Depois de um dia cheio de emoção explorando Londres, voltamos ao hotel já tarde da noite. O saguão estava mais tranquilo, e a atmosfera era relaxante. Eu sentia uma mistura de felicidade e cansaço, mas a adrenalina da aventura ainda pulsava em mim.

— Que dia incrível, né? — Tom comentou enquanto entrávamos no elevador.

— Foi demais! Nunca vou esquecer! — respondi, sorrindo.

Quando chegamos ao nosso andar, nos despedimos do resto do grupo e nos dirigimos para o nosso quarto. Tom foi direto para o banheiro, e eu aproveitei para dar uma olhada no meu celular. O dia tinha sido tão agitado que eu nem tinha prestado atenção nas mensagens.

Foi então que vi a mensagem de Aaron. Ele havia me enviado uma foto de um caderno, e quando abri, meu coração disparou. A folha estava cheia de nomes, e na frente dela estava escrito: “Quem tiver mais pontos será considerado o maior pegador”.

Meus olhos se fixaram nos nomes. O de Tom estava lá, junto com os nomes de várias meninas, incluindo o meu. No começo, achei que fosse uma brincadeira de mau gosto. Aaron poderia muito bem ter feito aquilo para tentar sabotar meu relacionamento com Tom. Não queria acreditar que ele estivesse envolvido em algo assim.

No entanto, enquanto eu olhava a imagem, uma sensação estranha começou a se instalar em mim. Justo quando estava começando a pensar em como responder a Aaron, Tom saiu do banheiro, ainda enxugando os cabelos com a toalha.

— O que aconteceu? — ele perguntou, notando que eu parecia meio pra baixo.

Eu hesitei, pensando se deveria contar a ele sobre a mensagem. — Ah, só vi uma mensagem do Aaron — respondi, tentando disfarçar a preocupação na voz.

— O que ele queria? — Tom perguntou, seus olhos se estreitando.

— Uma coisa boba… — eu disse, balançando a cabeça, mas não consegui conter a vontade de mostrar a foto. O coração acelerou quando decidi compartilhar. — Olha isso.

Mostrei a imagem para ele, observando sua expressão mudar. A princípio, ele ficou em silêncio, analisando a folha. Quando a expressão dele se fechou, senti um frio na barriga.

— O que você acha disso? — perguntei, tentando ler suas reações.

— Não sei, Mia… — ele respondeu, desviando o olhar. — Não vou ficar me importando com isso.

A resposta dele me deixou confusa e um pouco chateada. Ele parecia distante, e isso me incomodou. O clima no quarto ficou tenso, e Tom decidiu que era hora de dormir.

— Boa noite — ele disse, se jogando na cama e puxando as cobertas.

— Boa noite... — murmurei, ainda sem entender o que estava acontecendo.

Enquanto a escuridão tomava conta do quarto, comecei a pensar sobre a situação. Por que Tom estava agindo assim? Aquela mensagem tinha mudado alguma coisa entre nós? Eu não consegui dormir bem, com a mente cheia de dúvidas.

No dia seguinte, todos estavam empolgados, pois os meninos tinham um show à noite. Após o café da manhã, o grupo começou a se arrumar e se preparar. Tom estava lá, mas suas respostas eram curtas e frias, e ele parecia mais focado em outras coisas.

— O que você vai vestir para o show? — perguntei, tentando puxar conversa enquanto me arrumava.

— Não sei, qualquer coisa — ele respondeu, sem olhar para mim.

Isso me deixou triste. O dia foi se desenrolando, e conforme a hora do show se aproximava, o clima só piorava. As meninas e eu estávamos nos preparando e conversando, enquanto Tom e os outros meninos pareciam estar em um mundo à parte, ensaiando e fazendo ajustes nos equipamentos.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora