Mia's Pov

Tom e eu descemos para a cozinha depois do banho, onde meu pai, Melanie, Peter e Cloe já estavam tomando café. Peter, como sempre, brincava com seus brinquedos enquanto comia. Ele levantou a cabeça assim que nos viu e sorriu.

— Vocês vão viajar amanhã, né? — perguntou ele, animado, interrompendo sua brincadeira.

Sentei ao lado de Tom, que começou a se servir de café, e sorri para Peter.

— Vamos sim, mas é rapidinho — respondi com um tom suave.

— Vocês vão trazer alguma coisa pra mim? — ele perguntou, balançando os pés ansiosamente embaixo da mesa.

— Se der, trazemos, sim — respondi com um sorriso, olhando para Tom, que assentiu.

Melanie nos observava com um olhar carinhoso. — Já está tudo pronto pra viagem?

— Quase tudo — Tom respondeu, pegando uma torrada. — Só faltam as malas e checar alguns detalhes com a banda.

Eu sabia que ele estava um pouco nervoso, mas tentei tranquilizá-lo, colocando minha mão suavemente no braço dele.

— A gente resolve tudo hoje, não se preocupa. Vai dar tudo certo.

Terminei meu café e comecei a juntar as coisas da mesa, pensando na quantidade de detalhes que ainda tínhamos que resolver antes da viagem. Peter continuava a brincar ao nosso redor, agora falando de como ia sentir falta de nós durante a semana.

— Eu vou cuidar da Cloe pra você — ele disse, sério, como se estivesse assumindo uma grande responsabilidade.

Sorri, abaixando para ficar na altura dele. — Você é o melhor irmão do mundo, sabia?

Ele sorriu orgulhoso e voltou para seus brinquedos. Enquanto isso, Tom se levantou, indo até a pia lavar a xícara.

— Preciso passar em casa mais tarde pra pegar algumas coisas — disse ele, olhando para mim.

— Quer ajuda? — perguntei, me aproximando.

— Talvez... — ele disse, com aquele sorriso que eu conhecia bem. — Só não quero esquecer nada. Você sabe como eu sou com malas.

Melanie se levantou da mesa também e olhou para nós. — Se precisarem de alguma coisa, é só falar, viu?

— Obrigada, Melanie — agradeci com um sorriso.

Enquanto isso, Peter continuava fazendo planos para quando voltássemos, falando sobre todas as brincadeiras que queria nos mostrar.

— Acho que ele está mais animado que a gente com essa viagem — brinquei, olhando para Tom.

— Aposto que sim — ele respondeu, rindo. — Mas acho que vamos sentir falta desse caos por aqui.

Me aproximei dele, deixando um beijo em sua bochecha, e juntos começamos a organizar os últimos detalhes do nosso dia antes de encarar a viagem.

Depois de passarmos um tempo jogando com Peter e Cloe, Tom olhou para mim e se levantou.

— Acho melhor eu ir pra casa agora e arrumar o que falta por lá — disse, se espreguiçando. — Vai que eu esqueci alguma coisa importante.

— Boa ideia — concordei. — Quer ajuda?

Ele sorriu, balançando a cabeça. — Nah, pode ficar aqui. Eu dou conta dessa vez... Acho.

Ele se abaixou para me dar um beijo e fez um carinho rápido no ombro de Peter antes de se despedir. — Vou lá, baixinho. A gente se vê amanhã.

— Traz presente pra mim! — Peter gritou, ainda concentrado no jogo.

Tom riu enquanto pegava a chave no bolso. — Vou pensar no seu caso.

Com isso, ele saiu da casa, e eu fiquei observando pela janela até ele desaparecer pelo portão. Sabia que ele estava ansioso para checar tudo, principalmente os equipamentos da banda, mas sentia que, de alguma forma, ele gostava de manter essas pequenas responsabilidades por conta própria.

Suspirei e voltei para a sala, onde Cloe e Clara continuavam a brincar com Peter, ainda tentando decifrar as regras do jogo. O resto do dia seria tranquilo, e eu já começava a me preparar mentalmente para a viagem de amanhã

À noite, depois de um dia tranquilo, Estella passou na minha casa para irmos juntas até a casa da Karine. Nós três combinamos de passar a noite lá, assim já estaríamos prontas para seguir direto para o aeroporto na manhã seguinte. A animação da viagem começava a aparecer nas conversas, mesmo que estivéssemos um pouco cansadas.

Quando chegamos na casa da Karine, ela já estava nos esperando com tudo pronto. Seu quarto estava arrumado, com colchões no chão e algumas malas abertas, mostrando que ela também estava ajustando os últimos detalhes.

— Finalmente! — Karine disse, sorrindo, enquanto nos abraçava. — Estava achando que vocês não vinham mais.

— Nem parece que é só uma semana de viagem, com tanta mala assim — brinquei, olhando para o que ela tinha separado.

— Vai que a gente precisa de alguma coisa, né? — ela respondeu, piscando, claramente empolgada.

Nos jogamos no colchão, e Estella logo começou a contar sobre como Bill estava animado com os shows e também planejando alguma surpresa para os dias livres. Karine riu, imaginando como Gustav estaria com todos os detalhes técnicos da viagem.

— Eles ficam tão obcecados com a banda que às vezes é engraçado de ver — comentei, rindo junto com as meninas.

— E o Tom, como tá? — perguntou Karine, me olhando com curiosidade.

— Nervoso, mas finge que tá tudo bem — respondi. — Ele foi arrumar o resto das coisas agora à noite. Os meninos devem estar ensaiando a essa hora.

— Esses meninos, sempre na correria — Estella comentou, ajeitando o cabelo.

Ficamos conversando sobre a viagem, imaginando como seriam os shows, os momentos de folga, e até as aventuras que poderiam surgir durante os dias livres. Karine começou a falar sobre os lugares que queria visitar no tempo livre, e logo Estella entrou no assunto, sugerindo cafés e parques que tinha ouvido falar.

— E você, Mia? Tá preparada pra todos os momentos loucos que vêm aí? — perguntou Estella, me cutucando.

— Acho que sim... — respondi, mas minha voz foi interrompida por uma vibração no bolso. Peguei o celular e vi que era uma notificação. Quando o desbloqueei, percebi que tinha recebido uma mensagem, junto com uma foto de Aaron. Só consegui ver um pedaço da foto antes de a tela apagar, mas não identifiquei oque era. A bateria acabou bem naquele momento.

— Sério? Agora? — resmunguei, frustrada, jogando o celular na cama.

— O que foi? — perguntou Karine, curiosa.

— Meu celular morreu, e eu nem consegui ver o que era... — murmurei.

— Relaxa, amanhã você vê. Vai ter tempo de sobra no aeroporto — disse Estella, tentando me acalmar.

Eu suspirei, ainda intrigada com a mensagem, mas resolvi deixar pra lá. A noite estava divertida demais para me preocupar com isso. As meninas começaram a contar histórias e compartilhar suas expectativas para a viagem, o que logo me distraiu e me fez esquecer o celular.

Depois de muitas risadas e planos malucos para os dias que estavam por vir, finalmente nos acomodamos para dormir. A manhã seguinte seria agitada, mas estávamos prontas para qualquer aventura que viesse pela frente.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora