Sábado

13:00

Após o piquenique no parque, Cloe e eu resolvemos dar uma volta para conversarmos. Ela andava animada, e eu percebia um brilho nos olhos dela, algo que eu conhecia bem.

— Tá animada pra festa, hein? — perguntei, tentando provocá-la.

Ela riu, meio sem graça. — É, tô… sabe que tem uma garota que vai estar lá e... eu acho que talvez eu tenha uma chance.

— Ah, quem é? Conta! — Insisti, surpresa e curiosa.

Cloe hesitou, mas acabou sorrindo e contou sobre uma garota da escola, Clara, que também estaria na festa e que ela achava super interessante.

— Mas será que ela vai? Ela nem sabe que eu existo direito... — Cloe confessou, suspirando.

— Vai por mim, Cloe, você é um charme! — respondi, a encorajando. — Só precisa ser você mesma.

Ela sorriu, parecendo um pouco mais confiante. E eu me senti grata por poder apoiá-la.

Noite da festa

21:00

Quando chegamos à festa, eu e Tom encontramos Cloe já conversando com Clara, e meu coração se encheu de orgulho. Ela parecia confiante e feliz, e eu sabia que aquela era uma noite importante para ela também.

Enquanto Tom e eu íamos pegar algo para beber, Cloe passou por nós com um sorriso de orelha a orelha.

— Boa sorte, Cloe! — sussurrei, e ela piscou, rindo.

Tom e eu nos olhamos, rindo e aproveitando o fato de estarmos rodeados por amigos e boas energias.

21:45

A festa estava no auge quando Aaron, que insiste em "não aceitar" o meu namoro com Tom, apareceu. Ele estava segurando uma rosa, sim, uma rosa, e me encarava com um sorriso esquisito. Olhei para Tom, que revirou os olhos.

— Mia! Eu trouxe isso pra você! — Aaron disse, estendendo a rosa. — É minha forma de mostrar que eu… EU realmente gosto de você.

Respirei fundo, tentando disfarçar a vontade de rir.

— Aaron, eu... eu tô namorando o Tom, lembra? — disse, apontando para Tom, que apenas ergueu uma sobrancelha, claramente se divertindo com a cena.

— Ah, Mia, mas você merece mais! Eu posso te dar o que ele não pode! — Aaron insistiu, ignorando totalmente a presença de Tom.

Tom deu um passo à frente, tentando conter o riso. — Valeu pela rosa, cara, mas a Mia já tá bem cuidada aqui.

Aaron olhou para Tom, depois para a rosa, e bufou, se afastando. Tom olhou para mim com um sorriso triunfante.

— Esse foi... o melhor presente que ele poderia me dar, sabia? A gente tá precisando de uma decoração nova em casa. — Ele disse, segurando a rosa como se fosse um troféu.

22:30

Enquanto isso, vi de relance Cloe e Clara conversando animadamente. Do nada, Clara puxou Cloe para dançar, e eu vi minha quase irmã quase perder o equilíbrio. Aquele toque casual foi o suficiente para Cloe entrar em pânico e correr até onde eu e Tom estávamos.

— Ela me puxou! — Cloe disse, ofegante. — E agora? O que eu faço?

— Respira, Cloe! — disse, rindo. — Ela só quer dançar, vai lá!

Cloe respirou fundo, voltou para Clara, e em menos de cinco minutos estavam de mãos dadas, conversando como se estivessem em um universo paralelo. Sorri, orgulhosa da Cloe.

23:00

Estávamos aproveitando a pista de dança quando avistei Mariana entrando, vestida para matar. Ela me olhou, olhou para Tom, e então veio direto até nós.

— Nossa, Tom, você ainda tá com ela? — Mariana disse, com um sorriso de lado.

Tom riu, visivelmente irritado, mas preferiu responder com humor. — Ué, o que eu posso fazer? O amor da minha vida, né? — Ele disse, me puxando para perto.

Mariana soltou uma risada forçada. — Bom, aproveitem a festa enquanto podem… — Ela lançou um último olhar de desafio e se afastou, mas não sem antes dar aquela última olhada enigmática.

Ficamos os dois em silêncio, trocando olhares. O que será que ela quis dizer? Ela estava aprontando alguma?

00:00

Quando finalmente conseguimos respirar aliviados da “ameaça Mariana”, encontramos Karine ao lado de Gustav no jardim, rindo de alguma coisa. De repente, ela nos viu e fez sinal para irmos até lá.

— Oi, pessoal! — Cloe disse, meio sem jeito. — Essa é a Clara. Clara, esses são meus amigos, e minha meia irmã.

Clara acenou educadamente, e, no exato momento, alguém apareceu gritando ao fundo: Aaron, que parecia desorientado.

— Mia! Eu preciso de uma chance! — Aaron continuava com o drama.

Antes que eu respondesse, Tom ergueu a rosa e disse: — Aaron, aceita que dói menos, beleza?

Aaron congelou e, para nossa surpresa, Karine soltou uma gargalhada tão alta que até Gustav riu.

00:30

A festa já estava terminando, e todos estavam cansados, mas felizes. Olhei ao redor e vi Cloe e Clara trocando sorrisos, Karine e Gustav conversando, e até Aaron, que, aparentemente, tinha feito amizade com um vaso de plantas e agora estava filosofando com ele.

Tom me puxou para um canto e me deu um beijo. — Que noite, hein?

— Inesquecível, com certeza. — Respondi, sorrindo.

Ainda que alguns momentos fossem meio tensos, senti que aquela noite tinha sido perfeita — com doses extras de confusão e boas risadas. Foi uma festa bem divertida e tranquila, comparada com a última.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora