Sábado

21:00

Depois da celebração no restaurante, voltei para casa com um sorriso no rosto. A energia daquela noite ainda pulsava em mim, e eu mal podia esperar para contar a Cloe sobre as novidades. Ao entrar, encontrei a casa silenciosa, exceto pelo som da televisão ligada na sala. Cloe estava esticada no sofá, seus fones de ouvido grandes cobriam as orelhas, e ela assistia a um clipe musical.

— Ei, Cloe! — eu a cumprimentei, tirando os sapatos e me jogando ao seu lado. - Você não vai acreditar no que aconteceu!

Cloe tirou os fones e me olhou, curiosa.

— O que foi?

— Os meninos venderam mais de mil CDs! E eles já têm uma apresentação marcada! — Eu disse, com a empolgação ainda na voz.

Ela sorriu, seus olhos brilhando com a felicidade dos amigos.

— Uau! Isso é incrível! Eles merecem, a música deles é boa!

Enquanto conversávamos sobre a banda e o que poderia vir a seguir, o cheiro de comida começou a invadir a sala. Melanie estava na cozinha, e logo uma nova onda de cheiros deliciosos me fez sentir ainda mais em casa. Levantei para ver o que ela estava preparando.

Sábado

21:30

Melanie estava mexendo em uma panela, e o vapor subia, misturando-se com os aromas de temperos.

— Oi, querida! — ela me cumprimentou com um sorriso. - Como foi a sua noite?

— Foi maravilhosa! Os meninos estão tão felizes com o sucesso deles! — eu respondi, ajudando-a a colocar a mesa.

— Que bom! Estou orgulhosa deles também. E de você, claro! — Ela sempre teve um jeito de me fazer sentir especial.

Enquanto jantávamos, a conversa fluiu naturalmente, com Cloe contando sobre suas últimas aventuras na escola e Melanie perguntando sobre meu trabalho. Era reconfortante estar ali, cercada por pessoas que me apoiavam.

Domingo

No dia seguinte, acordei mais tarde do que o habitual. O sol entrava pela janela, iluminando meu quarto. Cloe já estava acordada e tinha deixado a mesa do café da manhã pronta, com frutas e torradas. Era raro ter um domingo tranquilo, e eu estava decidida a aproveitar cada momento.

Enquanto tomávamos café, decidimos colocar música para tocar. Escolhemos uma das novas músicas da banda e começamos a dançar na cozinha, rindo e tentando não derrubar as coisas. A alegria do momento era contagiante, e eu me senti leve, como se todas as preocupações tivessem desaparecido.

Segunda-Feira

Na segunda-feira, as coisas na escola voltaram ao normal. Entrei no prédio com um nó na barriga, lembrando que Tom e eu estávamos em salas diferentes. Não que isso fosse um grande problema, mas a falta de tempo juntos me deixava um pouco ansiosa. Durante o intervalo, avistei alguns dos amigos de Tom, Georg e Gustav, conversando animadamente sobre a apresentação que se aproximava.

— Ei, Mia! Você vai vir na apresentação, certo? — Georg me chamou, acenando.

— Claro! Estou super animada! — Eu respondi, sentindo o coração aquecer ao pensar em ver Tom no palco.

Depois de algumas conversas sobre os planos da banda, a campainha tocou, e cada um voltou para sua sala. Eu tentei me concentrar nas aulas, mas não consegui parar de pensar em Tom. Em algum momento, Aaron apareceu, com seu olhar de sempre, que misturava curiosidade e algo mais que eu não conseguia decifrar. Ele não estava em nosso círculo de amigos, mas sempre tentava se intrometer.

— E aí, Mia. Você e Tom estão bem? — Ele perguntou de maneira casual, mas com um tom de possessividade.

— Sim, estamos bem — respondi, tentando não dar muita atenção ao tom de sua voz.

Terça-Feira

Após a escola, fui para o trabalho no shopping. O movimento estava intenso, e a rotina começava a se formar. Ao entrar na loja, fui recebida por Camilly, que já estava arrumando as prateleiras.

— Oi, Mia! Como foi seu fim de semana? — Ela perguntou, enquanto organizava algumas roupas.

— Foi ótimo! A banda está indo muito bem, e nós estamos todos empolgados com as novidades! — Eu disse, tentando conter meu entusiasmo.

Camilly sorriu, genuinamente feliz por mim.

— Isso é incrível! Vamos ter que comemorar!

O turno foi passando rápido. Entre atender clientes e organizar o estoque, consegui trocar mensagens com Tom. Ele estava envolvido com os ensaios e a ansiedade para a apresentação estava no ar. Conversamos sobre como era difícil conciliar nossas rotinas, mas prometemos que iríamos nos encontrar assim que possível.

Quarta-Feira

Nos dias seguintes, a rotina se estabeleceu. As aulas continuavam desafiadoras, mas eu me mantinha focada. No intervalo, encontrei Georg e Gustav, que estavam conversando sobre os detalhes da apresentação.

— Você vai vir, né? — Gustav me perguntou, os olhos cheios de expectativa.

— Claro! Não vou perder por nada! — Eu respondi, cheia de animação. Queria estar lá para apoiar Tom e os meninos.

Em casa, a dinâmica era tranquila, mas ainda havia uma sensação de tensão em relação a Aaron. Eu não queria que ele interferisse no meu relacionamento com Tom. Cloe, percebendo minha preocupação, sempre tentava me distrair com suas histórias e seus projetos de arte.

Quinta-Feira

No trabalho, o ritmo não parava. A loja estava cheia de clientes e as horas passaram voando. Durante uma pausa, sentei-me com Camilly e começamos a falar sobre nossos sonhos e aspirações.

— E você, Mia? O que espera para o futuro? — Ela me perguntou.

— Eu só quero ver Tom e os meninos alcançando o que merecem. E, claro, quero fazer parte dessa jornada — eu disse, pensando em como me sentia conectada com eles.

— Você realmente está feliz com isso? — Camilly indagou, seu olhar me observando atentamente.

— Sim, muito. Apesar de tudo, sinto que estamos todos crescendo e aprendendo juntos — eu respondi, com sinceridade.

O resto da semana passou em uma mistura de trabalho, escola e pequenas conversas com Tom. Cada mensagem era um lembrete de que, mesmo com as dificuldades, a conexão que tínhamos era forte. Eu estava ansiosa pela apresentação e pelas memórias que ainda estávamos prestes a criar. A música, a amizade e o amor tornavam tudo mais significativo, e eu estava pronta para o que viesse a seguir.

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora