Capítulo 45 - Não é somente uma transa

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--Não faz isso comigo. -Pedi num fio de voz.


--Adoro o teu cheiro Juliane, seu cabelo tem um cheiro que é so teu.


--Me da um motivo para eu não sair.


--Quero te dar todos os motivos do mundo, mas o principal é que eu quero você.


--Não fala isso, não pode me querer, não sou quem você pensa.


--É você que eu quero. -Meu corpo estremeceu com aquela frase, se eu a merecia, não, tinha plena consciência que não merecia a Ana, nem aquela felicidade.


Beijei seus lábios, senti o gosto do seu beijo, dessa vez foi diferente, eu a queria de um jeito novo, porém meu lado malvado queria dar uma lição na Ana, então fui provocante, fiz ela da passos para trás, até chegar na cama, segurei seu cabelo com força, firme, ela entendeu e sentou na cama.

Fiquei na sua frente e subi o vestido, sentei em seguida no seu colo, mordi seu queixo e senti suas mãos deslizarem pelo meu corpo.

Passei a mão por dentro daquela Camisa do Aerosmith, sentindo seus seios firmes na minha mão, sem soutiam, me brindando com aquele biquinho eriçado. Puxei seu cabelo e ela sorriu, seu sorriso era vitorioso, mas ela não fazia ideia de que a vitoria era minha, Ana estava me dando algo que eu achava impossível, ela estava me fazendo sentir viva, mais que isso, elas estava me fazendo quere-la, meu coração batia aceleradamente, como se fosse a primeira vez, talvez aquela de fato fosse a primeira vez que queria a Ana de corpo e alma, não poderia ser so tesão, dessa vez senti tudo diferente, meus olhos se perdiam naquele azul, meus lábios se perdiam nos seus, o arrepio percorria meu corpo, numa corrente elétrica. Queria falar tantas coisas a ela, a principal é que eu também a queria, e não era por um momento, ou uma transa, estava apaixonada por ela, queria que ela conhecesse todos os meus pecados e que mesmo depois disso me quisesse, naquele momento eu não tinha muitas certeza, tinha medos e duvidas, porém uma coisa era certa, estava apaixonada e a queria.

Ela passou a mão pela minha nuca e encostou a testa na minha, tentei pensar em algo para fugir dali, Ana tinha derrubado minhas barreiras, aquela pausa era um pedido silencioso para que acabasse a guerra.


Puxei sua blusa, jogando em cima da cama, ela passou a mão pela minha coxa, apertou forte, senti minha pele queimando de desejo, vi sua pupila dilatada.
--Ana eu não posso ficar com você, preciso te contar uma coisa.


--Xiiiiii, não fala nada, não precisa me falar nada. Eu te quero e você me quer, isso é o que importa.


Ana tirou meu vestido, e em um ultimo suspiro de consciência falei.
--Eu fiz coisas que vão fazer você mudar a maneira de me ver.


--Quero você é isso que importa.


Ana me beijou e eu tive a certeza que estava apaixonada.

A porta começou a bater, nas primeiras batidas ignoramos, mas a insistência fez com que a gente parasse o beijo.
--Não atende Ju.


--Pode ser alguma coisa importante, vamos nos vesti.


Coloquei o vestido e ela a blusa, abri a porta e a Ashley nem me cumprimentou, passou direto por mim indo cumprimentar a Ana com um beijo no canto da boca, meu sangue ferveu, senti um nó na garganta.


Ana me olhou, mas eu não consegui encarar seu olhar, fui para o espelho, refiz a maquiagem enquanto a Ana tentava mandar a Ashley embora.


Arrumei o vestido, coloquei o perfume.
--Se me deixar sair por essa porta pode ser a ultima vez que tenha me visto baixar a guarda. -Falei.

O que há dentro do dragãoOnde histórias criam vida. Descubra agora