desculpem qualquer erro ortográfico, se puderem comentar e curtir me motiva para fazer mais capítulos, obrigado
Fui até o meu armário, guardei minhas coisas e vi que Tom também estava no dele, logo atrás do meu. Aproveitei para ir ao banheiro. Diante do espelho, ajeitei meu cabelo e logo ouvi duas garotas conversando baixinho.— Já deve ser mais uma da lista dele.
— Verdade, ele não perde uma.
— Eu adoraria ser uma delas. Ele é um gato!
O sinal tocou e, sem querer depender de Tom, perguntei a um inspetor onde ficava a minha sala. Estava indo em direção a ela quando, ao passar pela escada, vi Tom beijando uma garota. Ele me notou e fez uma cara de assustado, mas continuei andando.
De repente, senti uma mão segurar meu pulso.
— E aí, moreninha. Já sabe onde é a sala? — Tom perguntou
— Sei — respondi curta e grossa.
— Tá bravinha porque me viu com outra, né? — ele disse, com um sorriso convencido.
— Tom, te conheci ontem. Tanto faz se você estava beijando outra — respondi, entrando na sala e me sentando perto da janela. Tom veio logo atrás e sentou-se na carteira de trás.
— Nossa, não sabia que você era tão brava — ele riu.
Dois garotos se aproximaram e se sentaram perto.
— E aí, suave? — disseram, um na minha frente e outro ao lado.
— E aí — Tom respondeu por mim.
— Prazer, sou Gustav — disse o garoto à
minha frente.
— Prazer, sou Georg — completou o garoto ao lado.— Mia — respondi, brevemente. — Vocês são amigos do Tom? — Eles confirmaram com um aceno.
Logo a professora entrou, pedindo atenção.
— Bom dia, turma. Hoje temos uma aluna nova. Mia, por favor, apresente-se.
Levantei-me e olhei para a sala.
— Meu nome é Mia Schmitz. Me mudei ontem para cá. Eu morava na Itália.
— Gatinha, fiu fiu — um garoto comentou, mas ignorei. Tom cochichou algo com Georg, e a professora prosseguiu.
— Bem-vinda, Mia. Hoje faremos um trabalho em grupo, e eu vou escolher as duplas. Mia, Karine, Tom, Georg — vocês são um grupo. Quero o trabalho pronto até o final da aula.
— Droga, fiquei em outro grupo — Gustav reclamou.
Karine se juntou a nós, e logo começamos o trabalho... ou melhor, eu e Karine começamos, porque Tom e Georg só fofocaram. No final, acabei gostando de Karine. Ela era uma garota muito simpática e divertida. Conversamos sobre várias coisas e descobri que ela tinha uma quedinha por Gustav. Eles formariam um casal muito fofo.
Quando o sinal do intervalo tocou, fomos todos para a cantina. Peguei um lanche e sentei-me à mesa com Bill, que acenava para mim. Na mesa estavam também Estella, Karine, Gustav, Georg e Bill. Eles começaram a fazer perguntas sobre mim, curiosos sobre minha vida na Itália.
— Como se fala “vai tomar no cu” em italiano? — Gustav perguntou rindo.
— "Lo prenderò nel culo" — respondi, segurando o riso.— Aí, Bill, “to prendendo nem culo” — Gustav repetiu errado, fazendo Bill cair na gargalhada.
— Tá tudo errado, idiota! — Bill riu.
Gostei deles. Pareciam bons amigos, especialmente Bill, que era supertranquilo. No entanto, percebi que Georg não tirava os olhos de mim.
[...]
Quando bateu o sinal da saída, Tom me chamou.
— Vamos, moreninha. O Bill sempre me espera na porta da escola com a namoradinha dele.
Fui atrás dele. No caminho, uma garota apareceu e beijou Tom.
— Oi, Tommy! — ela disse, com uma voz estridente, que me fez querer sair correndo.
Afastei-me e fui até Bill.
— Nossa, parece que ele não liga pra todas, hein? — comentei ironicamente.
— Ele gosta dessas... projetos de Barbie — Bill disse, e todos rimos juntos.[...]
Cheguei em casa cansada, após passar o caminho todo de vela. Fui direto tomar banho para aliviar o calor e o suor. Meu irmão ainda não tinha chegado, então aproveitei para relaxar.
Às 18h28, ouvi meu pai gritar da sala.
— Filha, atende a porta! Devem ser os garotos.
Fui até a porta e, como esperado, lá estavam Tom, Bill e Georg.
— Cadê o Peter? — Tom perguntou ao entrar. — E aí, moreninha?
— O controle já está ligado — Peter apareceu, cumprimentando todos.
Bill veio em minha direção e parecia nervoso.
— Precisamos conversar, Bill — disse, séria.
— O que foi? Você tá brava? — ele perguntou, preocupado.
— Você tá namorando? — perguntei de repente.
— Ai, que susto! Achei que fosse outra coisa. Não, não oficialmente... — ele disse, aliviado.
— Por que você não pede logo?
— Não sei... tenho medo dela não querer nada sério.
— Você já viu como ela te olha? Ela deve estar louca por você!
Conversamos por mais um tempo enquanto Tom e Peter jogavam videogame. Meu pai já tinha saído, e me perguntei como ele podia me deixar sozinha com um grupo de garotos da minha idade.
— Minha vez! — disse, tomando o controle.
— Você vai perder a aposta! — Tom brincou, rindo.
[...]
— Vou buscar água, alguém quer? — perguntei após ganhar 12 vezes de Tom, rindo da sua cara.
— Aceito — Tom disse, debochado.
— E a aposta? O que eu ganho? Dinheiro? — perguntei, entregando o copo d'água.
— Que tal um beijinho? — ele disse, piscando para mim.
— Sai fora! Sua namoradinha vai me deixar careca.
— Ela não é minha namorada.
— E a da escada?
— Também não. — Ele riu, e Bill também.
[...]
Mais tarde, nos preparamos para assistir a um filme. Todos pegaram suas cobertas e se aconchegaram no sofá. Eu fiquei na ponta, com Tom do meu lado. Tudo parecia normal, até que senti a mão dele embaixo da coberta, sobre minha perna. Tentei disfarçar e tirei sua mão, sem chamar atenção.
— Qual é a implicância, hein, moreninha? — ele sussurrou no meu ouvido.
— Você é um mulherengo. E nós somos só amigos — respondi baixinho.
— Amigos coloridos? — ele insistiu.
— Nem coloridos.— Vamos ver quanto tempo você resiste ao meu charme. — Ele riu, convencido.
— Ai, que nojo. Me deu até dor física. Convencido demais, você! — dei risada.
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𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻
FanfictionMia Schmitz, uma jovem de 15 anos, vê sua vida mudar radicalmente, após a morte de sua mãe, quando se muda da Itália para a Alemanha com seu pai e seu irmão mais novo. Perdida em um país onde não conhece ninguém além da distante família paterna, Mia...