Depois de um tempo aproveitando o silêncio e a vista, Tom se ajeitou na manta e me puxou para perto, com um sorriso travesso.— Lembra do nosso primeiro mês juntos? — perguntou ele, entre risadas. — A gente nem sabia direito o que fazer pra comemorar.
Eu ri, lembrando da confusão.
— Claro que lembro! Você insistiu em me levar ao restaurante mexicano, mesmo sem saber se eu gostava de comida apimentada. Aí, você quase morreu depois de comer uma pimenta inteira achando que era pimentão.
Ele riu, balançando a cabeça.
— Ei, eu tava tentando impressionar você! Não sabia que era uma pimenta... mas valeu a pena, até com a boca pegando fogo.
— Valeu, mesmo, — admiti, sorrindo ao lembrar da forma desastrada e sincera como ele tentou impressionar. A gente passou metade da noite rindo e dividindo uma sobremesa enorme, só nós dois.
Tom sorriu, os olhos brilhando com as lembranças.
— Agora, o segundo mês foi menos... hum... ardido, digamos assim — ele disse, rindo. — Você que me surpreendeu, me levando naquele festival de música ao ar livre.
— Eu sabia que você ia gostar — respondi, entrelaçando meus dedos nos dele. — Você parecia uma criança lá, animado com cada banda nova que surgia no palco.
Tom sorriu, claramente satisfeito.
— Aquela noite foi incrível. Foi ali que eu percebi que a gente tinha mesmo algo especial, Mia. Não sei, só parecia que... você me conhecia melhor do que eu mesmo.
Ficamos em silêncio, deixando as memórias nos envolverem. Parecia que cada momento, por mais simples que fosse, trazia uma sensação única, como se cada um tivesse um brilho próprio.
— Então… e agora? — perguntei, rindo e apertando a mão dele. — Como você vai superar essa noite daqui a um mês?
Ele sorriu, um brilho travesso nos olhos.
— Quem sabe? Vou ter que pensar em algo que faça você lembrar disso pra sempre.
Eu sorri, sabendo que, com ele, qualquer momento já seria inesquecível.
Tom olhou pra mim com aquele sorriso de canto e os olhos brilhando, como se ele tivesse algo em mente. Puxou-me para mais perto, nossas respirações misturando-se, e eu pude sentir a tensão crescente no ar. A mão dele desceu até minha cintura, firme, mas ao mesmo tempo suave, me puxando para ele de uma forma que parecia impossível resistir.
— Eu nem acredito que faz só três meses, Mia — ele murmurou, os lábios roçando no meu pescoço, me fazendo arrepiar.
Senti um calor tomar conta do meu corpo, e o som da nossa risada suave desapareceu enquanto ele me segurava mais perto. Os dedos dele traçavam meu rosto e deslizavam pelos meus cabelos, enquanto nossos olhares se cruzavam, intensos. Sem hesitar, me inclinei para ele, nossos lábios se encontrando em um beijo lento, que logo se tornou mais profundo.
A mão de Tom deslizou até minha cintura, me puxando ainda mais pra perto, e eu não resisti, levando minhas mãos aos cabelos dele, sentindo cada toque e me perdendo em cada movimento. O mundo ao redor desapareceu — não existia mais o vento, as luzes da cidade, nada. Era só ele, e o jeito como ele fazia meu coração bater mais rápido a cada segundo.
Ele sorriu entre o beijo, como se soubesse o efeito que causava em mim.
— Você não faz ideia de como eu me sinto quando tô com você, Mia.
Respirei fundo, puxando ele mais pra mim, sem querer soltar, enquanto o mundo lá fora simplesmente deixava de existir.
Enquanto os beijos se intensificavam, eu sentia a química entre nós crescendo, como se o ar ao nosso redor estivesse eletricamente carregado. Tom me puxou ainda mais para perto, suas mãos firmes na minha cintura, e o calor de nossos corpos se misturava sob o manto da noite.
— Você é tão incrível, Mia — ele murmurou entre os beijos, sua voz baixa e rouca. — Cada momento com você me faz querer mais.
Aquelas palavras me deixaram tensa, um frio na barriga que só aumentava. A intensidade do olhar dele me fez sentir como se estivéssemos sozinhos em um mundo onde só existíamos nós dois. Eu não podia negar que queria mais, que o desejo estava brotando em mim como uma chama prestes a se incendiar.
— Eu também quero mais, Tom — respondi, a voz mal conseguindo sair, enquanto seus lábios se moviam em direção ao meu pescoço. Seu toque era elétrico, e eu sentia cada beijo como uma onda de calor.
Ele parou por um momento, me olhando nos olhos com um sorriso satisfeito. — Então, por que não fazemos essa noite ainda mais especial?
Eu sabia exatamente o que ele queria dizer, e o desejo acendeu em mim como uma explosão. Olhei para ele, o coração acelerado, o corpo todo pedindo para que não houvesse barreiras entre nós.
Tom se aproximou, a intensidade do olhar dele quase me queimando. Ele me puxou para mais perto, nossos corpos colados, e a sensação de sua pele contra a minha era hipnotizante. Com um movimento suave, ele deslizou as mãos por minha coxa, provocando arrepios enquanto se inclinava para me beijar de novo, dessa vez com um fervor que falava mais do que mil palavras.
Os beijos se tornaram mais profundos, mais urgentemente desejosos. Cada toque parecia despertar uma nova emoção, uma nova paixão que eu não sabia que existia. Nossos corpos se moviam em perfeita harmonia, como se estivéssemos dançando sob as estrelas, imersos em um mundo de apenas nós dois.
A conexão que compartilhávamos transcendia as palavras, e naquele momento, com a cidade brilhando abaixo de nós e as estrelas acima, tudo parecia possível. Eu não queria que a noite acabasse, queria mais do que nunca aproveitar cada segundo ao lado de Tom, onde o desejo e a paixão nos guiavam.
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𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻
FanfictionMia Schmitz, uma jovem de 15 anos, vê sua vida mudar radicalmente, após a morte de sua mãe, quando se muda da Itália para a Alemanha com seu pai e seu irmão mais novo. Perdida em um país onde não conhece ninguém além da distante família paterna, Mia...