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Um mês depois…

As coisas estavam acontecendo rápido para Tom e a banda. A dedicação deles finalmente tinha rendido frutos, e um produtor local se interessou por sua música. Agora, depois de semanas de ensaios e ajustes, eles tinham um contrato para gravar seu primeiro CD em um estúdio profissional. Quando Tom me contou, dava para ver o entusiasmo nos olhos dele, como se estivesse vivendo o sonho que sempre guardou para si.

Enquanto isso, minha rotina estava praticamente monopolizada pelo trabalho no shopping. O turno das 14h às 22h preenchia meus dias, deixando pouco tempo para nós. A gente se via correndo na escola, trocando olhares e mensagens rápidas. Nosso tempo juntos parecia evaporar, e eu não podia deixar de sentir saudade de quando passávamos tardes juntos sem nos preocupar com o relógio.

13:00, sexta-feira

Tom me esperava do lado de fora da escola. Ver ele ali, me esperando, foi uma surpresa bem-vinda.

— E aí, gata? — Ele disse, com um sorriso tímido. — Pensei em te ver antes de eu ir pro estúdio com os caras. Vamos almoçar?

Sorri de volta, sentindo meu coração aquecer. — Eu amei a ideia! Tava sentindo falta disso.

13:30

Fomos a uma lanchonete ali perto e o tempo pareceu parar. Ele me contou sobre as sessões de gravação e o quanto estava animado, mas também um pouco nervoso. A voz dele carregava uma mistura de excitação e ansiedade, o que só mostrava o quanto isso significava para ele.

— É engraçado... eu sempre soube que você amava música, mas você nunca tinha me contado sobre a banda. — Eu disse, olhando-o nos olhos. — Sempre te ouvia com a guitarra, mas nunca te vi tocar assim, de verdade.

Ele deu de ombros, um sorriso brincando em seus lábios. — Era meio secreto, acho que nem sabia que ia dar em alguma coisa. Agora, eu só quero que isso funcione, sabe?

— Vai dar certo, Tom. Eu sei que vai. — Apertei sua mão sobre a mesa. — Só espero que você ainda tenha um tempinho pra mim quando virar uma estrela do rock.

Ele riu e puxou minha mão para beijá-la. — Você é minha prioridade, não importa o que aconteça.

14:00, terça-feira - Estúdio

Cheguei ao estúdio no meu dia de folga para dar uma passada rápida e ver Tom e os meninos. Assim que entrei, o ambiente era pura energia. Equipamentos, cabos, microfones... tudo pronto para uma gravação profissional.

Tom, Gustav, Bill e Georg estavam focados, mas animados. Assim que me viu, Tom sorriu e acenou, vindo até mim.

— Ei, você veio! — Ele disse, me abraçando.

— Claro, não perderia isso por nada! — Respondi, observando o estúdio. — Isso é incrível, Tom. Vocês estão fazendo história aqui.

Eu me sentei para assistir, e logo eles começaram a tocar. Ver Tom se entregar à guitarra com tanto foco e paixão era hipnotizante. Bill cantava, e Gustav e Georg seguravam a base de forma impecável. O som era potente e cheio de identidade, exatamente como eles. Era um privilégio testemunhar aquilo.

22:00

Depois de horas no estúdio, eles encerraram a gravação do primeiro dia. Tom estava exausto, mas o sorriso no rosto dele dizia tudo.

— Como foi? — Perguntei, enquanto ele guardava o equipamento.

— Incrível... cansativo, mas incrível. — Ele respondeu, abraçando-me com força. — Obrigado por estar aqui. Significa muito.

Sorri, sentindo o coração aquecer. — Eu tô tão orgulhosa de você. Isso é só o começo, Tom.

Enquanto caminhávamos juntos, lado a lado, eu sabia que essa era uma nova fase para nós dois. Mesmo com a correria e a rotina diferente, estávamos descobrindo maneiras de apoiar um ao outro, e isso fazia toda a diferença.

Sábado, 20:00 - Restaurante

Uma semana depois, estávamos reunidos em um restaurante aconchegante, a mesa cheia de risadas e animação. Os meninos estavam empolgados, mal podiam esperar para contar a todos sobre a grande novidade. Georg fez um brinde, levantando seu copo e chamando a atenção de todos.

— Pessoal, temos uma notícia incrível! — Ele anunciou, o brilho nos olhos refletindo a excitação no ar. — Em apenas duas semanas, vendemos mais de mil CDs!

A mesa explodiu em aplausos e gritos de felicidade. Eu olhei para Tom, que estava radiante, e meu coração se encheu de orgulho. Ele parecia tão feliz, como se tudo o que ele havia trabalhado finalmente estivesse valendo a pena.

— É surreal! — Bill acrescentou, rindo. — Mal podemos acreditar que tanta gente está ouvindo nossa música.

— Isso é só o começo! — disse Gustav, animado. — Temos que fazer uma festa para comemorar!

— E vocês já têm uma apresentação marcada no bar! — Eu não consegui evitar de gritar, sentindo a adrenalina subir.

20:30

Depois que os meninos compartilharam mais detalhes sobre as próximas apresentações e o que estava por vir, um sentimento de felicidade genuína tomou conta de mim. Ver Tom e seus amigos alcançando suas metas era inspirador, e eu sentia que estávamos todos crescendo juntos. Apesar das dificuldades, o apoio mútuo e as celebrações em torno de suas conquistas tornavam tudo mais leve.

Conforme a noite avançava, as conversas se entrelaçavam, risadas ecoavam e a comida desaparecia rapidamente. Era um momento perfeito, onde todos se sentiam parte de algo especial. A união da banda, dos amigos e o amor que eu sentia por Tom tornavam tudo ainda mais significativo.

— Estou tão orgulhosa de vocês, meninos! — Eu disse, olhando ao redor da mesa. — Isso é incrível, e eu tenho certeza de que vocês ainda vão alcançar muito mais.

Tom se inclinou para me dar um beijo suave na bochecha, e eu soube que, mesmo com o pouco tempo que passávamos juntos, estávamos construindo memórias que iriam durar para sempre. A música estava apenas começando, e eu não podia esperar para ver até onde essa jornada nos levaria.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora