𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻

019

Eu e Tom ficamos ali, jogando e conversando como se o mundo lá fora não existisse. Ele até tirou uma foto nossa, sorrindo de orelha a orelha.

- Ganhei de você, obviamente. - Provoquei, cruzando os braços com um sorriso vitorioso.

- Ah, Mia, vou ter que ir embora. - Ele disse de repente, se levantando do sofá com uma expressão estranha.

- Já? - Perguntei, estranhando o jeito apressado dele.

Tom não respondeu e caminhou até a porta. Assim que a abriu...

- SURPRESA!

Eu dei um pulo, a felicidade me invadindo completamente. Não esperava por isso às 1h da manhã! Meus amigos estavam ali, carregando um bolo e balões coloridos.

- Assopra a vela! - Karine disse, segurando o bolo à minha frente.

Sorri e soprei as velas, fazendo um pedido silencioso.

- Vocês saíram de casa a essa hora? - Perguntei, ainda surpresa.

- Não exatamente. Quando saímos daqui, fomos para a casa dos Kaulitz. Demoramos um pouco porque estávamos fazendo o bolo. - Explicou Estella.

- Caramba, gente, obrigada de coração. Vamos colocar uma música!

Todos entraram, e Karine começou a cortar o bolo. Meu irmão acordou com o barulho e logo se juntou a nós. Peguei o celular e vi uma mensagem nova.

Teteo:
"Parabéns, minha princesa! Muitos anos de vida. Conta comigo pra tudo. Amo você."
00:00

Eu:
"Obrigada, Teo, amo você."
00:04

Teteo:
"Quero te ver pra te dar um abraço. Posso ir na sua casa?"
01:38

Eu:
"Não está tarde pra você vir sozinho? Mas pode vir, estou com meus amigos aqui."
01:39

Teteo:
"Não tem problema. Estou indo então."
01:40

Achei estranho Matteo querer vir até aqui do nada, mas se ele quisesse... Depois de tudo o que aconteceu com Tom, eles pareciam se dar bem agora, o que me deixava mais tranquila.

02:07

Estávamos nos divertindo muito. Fizemos karaokê, dançamos, jogamos. Uma festa completa. Até que a campainha tocou.

- Eu atendo! - Bill disse, indo até a porta.

Era Matteo. Ele entrou sorrindo e cumprimentou todo mundo antes de vir até mim.

- Parabéns, 'mia mor. - Matteo disse, segurando minha cintura. Ele sempre me chamava assim, como se fosse "meu amor".

- Obrigada, Teo. - Coloquei as mãos em seu rosto, carinhosa. Mas deixei claro que não ia rolar nada além disso.

- Já passei muitos aniversários ao seu lado. Espero que isso aconteça até você ficar bem velhinha. - Ele riu, chegando mais perto.

Crescemos juntos, melhores amigos desde sempre. Tivemos nossa fase de amizade colorida, mas não deu certo. Eu me mudei, conheci o Tom... as coisas mudaram. Matteo ainda insistia às vezes, mas eu sabia que não era mais o mesmo para mim.