Capítulo 61 - Eu amo você, menina - Parte 1

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Naquela mesma semana foi a reunião para debatermos sobre o caso da Pietra.
--É muito arriscado operar esse paciente, o tumor esta numa área muito crítica, qualquer tremor mínimo pode mata-la. Eu não acho prudente indicar operação. -Fernanda falou.


--Eu Acho arriscado, mas se tivemos ao menos uma chance de salva-la gostaria de tentar. -Falei.


--Se ela morrer a família dela pode nos processar e isso é processo ganho, porque todos já devem ter dito que não da para operar, pare de tentar salvar o mundo, não estamos em Harvard e você não é mais a chefe, aqui quem manda é a Ana e o que ela quiser esta feito. -Fernanda disso me deixando ainda mais encabulada com sua atitude totalmente sem classe.


--Calma Fernanda, não é bem assim, devemos ouvir todas as opinião para chegarmos a um consenso, mas se a Juliane quiser mesmo opera-la não podemos impedi-la, não sou um ditador, os profissionais também tem autonomia, somos um hospital de referência, vocês nem estão tentando. -Ana falou e eu agradeci com o olhar.


--Doutores, pensei que quando esse hospital foi criado a idéia era se tornar uma referência, de que adianta um hospital desse porte se o nosso diagnostico é igual ao de tanto outros? Não quero dizer não a essa pessoa sem ao menos ter tentado achar uma alternativa. Vocês são médicos? -Perguntei revoltada com tanta gente em cima do mudo.


--Você quer que façamos o que? Você é rica, não precisa trabalhar, muito menos sentirá um processo, mas nós vivemos disso aqui, não podemos nos arriscar tanto, não temos seu império nem seu talento para literatura. -Um dos médicos falou.


--Olhe aqui meu senhor, não esta em debate meus bens e sim a vida dessa mulher, o que me diz? Se existe uma chance dela viver porque não tentar? Esta com medo do processo? Então nunca conseguirá ser um médico de verdade, é só um aproveitador que ganha dinheiro em cima dos casos simples e corre quando a coisa pega fogo, fez residência em neurologia para que? -Falei revoltada.


--Vamos parar agora, acalmar os ânimos. -Ana interviu.


--Juliane não podemos te ajudar, tá na cara que para todos nós este é um caso perdido. -Fernanda deu um deposta voz daqueles covardes.


--E você Ana?


--Juliane, se você quiser opera-la pode contar comigo, se eles não tem coragem de encarar isso eu tenho, sinto vergonha de ter vocês no corpo desse hospital, pensei que estava trabalhando com profissionais, não com amadores, estão desistindo sem nem ao menos estudar o caso ou pedir mais exames, estou decepcionada, reunião encerrada. -Ana falou revoltada, enquanto todos saiam da sala reclamando fui a seu encontro.


--Obrigada, é bom ter alguém que não tem medo de tentar. Você não cansa de me surpreender positivamente, você é a melhor chefe que já tive na vida.


--Por nada, mas so estou fazendo meu trabalho. Não sou sua chefe.

Sai daquela reunião e fui diretamente para sala da Camila.
--Bom dia meu amor.


--Bom dia, o que faz aqui na minha sala tão cedo? Já acabou a reunião?


--Já sim, preciso de sua ajuda.


--O que foi?


--Acho que precisamos de alguns neurologistas de ponta, os nossos são bons, mas estão acomodados com casos simples, precisamos trazer alguém que faça a concorrência aumentar, conheço alguém que é muito boa.


--Boa é? Não sei não.


--Não seja ciumenta amor, falo sério, acabei e sair da reunião arrasada, dos 15 neurologistas que temos aqui, a não ser a Ana, nenhum considerou a possibilidade de operar a Pietra.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora