O sol brilhava alto no céu, e o som das ondas batendo na areia criava um ritmo suave e tranquilo. A brisa salgada do mar acariciava meu rosto enquanto eu estava sentada debaixo do guarda-sol, observando a paisagem e o mar azul se estendendo até onde meus olhos podiam ver. Era um daqueles dias perfeitos de verão, e tudo parecia estar no lugar.

Eu olhava para o horizonte quando ouvi a voz do meu pai, distante mas inconfundível.

— Chegamos! — ele gritou, enquanto ele e o Tom se aproximavam carregando sacolas cheias de coisas do mercado. — Acho que não esqueci de nada desta vez!

Ri comigo mesma. Meu pai sempre dizia isso, mas invariavelmente esquecia algo. Levantei-me e caminhei até eles, curiosa sobre o que haviam trazido. Tom vinha logo atrás, com aquele jeito descontraído de sempre, carregando mais sacolas do que eu imaginava ser possível.

— Demoraram, hein? — provoquei, enquanto pegava uma das sacolas das mãos do meu pai.

— Culpa desse aqui — disse meu pai, apontando para o Tom. — Ele ficou indeciso sobre qual sorvete comprar, como se a vida dele dependesse disso.

— Ei, isso é importante! — Tom retrucou, fazendo uma careta para mim. — Não dá pra escolher qualquer coisa, tem que ser o melhor!

Revirei os olhos, mas acabei rindo. Tom tinha essa habilidade de transformar qualquer situação em algo mais leve e divertido.

— E então, o que trouxeram? — perguntei, olhando as sacolas cheias.

— De tudo um pouco — disse meu pai, começando a enumerar. — Sanduíches, refrigerantes, frutas, salgadinhos… e claro, o bendito sorvete.

Olhei para o Tom, que abriu um sorriso satisfeito, como se tivesse acabado de conquistar algo importante.

— Fiz a escolha certa, pode confiar — ele disse, me entregando uma das sacolas.

Voltamos para o nosso lugar na areia, onde minha mãe e meu irmão já estavam montando as cadeiras de praia e organizando as toalhas. O clima era relaxado, e tudo indicava que seria um dia perfeito.

— Eu ajudo com as coisas aqui — Tom disse, se agachando para abrir uma das sacolas. — Onde tá o abridor de garrafas?

— Acho que tá na bolsa ali — apontei para a mochila que tínhamos levado.

Enquanto ele procurava, observei como ele se entrosava bem com minha família. A verdade é que ele sempre conseguia deixar tudo mais divertido, até os momentos mais simples, como um dia de praia com a família.

— Achou? — perguntei, tentando não rir ao vê-lo revirando as coisas.

— Achei! — ele disse, triunfante, levantando o abridor no ar como se fosse um troféu. — Vamos começar essa festa!

— Festa? — Peter apareceu do nada, sempre animado quando o assunto era comida. — Tem salgadinhos? Sorvete?

— Tudo isso e mais! — respondeu Tom, bagunçando o cabelo de Peter, que riu e correu para pegar um lugar perto da mesa improvisada que tínhamos montado.

Com tudo organizado, sentamos todos juntos para aproveitar o almoço improvisado ali na areia. A conversa fluía leve, entre risadas e histórias antigas que meu pai adorava contar. Era um daqueles momentos raros e preciosos, onde tudo parecia fácil e perfeito.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora