𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻

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Ok, tudo isso é loucura!

Os últimos meses foram uma verdadeira loucura! Os meninos estouraram, fizeram shows por várias cidades e estão ganhando uma boa grana. Agora, com seguranças, van própria, motorista e até professor particular, eles praticamente não vão mais à escola. Pra gente, é meio triste, porque não os vemos tanto, mas entendemos. A fama é nova e eles estão se adaptando. Sempre aparecem na TV, têm fãs fazendo homenagens malucas, e as redes sociais estão fora de controle.

Eles ainda não "divulgaram" a gente publicamente, mas deixaram claro que estão namorando, porque as fãs estavam começando a perder a cabeça. Quando saiu na revista que todos estavam comprometidos – exceto o Georg, que ainda tá enrolado – a internet foi à loucura. Comentários como:

"Meu namorado namora!"

"Eu não sou ciumenta, mas…"

"O Bill é só meu, vou caçar essa menina!"

"O Tom? Namorando? Ele é lindo demais pra alguém ter ele!"

E, claro, algumas eram ainda piores. Estamos nos acostumando, mas sabemos que só vai piorar daqui pra frente.

Na escola, muitas meninas me perguntam o número dos meninos, algumas oferecendo dinheiro. Dá até pra rir, mas a coisa tá séria.

Agora eles vão dar uma entrevista para um canal alemão. Vai ser demais! Vão responder perguntas das fãs e tudo mais. E estão começando a aprender inglês, porque as turnês internacionais já estão no horizonte.

Era uma quarta-feira à tarde. Depois da escola, eu e as meninas fomos direto para o meu trabalho. Elas ficaram lá de companhia pra mim e pra Camilly.

— Gente, o que vocês acham da gente fazer uma noite de cinema com os meninos? — Karine perguntou, se apoiando no balcão do caixa.

— Acho ótimo! Pode ser na minha casa — sugeriu Estella enquanto colocava um cartaz de promoção na porta da loja.

— Por mim, tudo bem. Só temos que ver quando eles podem — disse, enquanto olhava a bagunça que Estella fazia. — Estella, você não trabalha aqui, esse é o meu serviço. Relaxa.

— Que nada, não me importo em ajudar — ela respondeu despreocupada.

Nesse momento, Camilly, que estava verificando as redes sociais, entrou na conversa:

— O Georg avisou que eles já estão voltando de Hamburgo. Fizeram um show lá ontem e parece que foi incrível!

Hamburgo não é tão longe, então a ideia surgiu de repente.

— Podemos pedir pra sair mais cedo hoje, Milly? — perguntei, piscando pra ela com um sorriso travesso.

E, surpreendentemente, deu certo. Saímos mais cedo e avisamos os meninos pra irem direto pra casa da Estella. Eles concordaram, mas disseram que iam passar em casa pra tomar um banho e deixar as malas. Durante esse tempo, arrumamos a sala e preparamos as comidas. Como sempre, a mãe da Estella não estava em casa, o que nos deu liberdade total. Era como nos velhos tempos.

Enquanto ajeitávamos tudo, eu perguntei, meio desanimada:

— Gente, vocês acham que me afastei de vocês nesses últimos tempos?

Karine tirou os cookies do forno e me olhou com sinceridade.

— Olha, a gente não vai negar. Comentamos sobre isso antes de nos reaproximarmos.

Estella, que estava preparando os copos, completou:

— Achamos que sim, não só da gente, mas dos meninos também. Mesmo passando muito tempo com o Tom, não era como antes.