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No final da tarde de domingo, Tom e eu estávamos relaxando no sofá, quando o celular dele começou a vibrar. Ele atendeu e, pelo tom animado, logo percebi que era Bill do outro lado da linha.

— Fala, mano! Qual é a novidade? — Tom disse, com um sorriso curioso no rosto.

Ele escutou atentamente enquanto Bill falava, mas percebi que ele tentava conter o entusiasmo. Depois de alguns segundos, ele olhou para mim e Cloe, que estava jogada no outro sofá, e disse:

— Fechou, cara! Vou levar a Mia e a Cloe comigo.

Quando desligou, ele se virou para nós com um sorriso misterioso.

— Então, Bill quer que a gente vá até um lugar surpresa. Ele não disse exatamente onde, só que seria divertido.

Cloe arqueou uma sobrancelha, curiosa. — Hmmm, tá bom. Quem mais vai?

— Pelo que ele disse, o Gustav, a Karine, o Georg e a Estella vão estar lá também. Só não deu detalhes do que é — Tom respondeu, claramente intrigado com o plano do irmão.

Depois de nos arrumarmos, seguimos com Tom até o local indicado por Bill. Ele nos guiou até uma pequena casa de shows abandonada, com um palco e luzes que pareciam meio desgastadas, mas ainda davam um charme especial ao ambiente. Ao entrarmos, demos de cara com o pessoal todo, rindo e colocando instrumentos no palco improvisado.

Quando chegamos à pequena casa de shows improvisada, percebi que havia algo de diferente no ar. Todos estavam reunidos, mas o clima era de expectativa. O local tinha uma vibe meio underground, com pôsteres antigos nas paredes e algumas luzes piscando em tom fraco, iluminando os instrumentos já montados no palco.

Gustav, Georg e Bill estavam lá na frente, com um brilho de nervosismo e animação. As meninas, inclusive eu e Cloe, trocamos olhares confusos. Karine, olhando para Gustav, perguntou curiosa:

— Tá... o que vocês estão aprontando?

Bill, com seu sorriso misterioso, tomou a frente e falou, segurando o microfone. — Meninas, acho que está na hora de vocês conhecerem um lado nosso que mantivemos escondido.

— Ah, não, será que eles têm uma boyband secreta? — Estella cochichou no meu ouvido, e nós duas começamos a rir.

— Bem, não é exatamente uma boyband, mas... — Tom olhou para mim com um sorriso orgulhoso e misterioso. — Quando éramos mais novos, criamos uma banda. E nunca mostramos pra ninguém. Era nosso segredo.

O choque foi geral. Cloe quase deixou o celular cair de tanto rir. — Vocês estão falando sério? Tipo… uma banda de verdade?

Georg, rindo da nossa reação, respondeu, já ajeitando as baquetas na mão: — Sim, e estamos prestes a mostrar o que preparamos todos esses anos!

Gustav assumiu sua posição na bateria, Georg pegou o baixo, Tom deu uma última olhada na guitarra e Bill ajeitou o microfone. Em segundos, o som começou a rolar, e foi como se um portal tivesse se aberto para uma parte deles que a gente nunca conheceu. Eles eram bons, realmente bons, e a música tinha um som poderoso e meio nostálgico, mas ainda assim atual.

Eu e as meninas ficamos de queixo caído. A voz de Bill era surpreendentemente forte e cheia de atitude, enquanto Tom fazia solos na guitarra que me deixaram boquiaberta. Georg mantinha o ritmo firme no baixo, e Gustav na bateria parecia completamente imerso, comandando cada batida com precisão e energia.

A música era intensa, e cada letra parecia contar uma história da vida deles, algo que eles haviam guardado. Depois da primeira música, Karine, ainda em choque, comentou, meio brincando, meio admirada:

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora