22:15

A pracinha estava quase deserta, só com algumas luzes amareladas iluminando o caminho. Paramos em um banco de madeira, meio escondido pelas árvores, e sentamos lado a lado, aproveitando o silêncio.

— Eu sei que a gente não tem passado tanto tempo junto, mas... — Tom entrelaçou os dedos nos meus, com um olhar intenso. — Prometo que vou compensar cada minuto longe de você.

Sorri, apertando sua mão. — Olha, Tom, você já tá compensando só de estar aqui agora. Além do mais, o jeito que você tá tão envolvido com a banda… é inspirador. Mesmo que às vezes eu me sinta um pouco… sei lá, tipo uma fã do Tom Kaulitz, aquele cara misterioso que é guitarrista de uma banda secreta. — Dei uma risadinha, tentando descontrair.

Ele riu também, balançando a cabeça. — Pois saiba que você é a única fã que importa pra mim. Mas agora é sério: um dia, quero te mostrar tudo. Ver você na plateia, ouvindo as músicas e sabendo que você sempre foi a primeira a acreditar em mim.

A intensidade do olhar dele era de deixar qualquer um sem fôlego. Eu o puxei para perto, e ele passou os braços ao meu redor, como se quisesse me proteger de tudo. Ali, no silêncio da noite, nossos sorrisos e olhares falavam mais do que qualquer promessa poderia expressar.

22:30

Ainda sentados, o celular dele tocou, quebrando o encanto do momento. Era Bill, provavelmente querendo saber se ele estava bem ou onde estava. Tom fez uma careta antes de atender, mas manteve um sorriso no rosto.

— Fala, Bill… Sim, estou com ela… O quê? Agora? — Ele franziu o cenho, olhando para mim com curiosidade. — Ok, vou perguntar pra Mia e já te ligo de volta.

Ele desligou, ainda com a expressão intrigada.

— O que foi? — perguntei, rindo da cara dele.

— Bill quer que a gente vá pra um “lugar especial” agora. Ele e o Gustav já estão lá, só falta a gente. Ele disse que é surpresa, mas acho que tem a ver com a banda.

Não consegui esconder a animação. — Vamos, claro! Quero ver o que vocês estão aprontando dessa vez.

23:00

Pegamos um táxi até o endereço que Bill mandou, e quando chegamos, parecia um galpão meio improvisado, com luzes coloridas piscando de forma meio desajeitada. Lá dentro, encontramos Bill, Georg e Gustav nos aguardando, com um sorrisão.

— Surpresa! — Bill exclamou, abrindo os braços.

O galpão estava transformado numa espécie de mini estúdio. Tinha um palco pequeno, com equipamentos de som, instrumentos e até um microfone no centro.

— Quando éramos pequenos, criamos algumas músicas aqui — Bill explicou, com um brilho nos olhos. — A gente ficou tanto tempo sonhando com isso, mas agora… finalmente estamos colocando em prática de verdade.

— E vocês guardaram esse segredo tão bem! — exclamei, impressionada. Eu já tinha escutado o Tom praticando com a guitarra, mas vê-lo com os outros, na atmosfera de uma banda de verdade, era algo totalmente novo.

Tom me olhou e sorriu. — Então, o que acha de ver o show mais privado de todos? E você e Cloe são as primeiras convidadas.

Eu nem precisei responder. Meu olhar e o sorriso já disseram tudo.

23:10

Tom foi para o palco e pegou sua guitarra, trocando olhares cúmplices com os outros. Bill ajeitou o microfone, enquanto Gustav e Georg se preparavam. A energia era palpável, quase como se eles estivessem prestes a fazer uma apresentação para milhares de pessoas — e não só para mim e Cloe.

Bill olhou para a gente, cheio de carisma. — Isso aqui é só o começo, ok? Então, perdoem qualquer coisa… e aproveitem o show!

Os primeiros acordes de guitarra ecoaram pelo galpão, e eu senti meu coração acelerar. Tom tocava com uma paixão que eu nunca tinha visto antes, suas mãos correndo pelas cordas, completamente envolvido no som que ele e os meninos estavam criando juntos. Cloe e eu trocamos olhares de surpresa e admiração; nenhum de nós esperava algo tão... poderoso.

23:30

Quando a primeira música terminou, Cloe e eu aplaudimos como duas fãs entusiasmadas, e os meninos riram, mas era óbvio que estavam adorando. Aquela energia só fazia a banda se empenhar ainda mais.

Depois de algumas músicas, Tom finalmente desceu do palco e veio até mim, respirando fundo e com um brilho nos olhos. — E então? — Ele perguntou, meio ofegante, com um sorriso tímido.

— Eu tô... sem palavras! — respondi, genuinamente impressionada. — Eu sabia que você tocava bem, mas nunca tinha visto você assim, totalmente entregue.

Ele sorriu, meio sem graça. — É o que acontece quando você realmente ama o que faz, né?

Cloe se aproximou, ainda surpresa. — Sério, vocês têm que fazer um show de verdade! Isso tá em outro nível.

Bill ouviu e entrou na conversa. — Esse é o plano, mas ainda estamos organizando tudo. Queremos que nosso primeiro show seja épico, sabe?

00:00

Depois do mini-show, ficamos sentados em um canto do galpão, todos esparramados e rindo, enquanto os meninos contavam histórias de quando começaram a tocar. Bill e Tom relembraram de como aprenderam os primeiros acordes, enquanto Gustav e Georg brincavam sobre os erros de principiante que quase arruinaram algumas músicas no começo.

Eu olhei para Tom, sentindo uma mistura de admiração e amor que me deixava meio boba. Era incrível ver o quanto ele era dedicado ao que amava e como ele se transformava quando estava no palco, mesmo que só para um público de duas pessoas.

00:30

Finalmente, decidimos que era hora de voltar para casa, e cada um foi para o seu lado. No caminho de volta, Tom me abraçou e sussurrou: — Obrigado por estar comigo hoje. Isso significa muito mais do que você imagina.

Sorri, encostando minha cabeça no ombro dele. — Eu sempre vou estar aqui, Tom. Esse é só o começo, e eu não vejo a hora de ver até onde você pode chegar.

Ele apertou minha mão, como se aquilo fosse um pacto silencioso. E, naquele momento, eu sabia que estávamos começando uma nova fase, tanto para ele quanto para nós dois juntos.

E eu estava pronta para viver cada momento.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora