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Achei engraçado ele tentando disfarçar que estava me espionando. Ele realmente é muito bonito.


— Então, vim fazer um convite. Querem ir almoçar lá em casa hoje, como forma de agradecimento pelos cookies que a mãe de vocês trouxe? — perguntei aos irmãos.

— Claro! Nós adoraríamos — disse Bill. — Não é, Tom? — Ele deu uma cotovelada no garoto, que estava paralisado, olhando para mim.

— O quê? Ah, sim, com certeza — Tom respondeu, ainda olhando para mim.

— Que ótimo! Já querem ir agora? — perguntei.

— Pode ser. Só vou avisar minha mãe para ela ir depois que sair do banho. Já volto — Bill disse, subindo as escadas.

— Então, moreninha, você namora? — Tom perguntou, sentando ao meu lado.

— Não, eu não namoro — respondi, rindo.

— Que bom... Quer dizer, não que seja bom você não namorar, mas é que... — ele tentou explicar.

— Eu entendi o que você quis dizer — dei risada. — Então, onde você estuda?

— Estudo no colégio aqui perto, sabe qual é? — Tom perguntou.

— Sei sim. Meu pai me matriculou lá — falei, aliviada por não ter que enfrentar o primeiro dia sozinha.

— Que bom! Imagino que você seja do 1º ano do ensino médio. Se for, você vai estar na minha sala ou na do Bill — disse Tom.

— Que bom, não vou ficar sozinha no primeiro dia — falei, e nós rimos juntos.

— Vamos, gente, já avisei — Bill disse, voltando.

— Vamos — concordei.

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— Pai, cheguei. Os garotos vieram comigo — falei ao entrar em casa.

— Licença — disseram os garotos.

— Olá, que bom que vieram. Fiquem à vontade — disse meu pai.

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Algum tempo depois, a mãe dos garotos chegou. Almoçamos, conversamos e, depois, Tom foi jogar videogame com Peter, meu pai conversou sobre trabalho com a mãe dos garotos, e eu e Bill conversamos na varanda.

— Sinto muito pela sua mãe, Mia — disse Bill.

— Obrigada. É difícil, sabe? — falei, chateada.

— Imagino, mas logo tudo melhora — Bill tentou consolar.

— Eu espero. Estou super nervosa para amanhã — falei, me referindo à escola.

— Não precisa ficar nervosa. Espero que você caia na minha sala. Nesse pouco tempo falando com você, percebi que você é muito gente boa — Bill disse.

— Você também é muito atencioso. Gostei muito de você — respondi.

— Mas e o meu irmão? — Bill perguntou, rindo.

— Ah, ele é um garoto legal — falei.

— Só isso? — Bill arqueou as sobrancelhas.

— Sei sobre o que você está se referindo. Ele tem cara de ser mulherengo demais — comentei.

— Para ser sincero, as meninas dão em cima dele, mas ele nem liga muito. Às vezes, ele mexe com uma garota, como fez com você — Bill explicou.

— Ah, não sei não. Acho que seremos grandes amigos — falei.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora