Capítulo 25 Provando do próprio veneno

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Camila


--O que você pedir eu faço. -Falei a mais pura verdade, Juliane era dona de todos os meus atos.


--Não quero nada Camila, quero que você confie e mim, não me importaria se você fizesse aquilo porque estava com saudades, mas você fez para mostrar que eu sou sua, você sabe que sou sua, só você me tem por completo, não precisa marca território porque nenhuma daquelas mulheres me interessa, eu estou com quem quero estar, não me  orgulho do que faço para ganhar dinheiro, mas não pense que só porque faço programa que sou devassa. Eu que deveria ser a ciumenta, você é a mulher mais maravilhosa que conheci, me apaixonei assim que te vi e neguei para mim mesma, só você me conhece de verdade, tenho medo de você não suportar a vida que eu levo, não imagino minha vida sem você, tentei tirar você da minha vida, mas não resisti uma semana, não posso te dar exclusividade, mas garanto que só você tem meu amor, não imagina como gostaria de ter te conhecido em outra situação. -Não poderia escutar nada mais lindo, sem duvida ela é a mulher da minha vida.
--Shiiiiiiiii, não vamos brigar, eu te amo. -Gemi no seu ouvido e voltei a tocar sua perna.

--Eu também te amo, mas pensa só, você já parou para refletir que pode me encontrar com um cliente qualquer dia desses, e aí como vai ser? Você vai fazer barraco? Vai vim me agarrar e pegar briga com meus clientes? -Nunca tinha pensado nisso, e agora estava preocupada, encontrar a Juliane trabalhando poderia ser a pior coisa que presenciaria, porque ela não aceitava minha ajuda e parava com isso.

--Não quero pensar nisso Ju. -Falei já enchendo meu copo de uísque, e bebendo puro.

--Tudo bem, mas não se esqueça nunca que eu sou a Juliane, quem faz programa é a Mariane, é outra pessoa, é um personagem. -Para ela era fácil separar Mariane da Juliane, mas para mim eram a mesma pessoa, não conseguia separar isso.

Não respondi nada, apenas coloquei mais bebida no meu copo e continuei a saborear, Juliane estava com uma carinha linda, não resisti e comecei a beija-la sem me importa quem estava vendo.
--Não Camila, o gerente pode não gostar. -Ela falou.

--Ele não tem o que gostar, tá cheio de casal hétero se beijando, e eu estou louca para te beijar e não vou me esconder. -Comecei a beija-la, os beijos foram ficando mais quente e foi a vez dela me atiçar apertando minha coxa.

--Que lindo, eu quero arrumar uma namorada assim Leandra. -Janaína falou interrompendo o momento mágico.

--Vai ter que arrumar outra, porque essa já é minha. -Respondi, Juliane me olhou com olhar carregado de significados e falou para Jana.

--Já sou dela, ainda que nunca a conhece-se ainda sim seria dela. -Meus olhos se encheram de água e ela me beijou, o destino podia ser um sacana por ter me dado ela naquela profissão, mas agradeceria todos os dias por te-la conhecido, faria de tudo para tira-la dessa profissão.

--Que lindo, tá vendo Jana, é isso que se chama amor. -Falou Leandra toda boba.

Chamei o garçom e pedi mais uma garrafa de uísque, a conversa seguiu tranquila e sem brigas.
--Je t'aime. -Ela sussurrou no meu ouvido e mordeu minha orelha.

--Saudades desse seu jeito de me cantar.

--Quer dizer que você gosta das minhas cantadas?

--Claro que gosto.

--Desculpa pela cena, exagerei, sei que você tem razão em sentir ciumes, então desculpa pela discussão sem necessidade. -Ela falou triste.

--Shiiiiii, relaxa, eu sei que sou ciumenta, e você vai ter que me aquentar desse jeito, esta comigo por livre e espontânea vontade. -Retribui a cartada.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora