que você tem uma queda pela Karine e não admite? — Pergunto, todos já sabem, mas quero ouvir da boca dele. — E, lembre-se, mentir significa banho de mangueira.
Gustav cora mais que o habitual. — Sim, eu gosto dela.
O grupo explode em comemoração.
— Finalmente! — Bill grita. — Agora eu giro. Verdade ou desafio, Mia?
— Verdade. — Respondo antes de pensar nas consequências.
Bill ri, malicioso. — É verdade que você pegaria o Tom?
Meu coração quase para. Todos olham para mim, mas especialmente Tom, com aquele olhar provocador. Não sei o que dizer. Se eu negar, talvez perca uma chance que nem sabia que queria tanto. Se admitir, eles vão nos juntar mais ainda, e Tom é imprevisível, mulherengo até.
— Sim, é verdade. — As palavras saem antes que eu possa pensar melhor, e vejo o brilho nos olhos de Tom.
— Eu sabia! Ela me ama! — Tom brinca, piscando para mim.
— Você é bonito, Tom. Simples assim. — Tento manter um tom casual, mas sinto que entreguei algo mais.
— Eu giro agora. — Tom muda o foco rapidamente, mas lança um sorriso de canto para mim antes de girar a garrafa, que para em Karine.
— Desafio — Karine diz, já se preparando para o pior.
— Te desafio a passar cinco minutos no lavabo com o Gustav. — Tom fala, e o coro de "eitaaa" toma conta da sala.
Karine cora, mas aceita. Ela e Gustav se levantam, enquanto nós marcamos o tempo.
Durante esses cinco minutos, Bill e Estella foram até a cozinha organizar o fondue, e eu fui para o meu quarto pegar as cobertas e travesseiros com Georg e Tom. Enquanto arrumávamos as coisas, Georg desabafa:
— Sabe, sempre fico de vela. Vocês todos têm alguém, e eu fico aqui, sozinho. É frustrante.
Tom, sem perder o espírito brincalhão, responde: — Você sempre tem a mim, Georginho.
— Não é a mesma coisa — Georg responde, meio triste. — Vocês todos estão ficando com alguém, e eu? Nada.
— Não é bem assim — tento consolar, mas Georg sai, deixando-me sozinha com Tom.
Tom se aproxima de mim, com um olhar que não é só provocação, mas algo mais profundo.
— O que você quer? — Pergunto, tentando soar despreocupada.
— Não o que você está pensando... — Ele diz, então se inclina e me dá um selinho longo.
Não esperava isso, mas não consigo resistir. Quando Tom beija meu pescoço, sinto arrepios por todo o corpo. Meu ponto fraco. Droga.
Ele se afasta, me olhando, mas antes que eu possa beijá-lo de volta, ele ri e recua.
— Filho da mãe! — Digo rindo, sentindo a adrenalina correr.
— Eu? Filho da mãe? — Ele sussurra no meu ouvido, sorrindo provocadoramente.
Nosso momento é interrompido por Georg, que entra no quarto sem bater.
— E aí, tudo bem? — Ele pergunta, confuso com o que estava acontecendo.
— Tudo, só estávamos... conversando. — Respondo, tentando esconder o nervosismo.
Descemos logo depois, com as cobertas e travesseiros, prontos para a próxima rodada.
A campainha tocou..
— Eu atendo! — Georg exclama e vai até a porta.
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𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻
FanfictionMia Schmitz, uma jovem de 15 anos, vê sua vida mudar radicalmente, após a morte de sua mãe, quando se muda da Itália para a Alemanha com seu pai e seu irmão mais novo. Perdida em um país onde não conhece ninguém além da distante família paterna, Mia...