Mia's Pov
Nunca passou pela minha cabeça que fosse o Tom que me
mandou a cesta. Achei que ele não ligava.
— Foi você? Não esperava — disse, soltando uma risada.— Eu sei que você nem imaginava, mas eu me importo com você, sim, tá? — disse Tom, rindo.
— Quer? — falei, apontando para o chocolate que eu acabei de abrir.
— Não, obrigado — Tom recusou, pegando o ursinho da cesta. — Tá, e o nome que vamos dar pra ele?
— Não sei, temos que dar um nome pra esse também — falei, pegando o panda que estava na minha cama.
— Pode ser Pandinha mesmo, e esse aqui pode ser... — Tom começou a dizer, mas eu o interrompi.
— Tom Tom! — falei, e ele abriu um sorriso.
— Gostei — disse Tom. — E você e o Matteo?
A mudança de assunto foi rápida, mas eu sabia como atingir ele.
— E a loirinha? — retruquei. Tinha visto numa página de fofocas que ele "voltou" com ela.
— O que tem ela? — ele perguntou, fingindo desentendimento.
— Não se faça de sonso — eu disse, rolando os olhos.
— Tá, mas e você e o Matteo? — ele insistiu.
— Você é um saco, né? Somos amigos — eu disse.
— Amigos coloridos, só se for — Tom disse, revirando os olhos.
— Tá com ciúmes? — perguntei, rindo.
— Eu? Nunca! — ele disse com um tom de deboche. — É só que vocês estão mais próximos do que antes. Saíram até para uma boate.
— E daí? Confesso, a gente se beijou sim — falei, enrolando o cabelo. Vi o brilho nos olhos do Tom sumir na hora.
— Ah, imaginei — disse ele, tentando parecer indiferente. — Eu e a loirinha voltamos.
— Eu sei, fiquei sabendo disso aí — disse, sentindo uma pontada no peito.
— Mas eu queria estar realmente com você. Você sabe disso — ele disse, e o idiota conseguiu me arrancar um sorriso.
— Se você fizesse por merecer, né? — eu disse.
— Por você eu faço de tudo. Se você quiser, eu chamo o Georg aqui pra gente conversar — disse Tom, pegando o celular.
— Não precisa, tanto faz agora — eu disse, com uma mistura de sentimentos.
— Tanto faz? — ele perguntou, confuso.
— Para mim, a gente nem tinha que contar pra ele. Só assumir e pronto — eu disse, com firmeza.
— Mas você disse que não queria magoar ele — lembrou Tom.
— Eu sei, mas pensei sobre isso. E não faz sentido. Eu tô vivendo a minha vida — eu disse, e ele concordou.
Ficamos conversando por um bom tempo, tentando entender o que queríamos. No final, decidimos ir com calma.
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𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻
FanfictionMia Schmitz, uma jovem de 15 anos, vê sua vida mudar radicalmente, após a morte de sua mãe, quando se muda da Itália para a Alemanha com seu pai e seu irmão mais novo. Perdida em um país onde não conhece ninguém além da distante família paterna, Mia...