Epílogo final

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UM ANO SE PASSOU, mas algumas coisas nunca mudam

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UM ANO SE PASSOU, mas algumas coisas nunca mudam. O destino, em sua estranha e irônica dança, trouxe Amélia e Gabi novamente para o mesmo lugar, desta vez em circunstâncias completamente diferentes. Não havia mais medo, dúvidas ou o peso de escolhas difíceis. Apenas duas pessoas que, apesar de tudo, continuavam ligadas por um fio invisível e inquebrantável.

Amélia estava de pé, à beira de uma quadra vazia, onde uma partida importante havia terminado horas antes. O cheiro de resina e suor ainda pairava no ar, mas agora era substituído pelo silêncio confortável da noite. Ela olhava para as arquibancadas, para o lugar onde, anos atrás, ela tinha visto Gabi pela primeira vez como mais do que uma amiga ou colega. Era engraçado pensar em como a vida dava voltas.

- Achei que você fosse embora sem me dizer oi. - A voz de Gabi cortou o silêncio, suave e familiar, como uma melodia que Amélia nunca deixou de ouvir em sua mente.

Amélia se virou lentamente, e lá estava Gabi. Seus olhos brilhavam sob as luzes tênues da quadra, e aquele sorriso - o sorriso que sempre fez o coração de Amélia acelerar - ainda estava ali. Mas agora havia algo diferente. Uma calma, uma certeza.

- Eu nunca faria isso. Não mais. - Amélia respondeu, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.

Gabi caminhou até ela, as mãos nos bolsos, o olhar cheio de algo que Amélia conhecia bem. Era o mesmo olhar que a fez se apaixonar na primeira vez.

- Sabe, - Gabi começou, parando a poucos passos de distância, - eu sempre achei que a gente se encontraria de novo. Não sabia quando, nem como, mas eu sabia.

Amélia sorriu, sentindo o peito aquecer com as palavras. - Eu também. Acho que, de certa forma, eu sempre estive esperando por isso.

Por um momento, as duas ficaram em silêncio, apenas se olhando. Não havia necessidade de palavras. O tempo, que antes parecia um inimigo, agora era um aliado. Ele havia curado as feridas, dado espaço para que ambas crescessem e, finalmente, encontrassem o caminho de volta uma para a outra.

- Ainda é você, sabe? - Gabi quebrou o silêncio, sua voz baixa e sincera. - Sempre foi você. Mesmo quando eu tentei seguir em frente depois das olimpíadas, mesmo quando a vida parecia me levar para longe, você sempre esteve aqui. - Ela colocou a mão sobre o peito, onde o coração batia forte.

Amélia sentiu os olhos marejarem, mas dessa vez não era dor. Era amor, puro e simples. Ela deu um passo à frente, encurtando a distância entre elas, e pegou a mão de Gabi.

- Eu te amo, Gabi. Sempre te amei. E se você ainda quiser, eu estou aqui. Inteira. Sem dúvidas, sem medos. Só... eu.

Gabi sorriu, aquele sorriso que sempre derretia todas as barreiras de Amélia, e apertou a mão dela com força. - Eu sempre quis. Não importa quanto tempo passe, ou quantas voltas o mundo dê, vai ser sempre você.

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