Capítulo 74 - Cinco anos depois

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Cinco anos depois

--Eu não posso operar seu marido.


--Esqueça o que aconteceu no passado, ele esta doente, você tem um dever como médica.


--A senhora não precisa me lembrar meu dever, porque estou ciente dele, mas não posso fazer essa operação, eu não gosto do seu marido, seu marido fez muito mal a sua filha e a mim, ele ajudou a Fernanda a me sequestrar, ele tentou me chantagear para que eu deixasse a Ana, e tenho certeza que isso é a ultima cartada do senhor Albuquerqui, morrer na minha mesa e você me processar para que não exerça mais a medicina. Não posso.

--Ele é um homem moribundo, se não operar vai morrer, já fez operações mais complicadas, seu hospital é referência.


--Temos a Jennifer, a thiana, e outras neurologistas de ponta, todas vieram de Harvard, escolha outra, farei o encaminhamento para elas, o caso do seu marido será estudado e ele será operado, porém não por mim, elas podem cuidar do caso do seu marido, eu tenho envolcimento emocional demais nesse caso.

--Minha filha não vai gostar de saber disso. Você também tinha envolvimento emocional no caso Pietra.

--Que filha? Aquela que a senhora não protegeu do seu marido? Com a Ana eu me entendo. E tem mais, duvido que seu marido queira ser operado por mim, sempre disse que sapatão não trabalharia para ele, que destruiria minha carreira. Fez bem o seu dever ze casa, mas não irá me convencer a operar seu marido.

A mãe da Ana saiu da sala bufando, eu passei a mão nos cabelos e disquei o ramal da Ana.--Vem aqui por favor.

--Certo.
Assim que ana chegou narrei tudo que conversara com a mãe dela, Ana permanecia com olhar perdido, mas no final entendeu que eu não poderia fazer aquilo.
--Ela veio falar comigo, mas eu não quis papo.

--A Tiana e a Jennifer não tem envolvimento emocional, elas podem operar, encaminhei sua mãe para elas, mas podemos fazer parte da equipe que estuda o caso, não desejo que seu pai morra, so não quero a vida dele nas minhas maõs, tenho medo de ser mais um plano para me destruir.

--Você infelizmente tem razão.

--Eu sinto muito incomodar com isso, ainda mais você estando grávida. A Letícia vai me matar.

--Eu estou bem, tiranto o tanto que ele me chuta, principalmente quando a aninha fala com ele.

--Vai ser um belo rapaz.

--E você? Já faz cinco anos, esta na hora de aumentar essa família.

--Eu tento convencer a Camila a termos o quinto, pensei até em pedir para o avó dela ser o doador, mas desistir, melhor manter o mesmo doador, o André.

--Faz uma surpresa, chega rm casa e diz: amor estou grávida, como eu fiz com a Letícia.

--Ana tu é louca, nunca precisou de aprovação de ninguém, e a Letícia não enlouqueceu porque ela sabe com quem casou, a Camila jamais aceitaria isso.

--Aceita sim, Letícia do ficou sentida na primeira semana, na semana seguinte chegou com uma roupa do carcara, a criança nem nasceu e ja tem time.

--Cláudio e Carlos são tricolores, imagina so aqueles pequenos de 5 anos, não falam direito, mas ja gritam quando o Santa cruz faz gol, ainda bem que as meninas estão do meu lado, Luna e Ada são Sport.

Continuamos conversando sobre meus filhos e os planos da Ana, em seguida me despedi. Fui encontrar a Camila.

--O que foi amor?

--A mãe da Ana de novo, quer porque quer que eu seja a médica do marido dela.

--Logo ela desiste.

--Ja encaminhei para Tiana e Jennifer.

--Pedro veio aqui, disse que não aguenta mais os residentes dele.

--Agora ele vai ver como é, lembra quando era ele enchendo a Dani?

--Lembro sim, sinto falta da Julia nesse hospital. -Camila falou com pesar.

--Ja pedi para ela vim pra ca, mas ela prefere ficar em Harvard com a Pietra, estão querendo adotar uma criança.

--Da para acreditar na Julia cuidando de uma criança?

--Ela vai ver so o que é o instinto de proteção.

--Jennifer quer tirar ferias com a Dani.

--Segura um pouco ate resolver o caso do pai da Ana, pede uma reunião amor, precisamos falar sobre isso.

--Almoça comigo? -Camila perguntou.

--Sim, depois vou para faculdade.

--Cuidado com as alunas.

--Com uma aliança desde tamanho ninguém se atreve a besta, fora esda carinha de mãe de 4 filhos.

--A mamãe mais linda do mundo.

--Ja esta na hora do quinto.

--Nem brinca, Cláudio, Carlos, Luna e Ada já estão de bom tamanho.

--Vou fazer como a Ana, chegar e falar: amor to gravida.

--Não faça isso Juliane, eu tenho um treco.

--Tem nada. Podemos ter mais um, ou dois.

--Deixa de ideia.

--Ainda temos seus óvulos congelados e eu posso falar com o André para ele fertilizar os meus novamente.

--Deixa de ideia e vamos logo almoçar.

Seguimos para o restaurante, almoçámos conversando sobre as crianças.
Assim que terminou a aula fui para casa, adorava chegar no meio da tarde e encontrar todos brincando, corria para o banho e depois me jogava com eles, minha familia era linda, as duas babas se desdobrava nos cuidados na minha ausencia e na ausência da Camila.
Camila chegava a noite, cansada, mas sempre vinha se reunir conosco, assidtir desenho, ensinar as tarefas de casa, ler historias para dormir.
Eu que não era fa de rotina me rendi a rotina daquela família, me rendi ao amor e de brinde ganhei a maior realizaçao da vida, encontrar alguém que me ama, poder ter um sentimento recíproco.


Um mês depois...
O pai da Ana foi operado, a cirurgia correu bem, mas ainda era cedo para avaliar.

Parece que o arrependimento bateu e antes da cirurgia ele deixou parte dos bens para Ana, que se recusou a aceitsr qualquer coisa daquela familia, ela não era mais uma Albuquerqui.
Soube que a Fernanda estava no semi aberto e trabalhava em um grande hospital de Pernambuco, nosso caminhos não voltaram a se cruzar, as ações que tinha no hospital foram vendidas desde a epoca de sua prisão.

Vivia uma vida sossegada ao lado da Camila e das crianças. Dia a dia solidificavamos o nosso amor, tentava convence-la a termos mais um filho, mas ela se mantia relutante. --Amor so mais um.

--E depois será outro, ja temos 4.

--Fecha em 5.

--Quem sabe daqui a uns anos.

--Daqui pra la vao colocar mais óvulos, imagina se eu fico gravida de gemeos?

--As crianças estão pequenas, ainda nem curtimos.

--Devemos outra viagem para a Disney.

--E você vai se vestir de princesa, como a Luna quer?

--Não amor, deixa ela esquecer.

--Ela lembra todos os dias.

--Onde ja se viu, eu uma princesa Disney?

--Minha princesa.

Camila me abraçou e me beijou, assim era o nosso dia a dia, recheado de amor, algumas briguinhas e muitos sentimentos, e eu que não era fã de rotina me rendi a Camila e às crianças, se bem que nessa rendição eu so tinha ganhado, tinha a familia mais linda do mundo.


Fim!

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora