Capítulo 9 Não se apaixona

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Cheguei no apartamento e fui tomar meu banho frio, meu corpo precisava se acalmar, eu não conseguia mais controlar tanto desejo, não conseguia canalisar esses sentimentos controversos, parte de minha queria que ela transa-se logo comigo, que me usa-se e que fosse uma merda, outra parte queria que fosse especial, que ela mostrasse que tinha algo de especial em estar comigo, que não queria so sexo.

Fui estudar até a hora de voltar para casa. Dei por vencida a guerra de sentimentos, ou pelo menos esqueci por hora, tinha muita coisa em jogo.

Na segunda como sempre era a primeira a chegar na sala de aula, pouco temo depois chegou Daniela, ficamos conversando como sempre fazíamos. Como eu queria poder desabafar com ela.

--Você vai para a festa na casa do Felipe? É para  arrecadar fundos para a formatura. -Ela falou me surpreendendo, pois não estava sabendo de nada.

--Eu não estou sabendo de nada, me conta como vai ser isso?

--Estão vendendo os ingressos, é 50 reais, vão chegar no sábado pela manhã e só voltam domingo a noite, tem piscina na casa e fica perto da praia, é em Porto de Galinha, mas comida e bebida é por nossa conta, vai ficar mais de uma pessoa por quarto, mas como todo mundo se conhece não tem problema, so vai a nossa turma.

--Nem sei se vai dar para ir Dani, tenho que estudar, depois te digo se vou. -Menti para ela, tinha que trabalhar, sábado era dia de labuta.

O professor chegou e deu inicio a aula, meu dia até então estava perfeito, eis que no intervalo aquele ser repugnante se aproximou de mim e da Dani.

--Bom dia meninas. -Falou Ana a patricinha mais repugnante que já conheci, sempre que podia ela arrumava um jeito de me provocar, me destratar e esfregar o seu dinheiro e a sua vida perfeita e cheia de supérfluo na minha cara. Nunca fiz nada para ela, porém ela não gostava de mim, ou gostava até demais, e eu não sabia se era despeita porque apesar de ser pobre, morar numa comunidade carente, vir de escola pública e com tudo isso ainda era a detentora das maiores notas, ou se ela tinha tesão enrustido. Preferia pensar que era respeita, ja que tesão enrrustido era um problema muito sério.

--Bom dia. -Falou eu e Dani.

--Daniela você vai para festa! E não aceito não como resposta. -Falou ela toda íntima da Dani, como se eu não estive-se lá.

--Eu vou sim Ana. -Respondeu Dani, eu quase dei um posso no pé dela, ela não tinha que dizer nada se ia ou não, agora ela tinha me colocado numa posição super desconfortável.

Ela se virou para mim e soltou mais uma de suas provocações, e ela sabia bem como me provocar.

--Você não vai porque tá sem dinheiro, o dinheiro da bolsa do projeto já deve ter ido embora, final do mês né, mas não se preocupa que a gente entende. Conselho de amiga, é bom você ir, ou vão pensar que você não foi porque não tinha dinheiro, você sabe como é, tem que socializar, afinal esse povo vão ser seus colegas de profissão e como você não tem ninguém na medicina vai precisar de ótimos contatos.

Que ódio dessa garota, não estava nem afim de ir para essa festa de metidos, mas ela me provocou, e não iria deixar barato.

--Não se preocupe Ana que vou sim, sei que você não iria se divertir sem os meus lindos olhos verdes para você ficar admirando, conselho de amiga para ti: desfaça mais, porque do jeito que você esta me olhando não parece que você é hétero. -Falei ja me levantando e deixando ela sozinha com a Dani.

Assim que eu sai a Dani veio ao meu encontro, falando que não era para ter aceitado as provocações, que  não deveria ir, pois era um gasto grande e além dos 50 reais do ingresso tinha que levar comida e bebida, pois era por fora, ou comprar lá que o pessoal da comissão de formatura estaria vendendo, ela ainda completou que a Ana iria dar um jeito de ficar me provocando e no final ela ia ganhar porque eu ia perder a cabeça e entrar no jogo dela, e a Ana sempre daria um jeito de vencer nem que seja nas provocações.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora