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08:19

Acordamos todos animados e tomamos café juntos. Enquanto nos arrumávamos, aguardávamos a chegada do restante da turma. Não havia pressa, o dia prometia ser incrível.

Assim que Matteo e Natália chegaram, embarcamos na van. Tom não desgrudou de mim e meu irmão também não dele. Nós três sentamos na última fileira: Peter na janela, Tom no meio e eu na ponta. O restante se espalhou pelos bancos da frente, com Georg de copiloto ao lado do meu pai.

— Tô doido pra ir na montanha-russa, amigão! — Tom disse, bagunçando o cabelo de Peter.

— E eu quero experimentar todos os doces! — respondeu Peter, segurando uma sacola de pipocas.

A música animada tocava no rádio, e a cada curva a excitação aumentava. Bill, sempre animado, ligou sua caixa de som Bluetooth e colocou músicas que todo mundo adorava. Cantamos, rimos, e o clima era de pura expectativa.

11:21

Quando chegamos ao parque, todos estavam elétricos. Descemos da van e nos reunimos na entrada.

— Olha, a roda-gigante está brilhando! — disse Peter, apontando para a enorme estrutura. As cabines se elevavam lentamente, oferecendo uma visão panorâmica da cidade.

— Ouvi falar que há uma nova montanha-russa. Vamos lá primeiro? — sugeriu Tom, os olhos brilhando de empolgação.

Seguimos para a nova atração, e mesmo com a fila longa, ninguém se importou. O clima era de animação e ansiedade.

— Pelo menos a espera vai valer a pena, né? — comentei, tentando manter o ânimo enquanto observava a montanha-russa.

— Com certeza! E quem sabe a gente não consegue furar fila? — Karine brincou, ajustando a mochila. Rimos todos.

Depois de quase uma hora de espera, chegou nossa vez. Sentei ao lado de Matteo no carrinho, e o frio na barriga era inevitável. A contagem regressiva começou, e quando o carrinho disparou, os gritos de alegria e adrenalina foram imediatos. O vento no rosto e a velocidade nas curvas faziam o coração disparar.

Eu só conseguia ouvir os gritos de Peter e Estella, que pareciam estar se divertindo e se apavorando ao mesmo tempo. Quando o carrinho parou, estávamos todos radiantes.

— Isso foi incrível! — disse Peter, ofegante. — Mal posso esperar para a próxima atração.

17:54

O dia passou num piscar de olhos. Fomos em vários brinquedos, nos perdemos em um labirinto de espelhos, jogamos em fliperamas e até ganhamos alguns brinquedos de pelúcia.

Tom me deu um panda que ganhou em uma pescaria.

— Que fofo, Tom! Vou deixar ele e o Pitico na minha cama. — Eu ri, abraçando o bichinho.

— Eu sei que sou fofo. Você vai ter uma coleção, porque vou te dar vários. — Tom disse, me dando um selinho rápido. Por sorte, ninguém viu. Não sei se ele ainda queria manter segredo.

Quando o sol começou a se pôr, tingindo o céu de laranja e rosa, estávamos exaustos, mas felizes. Fomos para a praça de alimentação e sentamos em uma mesa grande o suficiente para todo mundo.

— Hoje foi sensacional. Adorei cada minuto. Obrigada por estarem comigo nesse dia especial. — Agradeci, e todos bateram palmas, sorrindo e dizendo que também tinham amado o dia.

Cantaram "Parabéns" para mim, e na brincadeira do "com quem será" escolheram o Georg. Fiquei sem graça, enquanto Tom e Matteo trocavam olhares de ciúmes.

— Devíamos fazer isso de novo antes do fim do ano. — disse Karine, virando-se para o meu pai. — Você poderia trazer a gente, né, tio?

— Com certeza! Vamos planejar outra aventura dessas. — respondeu meu pai, sorrindo.

O parque estava se preparando para a melhor parte da noite: o desfile de luzes. As ruas se iluminavam com milhares de lanternas, e as atrações brilhavam com luzes cintilantes. Nos juntamos à multidão para assistir ao espetáculo, maravilhados com a beleza e criatividade das decorações.

— Vou fazer um show de luzes desse no nosso casamento, o que acha? — Tom sussurrou em meu ouvido, me abraçando por trás.

— Nem me assumiu, imagina casar! — Ri, me virando para ele.

— Quer que eu te assuma agora? — Tom falou, segurando minha cintura e me puxando mais para perto.

— E o Georg? Não vai se sentir mal?

— Mal por você estar vivendo sua vida? Fica tranquila, vou falar com ele sobre a gente. Depois, eu te peço em casamento. — Tom riu, e eu ri junto.

Alguns perceberam nosso jeito carinhoso, até meu pai me olhou estranho, enquanto Matteo me observava com ciúmes e Bill e Karine faziam caras de “namorem logo, por favor!”.

Continuamos explorando o parque, brincando e rindo até que a noite chegasse ao fim.

20:38

Enquanto o parque começava a fechar e as luzes se apagavam, nós saímos conversando e rindo, já planejando as próximas aventuras. Aquele dia tinha se tornado mais do que um momento de diversão; era agora um repositório de memórias que guardaríamos para sempre.

Entramos na van e nos sentamos nos mesmos lugares de antes. Não deu tempo nem de sair do estacionamento e já estávamos quase todos dormindo. Peter capotou no ombro de Tom, que por sua vez apoiou a cabeça no meu ombro, fazendo carinho na minha coxa.

— Posso dormir com você? — Tom perguntou com a voz baixa e manhosa.

— Pode, gatinho. As meninas vão dormir lá de novo também. — Eu disse, mexendo no panda de pelúcia.

— Acho que seu irmão não vai desgrudar mais de mim. — Ele riu, e eu ri junto.

Logo, Tom também apagou, e eu fui logo depois. Nem vi o caminho até em casa. Eu estava exausta, mas com o coração cheio de felicidade.

Aquele dia no parque tinha sido mais do que perfeito. Era um capítulo inesquecível na nossa história, cheio de risos, emoções e momentos que ficarão para sempre em nossas memórias.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora