23.07 - Segunda-feira

10:18

Acordei com a claridade da janela na minha cara, e estava furiosa. Não fui para a escola hoje; simplesmente não estava em condições. Passei um tempo deitada na cama, mexendo no celular, e vi mensagens no grupo da turma perguntando por que eu não tinha ido e se estava tudo bem.

Logo, meu pai bateu na porta.

— Oi, pai, bom dia — eu disse.

— Por que não foi para a escola? — ele perguntou.

— Bom dia para você também. Estou cansada — respondi. — E você está estranho. O que está acontecendo?

— Quero conversar com você — meu pai falou, e eu arqueei as sobrancelhas. — Não sei qual será a sua reação, e a do seu irmão também, mas eu estou namorando.

— O quê? — eu fiquei confusa. — Pai, isso é maravilhoso! — Eu estava genuinamente feliz por ele.

— Sério? — ele perguntou, surpreso, e eu o abracei. — O nome dela é Melanie. Vou esperar seu irmão voltar da casa da sua avó; ele não quer voltar — meu pai riu.

Eu e meu pai conversamos sobre minha mãe e a nova namorada dele. Eu me senti realmente sortuda por ter um pai tão compreensivo.

[...]

Depois que meu pai saiu do meu quarto, eu decidi me mexer. Levantei, tomei um banho e me sentei na penteadeira para secar o cabelo.

11:57

— Quer sair para almoçar? — meu pai perguntou, entrando no meu quarto. — Posso chamar a Melanie se você quiser.

— Acho uma ótima ideia! — eu respondi.

— Então se arruma, saímos às 12:30 — ele falou.

— Claro, chefe — brinquei, e meu pai saiu do quarto.

Me arrumei, coloquei um short, uma blusa, meu tênis e fiz uma maquiagem básica. O dia estava lindo.

12:21

Terminei de me arrumar e fiquei na sala esperando meu pai. Coloquei um canal na televisão.

— Vamos, filha? — meu pai pegou as chaves do carro.

— Vamos — eu disse, levantando do sofá e desligando a televisão.

Fomos a um restaurante chique, especializado em comida japonesa, que eu adoro. Sentamos à mesa e conversamos até Melanie chegar. Confesso que estava nervosa; era a primeira vez que veria meu pai com alguém que não fosse minha mãe.

— Ela chegou — meu pai falou. Eu me virei para ver a mulher. — Uau — eu a observei, ela era realmente bonita. Minha mãe era mais, mas Melanie também era linda.

— Oi, amor — Melanie disse, dando um selinho no meu pai. — Oi, Mia, a famosa Mia. Seu pai fala muito de você. — Ela me deu um abraço e uma pequena sacola. — Aqui, isso é para você.

— Oi, prazer — eu falei, recebendo o presente. — Obrigada.

— Espero que goste — Melanie disse, e eu abri o pequeno presente.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora