No final, todos acabamos indo juntos para a água mais uma vez. A temperatura tinha caído um pouco, mas o mar ainda estava morno o suficiente para ser agradável. Brincamos, rimos, e por um momento, parecia que o tempo não existia. Só éramos nós e o mar, envolvidos pela tranquilidade daquele final de tarde.

Depois do mergulho, voltamos para a areia, molhados e cansados, mas com os corações leves. Nos jogamos nas toalhas enquanto a Cloe aumentava um pouco a música e começava a dançar sozinha na areia.

— Cloe, você nunca cansa? — Tom perguntou, rindo, enquanto ela girava despreocupada, os pés afundando na areia molhada.

— Jamais! — ela gritou, de braços abertos, como se estivesse absorvendo toda a energia da praia.

Antonella, mais observadora, olhou para mim e sorriu. — Acho que podemos ficar aqui pra sempre.

Concordei, sentindo a mesma coisa. Ali, com as pessoas que eu amava, parecia que o mundo tinha parado. Não havia lugar para preocupações ou pressa. O som das risadas, da música e do mar se misturavam de uma maneira que eu queria que durasse para sempre.

— Sabe de uma coisa? — Tom disse, se levantando devagar e se esticando, antes de lançar um olhar para mim. — Acho que você tinha razão, Mia. Esse dia foi... perfeito.

Sorri de volta, sentindo meu coração aquecer. Era um daqueles momentos que eu sabia que guardaria comigo para sempre. O pôr do sol, o riso, as conversas, o mar... e, claro, **Tom** ao meu lado, sempre tornando tudo mais especial.

No final, estávamos todos deitados na areia, assistindo o sol se despedir lentamente, enquanto a noite caía e as estrelas começavam a brilhar no céu. A caixa de som de Cloe tocava baixinho, e o som do mar era a única coisa que preenchia os momentos de silêncio.

E naquele instante, enquanto olhava para Tom e minhas amigas ao meu lado, soube que, não importava o que acontecesse no futuro, aquele seria um dos dias mais felizes da minha vida.

[...]

O sol estava começando a se pôr, tingindo o céu com tons de laranja e rosa, enquanto nós, ainda molhados do último mergulho, voltávamos para a areia. A brisa do mar estava agora mais fresca, e a água morna se tornara um alívio para o calor do dia.

Cloe e Antonella já estavam na toalha, secando-se e rindo de alguma piada interna. Tom e eu fomos os últimos a sair do mar, ambos com um sorriso satisfeito no rosto após o mergulho refrescante. Meu irmão ainda brincava na areia, tentando construir um castelo de areia que, pelo visto, estava ficando cada vez mais complicado.

— Finalmente! — Cloe exclamou, nos vendo se aproximar. — O sorvete está quase derretendo, e eu mal posso esperar para comer o meu.

— O que você trouxe, Cloe? — Tom perguntou, piscando para ela.

— De tudo um pouco — respondeu Cloe, dando uma olhada nas sacolas. — Temos os favoritos da Antonella e os meus favoritos. E claro, o meu sabor de sorvete preferido, que você ainda não provou, Tom.

Sentamo-nos na areia novamente e Cloe começou a distribuir os potes de sorvete. Antonella tinha trazido um sabor de frutas vermelhas, enquanto Cloe tinha uma variedade que incluía chocolate, baunilha e um novo sabor que parecia exótico.

— Aqui está o seu — disse Cloe, entregando um pote para Tom. — O famoso "delícia tropical". Só para você.

— Delícia tropical? — Tom repetiu, olhando para o pote com uma mistura de curiosidade e ceticismo. — Vamos ver se ele é tão bom quanto parece.

Eu peguei meu pote de frutas vermelhas e nos sentamos todos juntos, comendo o sorvete e conversando sobre os momentos do dia. Meu pai e Melanie se juntaram a nós, trazendo alguns panetones e doces que tinham comprado no mercado. O ambiente estava leve e alegre, com risadas e conversas fluindo como as ondas que quebravam ao fundo.

— Você tem que experimentar esse sabor — Antonella me disse, oferecendo uma colher do seu sorvete. — É maravilhoso!

Eu peguei a colher e experimentei, sorrindo ao sentir o sabor fresco e doce das frutas. — Está delicioso! Obrigada por trazer.

Tom estava concentrado em seu próprio pote, mas seus olhos se arregalaram quando ele experimentou o "delícia tropical".

— Ok, Cloe, você ganhou — ele disse, com um sorriso satisfeito. — Esse realmente é incrível.

— Eu disse! — Cloe respondeu, rindo enquanto dava uma mordida em seu próprio sorvete.

Meu irmão, que não parava de falar sobre seu castelo de areia, também se juntou à diversão, pedindo uma colherada do sorvete de Tom e se lambuzando com o chocolate.

— Não tem jeito melhor de terminar o dia — Melanie comentou, observando a cena com um sorriso afetuoso. — Vocês têm aproveitado muito.

— Com certeza — respondi, pegando uma colherada do meu sorvete. — Esse dia tem sido perfeito.

Talvez fossem os pequenos momentos, como um simples dia na praia com as pessoas que amamos, que criavam as memórias mais especiais. E naquele final de tarde, com o céu tingido de cores quentes e a sensação de estar cercada por pessoas queridas, eu soube que aquele dia ficaria guardado no meu coração para sempre.

[...]

Minha família estava sentada mais atrás, rindo e conversando ao redor de uma fogueira que meu pai havia insistido em fazer. Meu irmão corria na areia, jogando água para todos os lados, enquanto meu pai tentava controlá-lo, mas eu sabia que aquilo era só uma desculpa para brincar também. Eu estava em um ponto mais isolado, de pé, observando as ondas indo e voltando, os pés enterrados na areia fria.

Foi quando senti o Tom se aproximar. Ele se postou ao meu lado, com aquele sorriso torto no rosto, olhando para mim com aqueles olhos que sempre me faziam perder o fôlego. Desde que nos conhecemos, nossa relação sempre teve um misto de provocação e afeto, mas nas últimas semanas, algo havia mudado entre nós.

— Ei — ele disse, rompendo o silêncio. — Você gosta de vir aqui, né?

Assenti com a cabeça, sem tirar os olhos do mar. A verdade é que a praia sempre foi meu lugar favorito, onde eu podia pensar e, por algum motivo, estar ali com ele me parecia ainda mais especial.

— Sabia que... esse é um dos meus lugares favoritos também? — ele comentou, agora mais sério, sem a habitual provocação na voz.

Me virei para ele, curiosa. Tom não era exatamente do tipo sentimental, mas havia algo na maneira como ele falava que capturou minha atenção.

— Mia... — ele começou, mas pareceu hesitar por um segundo. — Eu... Queria te perguntar uma coisa.

Eu ri nervosamente, sem saber o que esperar. — O que foi agora, Tom?

𝐌𝐞𝐮 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 - 𝘛𝘰𝘮 𝘒𝘢𝘶𝘭𝘪𝘵𝘻Onde histórias criam vida. Descubra agora