010

142 6 2
                                    


Tom está fazendo isso por birra ou ele realmente está com ciúmes? Meu Deus... Mas quem sou eu para julgar, né?

[...]

Enfim, todos saíram da piscina para decidir o que pedir de comida.

— Frango frito! — Tom disse.

— Nada disso, pizza! — Gustav retrucou.

— Hot dog, com certeza! — Bill opinou.

— Vai ser hambúrguer e ponto final. — Karine decidiu, encerrando a discussão.

— Isso mesmo, minha mulher já resolveu! — Gustav concordou, todo orgulhoso.

— Pau mandado do caramba — Tom zombou, arrancando risos de todo mundo.

— Tom, pega meu celular que tá na minha bolsa? Tá mais perto de você. — Pedi, tentando mudar o foco.

— Claro, moreninha. — Ele sorriu, me entregando o celular.

— Pau mandado do caramba. — Gustav repetiu, e mais uma rodada de risadas estourou.

[...]

Pedimos a comida e voltamos para o lado de fora. Pensei em voltar para a piscina, mas estava fria demais. Sou fresca com essas coisas.

Fiquei batendo papo com as meninas, aquele típico "papo calcinha": garotos, relacionamentos e afins.

Claro que não faltou o clássico: “E você e o Tom? Vocês nunca se beijaram nem nada?” Deus, será que está tão na cara assim? Será que as provocações do Tom são tão evidentes? Eu me esforço tanto para disfarçar! Mas, sinceramente, não sei o que ele quer. Provavelmente só quer ficar com outras. Ele sempre foi assim, mulherengo.

Não é que eu não confie nele... mas ele dá em cima de todo mundo. Só de descobrir que eu tinha mudado pra cá, ele já veio investigar. Imagino o que faz com outras meninas. Mas por que eu me importo? Tom quer só uma ficada, e eu sou intensa demais, sempre me entrego de corpo e alma. Que confusão...

A verdade é que eu gosto dele. Que droga.

E, aqui estou eu, aceitando as migalhas que ele oferece. Me pegando pelos cantos, nos banheiros... Será que sou tão trouxa assim? Sei disso, mas não consigo parar.

Merda.

14h19.

— Gente, a comida chegou! — Karine avisou, saindo da cozinha. — Vamos comer aqui fora?

— Pode ser. — Concordamos todas, e os garotos também.

Cada uma pegou um hambúrguer, enquanto os meninos pegaram dois. Peguei meu suco de goiaba, meu favorito. O resto do pessoal ficou no refrigerante. Eu detesto refrigerante.

Depois de comermos, ficamos por ali, escutando música, meio sonolentos por conta da comida.

— Karine, libera o sofá pra gente! — Tom pediu, todo preguiçoso.

— Aí eu apoio! — Estella concordou, rindo.

— Vocês estão molhados! Minha mãe vai me matar se vocês subirem assim. Troquem de roupa! — Karine alertou, bem séria.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora