Depois de um bom tempo aproveitando juntos, eu e Tom decidimos que já era hora de ir embora. Recolhemos nossas coisas, guardamos o que sobrou das comidas, e chamamos um táxi para voltar para casa.

— Eu não vejo a hora de ter meu próprio carro — Tom disse com uma expressão cansada, enquanto se acomodava no banco.

— E por que você não aprende a dirigir antes dos 18? — sugeri, meio que brincando, mas de verdade achando que poderia ser uma boa ideia.

— Uau, Mia contra as regras? — Tom riu, provocando. — Não parece uma má ideia, mas quando a polícia me pegar, eu vou falar que foi culpa sua.

— Muito engraçado, Tom — revirei os olhos, rindo também. — Seria só pra coisas rápidas, tipo ir da sua casa até o mercado. Não uma viagem daqui até a praia, né.

— É, realmente uma ótima ideia, só falta o carro — ele deu uma gargalhada. — Minha mãe nunca deixaria o carro dela nas minhas mãos.

— Que pena — brinquei, fazendo uma careta pra ele.

Não demorou muito para chegarmos em casa. O silêncio confortável do trajeto foi interrompido quando ele fechou a porta do carro e, sem me dar muito tempo pra pensar, perguntou:

— Quer dormir em casa hoje?

— Eu adoraria, mas amanhã eu tenho que trabalhar e a Cloe quer minha ajuda com umas coisas pra Clara — respondi, um pouco frustrada por não poder ficar.

— Sem problemas, meu amor. Vai no ensaio amanhã? Fizemos uma música nova, as meninas vão estar lá também — ele sorriu, falando de Karine e Estella.

— Claro, eu vou! Até amanhã, bê — disse, dando um selinho nele.

— Minha fã número 1, sempre — Tom me puxou para mais alguns beijos, com aquele sorriso que só ele sabe dar. — Eu te amo.

— Eu amo mais — respondi, me despedindo com um último beijo antes de entrar em casa.

Ao entrar, encontrei Cloe e Peter no sofá, assistindo a um filme. Senti um pequeno peso no peito, porque não tenho tido muito tempo pra ficar com eles.

— Oi, meus lindos irmãos! — brinquei, indo na direção deles.

— Lembrou que eu existo, né? — Peter retrucou, com aquele humor de sempre.

— Ah, para com isso! Estou trabalhando demais esses últimos dias — suspirei.

— Tô brincando, eu entendo — Peter sorriu, e percebi que ele realmente estava amadurecendo, a forma como lidava com tudo era diferente agora.

— E aí, como foi? — Cloe perguntou, levantando o olhar do filme.

— Foi incrível! Tom me surpreendeu, mas tenho certeza que a Estella ajudou. — Ri, me sentando ao lado dela. — E você? Como estão as coisas com a Clara?

— Estão bem. A gente já ficou algumas vezes, mas eu gosto dela desde antes, então tô tentando controlar os sentimentos pra não parecer emocionada — Cloe riu, meio sem graça.

Conversamos mais um pouco. Peter acabou dormindo no sofá e Cloe decidiu ficar ali com ele. Fui tomar um banho e me preparar para dormir, afinal, amanhã era dia de trabalho.

Domingo de manhã

Acordei cedo, o que não é surpresa em um domingo, já que ninguém mais em casa faz questão de levantar antes das 10h. Mas, por sorte, hoje eu só trabalho até as 13h.

O sol entrava pela janela e a casa estava silenciosa. Peguei meu uniforme e me preparei rapidamente. No caminho para o trabalho, me peguei pensando no ensaio de mais tarde. A curiosidade de ouvir a nova música do Tom e da banda crescia a cada minuto.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora